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Por que você deve usar o Design Thinking na sua empresa

Por que você deve usar o Design Thinking na sua empresa

19 de maio de 2020
7 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 19 de maio de 2020

O Design Thinking é uma abordagem que busca entender os usuários, redefinir problemas e criar soluções inovadoras, que serão testadas. Design Thinking, em português, pode ser traduzido como “pensamento de design”, ou, ainda, “pensar como um designer”. Isso porque, na área do Design, há uma preocupação central: a de ir além da estética. Isso quer dizer que quando algo é produzido, leva-se em consideração a sua função no cotidiano das pessoas, a co-relação no desenho dessa jornada e na promoção do bem-estar.

Essa preocupação do Design foi adaptada para o mundo corporativo, com empresários tomando emprestado o olhar do profissional de design – olhar ao redor com empatia para identificar os problemas que precisam de soluções. E essas soluções precisam ser inovadoras, focadas no consumidor.

Também precisamos saber que Design Thinking não é uma prática que vai salvar o mundo, muito menos resolver qualquer tipo de problema, e a pessoa que domina essas práticas não possui poderes especiais milagrosos. 

Assim como uma médica aprende técnicas de tratamentos e quais remédios são adequados para cada um, a design thinker aprende ao longo de sua formação uma série de ferramentas e técnicas que desenvolvem e adaptam suas habilidades. No exercício do dia a dia, é muito mais comum lidar com a incerteza e o fato de não ter respostas certas, do que qualquer outra realidade.

O Design Thinking é mais uma possível abordagem na busca de soluções para problemas complexos, ou Wicked Problems em inglês, um problema cuja natureza é desconhecida e o que se sabe é insuficiente para resolvê-lo. Portanto, é necessário explorar as múltiplas possibilidades em conjunto, proporcionando cooperação e pertencimento aos envolvidos no contexto.

Se você chegou até aqui pensando que aprenderia uma fórmula mágica, continue lendo pois entenderá melhor como o processo funciona. Vamos te munir de ferramentas e dicas para a tomada de decisão quando se deparar com um Wicked Problem.

Para isso, há uma série de etapas a seguir, sobre as quais falaremos adiante neste ebook. Mas, antes disso, vamos conhecer um pouco da história do Design Thinking.

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Linha do tempo do Design Thinking

Primórdios (1820): a Revolução Industrial e a Segunda Guerra Mundial aumentaram as tecnologias disponíveis. Profissionais como engenheiros, arquitetos e designers industriais passaram a se debruçar, então, sobre novas questões, de modo a resolver problemas coletivos, causados pelas mudanças profundas que esses acontecimentos históricos trouxeram para a sociedade.

Anos 1950 e 1960, nos Estados Unidos: é desse caos social trazido pelas guerras que, pode-se dizer, o Design Thinking emerge. Na década de 1960, pesquisadores queriam entender cada aspecto do design: influências, processos, metodologia etc. A marca dessa época é auma tentativa de transformar o design em ciência, aplicando métodos científicos para entender como ele funciona.

Anos 1960, na Escandinávia: ao mesmo tempo, o design cooperativo surgia na Escandinávia. Lá, o objetivo não era consertar o mundo, mas convidar todos para se envolverem nas discussões sobre design. O papel do designer era mais de um facilitador ou guia, enquanto o público que utilizaria o produto ou serviço participava como cocriador.

Anos 1970: Herbert A. Simon, cientista da computação, aparece como um célebre nome ao ser o primeiro a mencionar o design como uma ciência ou forma de pensar. Ele contribuiu com diversas ideias, como prototipação e testes por meio da observação, e focou em desenvolvimento de inteligência artificial.

Anos 1980: na década de 80, os designers passam a ser estudados e suas maneiras de pensar são avaliadas. O objetivo é compreender como esses profissionais resolvem problemas.

Anos 1990: o design toma emprestado ferramentas das ciências sociais, assim como desenvolve as próprias ferramentas de pesquisa. Em 1991, surge um importante nome para a história do Design Thinking: empresa IDEO, conhecida por popularizar o Design Thinking pois desenvolveu ferramentas para que mesmo quem não é familiarizado com a metodologia do design possa entender o processo. 

Anos 2000: o design dá uma virada na direção da criação de serviços e experiências, inclusive em parcerias com não-designers, e passa a promover ferramentas do design fora dessa área — no mundo corporativo, por exemplo. No Brasil, o Design Thinking tem influenciado principalmente no contexto corporativo, dentre as empresas que buscam inovar, sendo adotado tanto em negócios tradicionais, que buscam se atualizar, quanto nas startups.



Por que você deve usar o Design Thinking? 

Agora que você já conhece um pouco da história, vamos olhar para os motivos pelos quais vale a pena usar o Design Thinking. 

Pode ser usado em qualquer segmento

O Design Thinking pode ser aplicado a todas as empresas, independentemente de tamanho, segmento, estágio de desenvolvimento ou localização geográfica. É só ver a diversa lista de negócios que o adotam: vai de Apple e Microsoft até Airbnb, passando por Toshiba e Lego, só para citar alguns nomes. 

Nos hubs de inovação do Distrito não é diferente. Os espaços, focados em criar uma comunidade de oportunidades para empreendedores, têm processos de inovação baseados na metodologia de Design Thinking como, por exemplo, entrevistas com usuários para entender a perspectiva deles.

Já a consultoria de inovação Leap, feita em parceria com a KPMG, aplica alguns conceitos de Design Thinking no processo de Business Hacking das empresas atendidas.

 Para resolver problemas complexos

É maravilhoso quando você está com algum problema e alguém senta do seu lado e, verdadeiramente, mostra-se disposto a ajudar, né?

Com o Design Thinking, empresas focam na investigação do problema, ouvindo clientes e usuários antes de criarem soluções. Depois, elas são testadas e melhoradas constantementes. Com esse processo, fica fácil concluir que produtos e serviços da empresa serão mais certeiros em resolver as necessidades dos consumidores.

Para inovar

Se a sua empresa quer ser inovadora, mas ainda não considerou o Design Thinking, repense. Por meio da metodologia, é possível gerar novas e inovadoras soluções, que respondam às necessidades reais dos clientes, e ajudem a empresa a se diferenciar da concorrência. É algo que cria vantagens competitivas perante o mercado.

Para fortalecer lideranças

Lideranças têm um papel importante quando o assunto é a capacidade de uma empresa compreender e atender as necessidades da clientela. É preciso que eles saibam tomar as decisões certas e que tenham paciência e humildade para recomeçar quando algo der errado.

É aí que entra o Design Thinking. Ao ouvir os consumidores, a metodologia pode ajudar a equipe a transformar falhas em produtos e serviços bem-sucedidos. Isso porque o método garante que as soluções criadas sejam baseadas nas informações dos clientes.

Para proporcionar a colaboração

Proporcionar sempre a melhor experiência, construída por várias mãos. Ouvir os clientes,  usuários, designers, desenvolvedores, analistas, comerciais, entre outros que tenham contato com o projeto ou problema. Todos os stakeholders são importantes no processo e trazem visões diferentes que agregam na solução, tornando-a inclusiva, acessível e pertencente à todos.

Permite a adaptação

Não existe receita ou processo padrão, e podemos selecionar ferramentas e dinâmicas pontuais para cada necessidade. O “ouvir” pode ser uma reunião com dinâmicas ágeis de pesquisa, um questionário online ou um dia de campo. Não necessariamente precisamos reunir todos os stakeholders em uma sala colorida e muito menos aplicarmos toda as fases em um só momento. Com o auxílio de um facilitador, podemos dividir os encontros e coleta de informações em um cronograma de atividades. Conforme o projeto for caminhando vamos evoluindo e testando as ideias. A beleza do processo é essa,: não existe certo ou errado, existe solução boa e solução ruim. A adaptação para as diversas realidades é uma carta na manga para o facilitador.

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