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Como a Grafeno criou seu centro de inovação e economizou R$ 6 milhões

Como a Grafeno criou seu centro de inovação e economizou R$ 6 milhões

19 de outubro de 2023
7 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 19 de outubro de 2023

Criar um centro de inovação do zero não é tarefa fácil, mas nada é uma missão impossível com os parceiros certos. Sabendo da importância de parcerias para um processo de inovação bem sucedido, Tiago Leocadio, CTO da Grafeno, procurou a BossaBox e conseguiu tirar do papel um centro de inovação e economizar quase R$ 6 milhões no processo.

Fundada em 2019, a Grafeno é uma plataforma digital para o mercado de crédito como alternativa ao sistema bancário.

A partir de suas soluções, a organização promove agilidade às operações de crédito e financeiras, facilitando acesso ao capital, conduzindo o ciclo do ativo de ponta a ponta com mais fluidez e segurança.

Hoje, a Grafeno transaciona mais de R$ 18 bilhões por mês e atende mais de 7 mil empresas.

Números tão impressionantes, em um mercado tão competitivo, trazem inúmeros desafios. Por sorte, temos a inovação para ajudar nessa missão.

É aí que entra a BossaBox, startup que atua no modelo de squads-as-a-service, montando e gerenciando times de tecnologia, produto e design sob demanda e de forma ágil para desenvolver produtos digitais de seus parceiros.

Atualmente, a organização já atuou em mais de 120 projetos com mais de 80 médias e grandes empresas com produtos inovadores.

Através dessa parceria, liderada por Tiago, foi possível tirar 5 produtos do papel, sendo eles, a nova plataforma 360 que traz a experiência única e junção do ciclo do crédito ponta a ponta e o novo motor de emissão de ativos financeiros.

Não só isso, essa parceria também estabeleceu um novo ecossistema de inovação com parceiros dentro da empresa.

Conversamos com o Tiago para entender quais foram os desafios e principais conquistas deste processo. Confira a entrevista na íntegra e boa leitura!

O desafio da Grafeno

 

Qual era o contexto que a Grafeno enfrentava na época?

Como a Grafeno é muito nova e nasceu de uma ideia muito boa, os investidores foram colocando dinheiro e as pessoas internas crescendo junto, o que deu certo por muito tempo. Em determinado momento, a empresa chegou em um ponto de intersecção de escala em que não era possível trabalhar no dia a dia da operação e inovar ao mesmo tempo. A receita estabilizou, os investidores queriam mais atratividade para o produto e o time não estava conseguindo entregar.

 

Quais foram os principais desafios para implementar sua estratégia de reestruturação do time de tecnologia?

Quando cheguei na Grafeno, meu desafio era justamente entender porque eles tinham 95 pessoas na área e mesmo assim o desenvolvimento estava travado. Logo, percebi que a operação estava consumindo o dia a dia de todo mundo. Além disso, eles tinham uma mentalidade de produto inteiro, numa pegada de entrega e não de resultado, ou seja, entregavam coisas que não tinham relação com o impacto que a empresa precisava. A área estava muito inchada e a cabeça deles estava demais na construção de hipóteses e validação. A minha proposta foi separar o que é sustentação de produto, do que é inovação.

De fato, os principais desafios eram:

  • Time muito inchado e pouco experiente, era mais difícil de resolver os problemas com muitas pessoas e faltava senioridade para lidar com adversidades;
  • Haviam muitas linhas de negócio e elas não estavam conectadas;
  • Não haviam métricas conectadas ao negócio;
  • A operação tomava muito tempo, era difícil pensar em inovação.

 

Como a Grafeno superou seus desafios para criar um centro de inovação do zero?

Propus um redimensionamento de times, já tinham times entregando demais e outros de menos, foi uma mudança para que os times parassem de olhar para features e passassem a olhar para linha de negócio. Um outro grande desafio era que o volume das linhas de negócio estava muito alto, tinham 10. Tivemos que reunir toda a diretoria, mapear todos os problemas, construímos um roadmap, saímos com um backlog e tomamos a decisão de reduzir para 4 linhas, trazendo mais foco para o time.

Tivemos que educar muito e engajar a galera. Além de implementar métricas vinculadas à estratégia. O objetivo era sair de uma empresa voltada a entrega para uma empresa voltada a eficiência e resultados de impacto.

Foi nesse momento que decidimos contratar a BossaBox. Nossa parceria salvou a Grafeno e está levando a empresa para outro patamar, outro game. A solução E2E que estamos construindo juntos nos tornará pioneiros no mercado financeiro pois nenhum outro player entrega isso hoje.

 

Tiago Leocádio, CTO da Grafeno
Tiago Leocádio, CTO da Grafeno

Os resultados da união entre Grafeno e BossaBox

 

Quais foram os resultados mais significativos obtidos com a parceria entre a Grafeno e a BossaBox?

Tiramos o centro de inovação da Grafeno do papel, isolamos ele para criar produto e, quando o produto é lançado, a gente traz ele de volta para dentro. E isso gerou uma economia enorme, porque o time estava parado, sem fazer nada, só tentando desenvolver coisas. Tiveram quase R$ 6 milhões de savings nessa transição. O time de desenvolvimento reduziu pela metade e conseguimos, finalmente, entregar tecnologia e inovação com agilidade.

A BossaBox ajudou a Grafeno a consolidar a nova arquitetura, que já virou o nosso futuro. Não sei onde estaríamos hoje sem a parceria e as soluções que criamos. Além disso, conseguimos tirar do papel 5 produtos em 8 meses de parceria.

As squads da BossaBox promoveram a seniorização do time interno em metodologia, velocidade e mentalidade orientada ao negócio, muito além de features. Provamos que a construção de um ecossistema, unindo diferentes expertises e com muita parceria trazem a velocidade que precisamos para mover ponteiros de negócio.

Trabalhando com inovação

 

Como avaliar o impacto da inovação na Grafeno?

A inovação juntamente com a transformação digital tiveram um impacto significativo em diversos aspectos dentro da companhia, tanto do ponto de vista de receita quanto olhar para o futuro. Hoje conseguimos ver novos horizontes e perspectiva de receita.

A rampagem para um modelo de open innovation impulsionou o crescimento orgânico. Os novos produtos começaram a destravar a esteira, serviços e aumento da eficiência dos times, gerando mais produtividade e competitividade de mercado.

Empresas inovadoras muitas vezes têm uma vantagem competitiva, pois conseguem oferecer algo único ou melhor do que seus concorrentes, esse é o nosso caminho a percorrer em diante.

 

Quais são os seus planos para o futuro da Grafeno em termos de inovação?

É importante ressaltar que, embora a inovação tenha o potencial de trazer benefícios substanciais, também pode apresentar desafios e implicações, como preocupações com privacidade, segurança, sustentação a longo prazo e escala.

Portanto, a avaliação da inovação deve ser feita de forma holística. Nosso grande desafio é começar a internalizar os produtos para os times darem continuidade e manter a roda girando, tanto do ponto de vista de inovação quanto de sustentação da empresa.
Não é que deu certo uma vez que essa mesma estratégia deve ser mantida, precisamos sempre olhar os desafios e buscar soluções para o momento ideal.