Inteligência Artificial nas Olimpíadas 2024: a evolução dos Jogos
Artigo atualizado em 2 de agosto de 2024
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 já começaram e apesar da torcida pelo ouro, a competição esse ano vai além dos jogos, explorando novas fronteiras tecnológicas para melhorar a experiência dos espectadores, a segurança dos atletas e a eficiência operacional.
Além dos atletas, a grande estrela desta edição dos Jogos é a Inteligência Artificial. O Comitê Olímpico Nacional (COI) lançou em abril deste ano a “Agenda Olímpica de IA”. O objetivo dela é implementar a tecnologia no esporte de forma holística, promovendo eficiência, inclusão e inovações em todas as áreas.
Nesse contexto, Ilario Corna, CTO do comitê, ressaltou em comunicado no site do COI, que os telespectadores poderão ver conceitos pioneiros em Paris 2024.
“Estamos adotando uma abordagem para testar e avaliar como a IA pode ser usada para aprimorar os Jogos Olímpicos e torná-los prontos para o futuro”.
Neste post, vamos explorar a utilização da IA nas Olimpíadas de Paris 2024, destacando os principais pontos e os impactos esperados. Confira!
Proteção dos atletas contra abusos online
Em um esforço para criar um ambiente mais seguro e saudável para os atletas, o Comitê Olímpico Internacional (COI) implementou um sistema de IA destinado a identificar e mitigar abusos em redes sociais.
Este sistema, desenvolvido pela Comissão de Atletas em conjunto com a Comissão Médica e Científica do COI, utiliza algoritmos avançados para monitorar e filtrar conteúdos prejudiciais em tempo real. Portanto, garante que os atletas possam se concentrar em suas performances sem a distração de mensagens abusivas.
Além disso, o sistema coleta dados que ajudam a entender melhor os padrões de abuso online, permitindo a implementação de medidas preventivas mais eficazes no futuro.
Dessa forma, o projeto visa proteger a saúde mental dos atletas e promover um ambiente digital mais positivo para todos os participantes e espectadores.
Performance e monitoramento
A Inteligência Artificial nas Olimpíadas também vai desempenhar um papel fundamental na análise de performance dos atletas durante as competições de ginástica.
O Judging Support System (JSS) está disponível para todos os dez aparelhos de ginástica. Trata-se de uma tecnologia desenvolvida para fornecer uma avaliação mais precisa e justa. Para isso, utiliza câmeras e algoritmos que analisam cada movimento dos ginastas em tempo real, comparando-os com os padrões estabelecidos.
Este sistema auxilia os juízes na tomada de decisões e oferece aos atletas e treinadores informações detalhadas sobre áreas de melhoria. Assim, otimizando o treinamento e a performance.
Ainda durante as disputas
A Olympic Broadcasting Ceremony (OBS) fez uma parceria com a fabricante suíça de relógios de luxo Omega para melhorar a precisão da cronometragem durante as competições.
A IA é capaz de realizar análises inteligentes em modalidades como vôlei de praia, tênis, mergulho, entre outros. No mergulho, por exemplo, a IA vai ser capaz de fornecer dados sobre o desempenho dos atletas ao entrar na água. Em esportes como canoagem, ela vai ajudar a identificar a posição de cada atleta na competição.
Em suma, o sistema ajudará a entender melhor os movimentos e a biomecânica dos atletas. Ademais, os insights também melhorarão a precisão das reportagens, ajudando os comentaristas a possuir um controle maior sobre a situação do jogo.
Para os telespectadores
Os telespectadores também serão afetados positivamente pelo uso da IA nas Olimpíadas. O grupo de computação em nuvem Alibaba, um dos parceiros oficiais dos Jogos, irá disponibilizar um serviço de multicâmeras alimentado por IA para melhorar as reproduções das partidas.
A tecnologia será capaz de disponibilizar as melhores imagens, com replays mais precisos e de maior qualidade. Além disso, a empresa também testou o serviço de multicâmeras e processamento de vídeo especializado, capturando imagens de câmeras posicionadas estrategicamente nas arenas. Essas imagens serão transformadas em modelos 3D para serem transmitidas após os Jogos.
Para quem vai estar lá
Para as pessoas que irão presenciar as competições, iniciativas promovidas pela Intel usarão Inteligência Artificial para tornar os Jogos mais acessíveis para pessoas com deficiência visual.
Nesse sentido, os processadores Intel Xeon, alimentados por IA, criaram modelos 3D no Centro de Alto Desempenho da equipe dos EUA em Paris e na sede do Comitê Paralímpico Internacional na Alemanha. Esses modelos permitem que os usuários naveguem dentro dos edifícios e recebam instruções por voz através de um aplicativo no smartphone.
Por fim, outra novidade é que Paris 2024 será a primeira Olimpíada a usar os processadores Intel Xeon para transmitir as partidas ao vivo em 8K. Isso significa que as pessoas poderão assistir aos jogos com uma resolução incrível e quase sem atraso na transmissão.