Vivo Ventures: Vivo cria fundo para investir em startups em estágio de ‘growth’
Artigo atualizado em 1 de junho de 2022
Vivo Cria fundo para investir R$ 320 milhões em startups em estágio de ‘growth’
Para acelerar o seu posicionamento como hub digital, a Vivo criou o Vivo Ventures, um fundo de R$ 320 milhões, para investir em startups durante os próximos 5 anos. Chamado de Vivo Ventures, o fundo de CVC buscará entre 12 e 20 startups em estágio de “growth” (preferencialmente rodadas séries A ou B), com investimento médio de R$20 milhões, podendo ter até 20% de participação nas investidas. As áreas investidas pelo novo fundo serão de Entretenimento, Casa Inteligente, Marketplace, Saúde, Finanças e Educação.
Segundo Rodrigo Gruner, diretor de Inovação e Novos Negócios da Vivo, o Vivo Ventures é uma iniciativa que aproxima ainda mais a empresa do ecossistema de inovação aberta, possibilitando investimentos e parcerias com startups para que possam oferecer benefícios e serviços inovadores que atendam cada vez mais as necessidades de seus clientes.
Para entender um pouco mais sobre esta estratégia, conversamos com Rodrigo sobre o assunto. Confira!
Programa de inovação aberta
A Telefônica conta com um programa de inovação aberta. Você pode contar um pouco mais sobre como ele impacta decisões como a criação do CVC?
O Vivo Ventures, nosso CVC, é parte de um contexto maior de inovação na Vivo. Desde 2012 temos iniciativas relacionadas à inovação aberta, por meio da Wayra, nosso hub de inovação aberta, que investe em startups preferencialmente em rodadas pré-seed e seed (estágio inicial e de estruturação de produto) e cujo negócio tenha relação com a estratégia da Vivo.
Além disso, entendemos que é preciso fomentar a inovação dentro da empresa e, por isso, nos últimos anos temos promovido diferentes ações internas para acelerar o desenvolvimento de uma cultura voltada à inovação. Entre elas, estão a adoção de formas de trabalho e metodologias ágeis, que privilegiam o foco no cliente e a rapidez na tomada de decisão – como squads e design thinking -; e a criação de um programa corporativo de inovação aberta, o Vivo Discover, para formar embaixadores da inovação na empresa e que já qualificou cerca de 50 profissionais de diferentes perfis e áreas.
Desde que o programa foi criado, conseguimos acelerar essa aproximação com startups, gerando um movimento positivo e massificado na empresa. Hoje, temos mais gente na Vivo falando e pensando em inovação aberta do que há três anos, quando o Vivo Discover nasceu.
Neste contexto, decidimos criar o Vivo Ventures, que é mais um passo da Vivo no fomento à inovação, posicionando definitivamente a marca como uma das principais incentivadoras do ecossistema de startups brasileiro.
Resultados e expectativas sobre as iniciativas em inovação
De que modo a Vivo pretende se beneficiar dos investimentos realizados pelo fundo? Aquisições, saídas estratégicas e inteligência de mercado são movimentos que estão no radar?
A tese de investimentos do Vivo Ventures está intimamente relacionada à estratégia de negócios da Vivo, que se posiciona como um hub digital, oferecendo, além de excelente conectividade, serviços em outras áreas. Para tal, elegemos seis áreas como prioritárias: Entretenimento, Casa Inteligente, Marketplace, Saúde, Finanças e Educação. E temos investido na criação de ecossistemas de negócios para oferecer serviços nessas áreas, o que fazemos por meio de desenvolvimento próprio ou de parcerias com marcas de referência.
Como exemplos de serviços que já lançamos, temos a conta digital Vivo Pay; o app de meditação Atma; o marketplace de saúde e bem-estar Vida V, e produtos de crédito Vivo Money, além de uma joint-venture na área de educação com Ânima. Há ainda o Vivo Guru, que oferecerá serviços de consultoria, instalação e suporte para casa inteligente e outros dispositivos; e parcerias com os principais serviços de streaming de vídeo e música, como Netflix, Disney+, Amazon Prime Video, Globoplay, Spotify e Tidal, entre outros.
O Vivo Ventures nasce para acelerar o nosso posicionamento como hub digital e para nos aproximar ainda mais do ecossistema de inovação aberta, pois investiremos R$ 320 milhões em startups brasileiras com soluções inovadoras nas áreas que mencionei anteriormente. Ao longo de cinco anos buscaremos entre 12 e 20 startups em estágio de “growth” (preferencialmente rodadas séries A ou B), com investimento médio de R$20 milhões, podendo ter até 20% de participação nas investidas.
Além do aporte financeiro, o Vivo Ventures trará para as startups investidas a possibilidade de acelerar seus negócios, seja por meio da Vivo como cliente e/ou canal de distribuição, valendo-se de ativos da empresa, como marca, base de clientes com quase 100 milhões de acessos e canais de distribuição, como o app Vivo, com aproximadamente 20 milhões de usuários e mais de 80 milhões de acessos por mês, e as mais de 1,7 mil lojas em todo o Brasil. Isso reduz o custo de aquisição de clientes, um dos grandes desafios para startups em geral.
E vamos aproveitar toda a expertise da Wayra no Vivo Ventures, pois o papel de gestão do deal flow do fundo será feito por uma equipe dedicada do nosso hub de inovação aberta. Acreditamos que isso trará grandes ganhos para nossa estratégia de inovação, pois a Wayra terá duas equipes para avaliar startups: uma dedicada ao Vivo Ventures e outra dedicada ao fundo da própria Wayra, aumentando, desta forma, as chances de fazermos bons deals.
Duas frentes e um mesmo objetivo
A Vivo investe em startups há dez anos através do hub de inovação aberta Wayra. Qual a diferença entre essa iniciativa e o atual fundo de corporate venture capital?
Com o Vivo Ventures, a Vivo se coloca de forma ainda mais robusta como uma das grandes marcas incentivadoras do ecossistema de startups no país. Como você mencionou, desde 2012 a Wayra já investia no segmento e seguirá investindo até R$ 1,5 milhão em startups preferencialmente em rodadas pré-seed e seed e cujo negócio tenha relação com a estratégia da Vivo. Para se ter uma ideia, somente em 2021, foram gerados aproximadamente R$70 milhões em negócios entre a Vivo e as startups do portfólio da Wayra.
Já o Vivo Ventures focará em um perfil diferente de startups, buscando por startups na fase “growth”, com soluções inovadoras nas áreas que são chave para nosso posicionamento como hub digital e que já mencionei anteriormente: Entretenimento, Casa Inteligente, Marketplace, Saúde, Finanças e Educação.
Investiremos, em média, R$ 20 milhões, podendo ter participação de até 20%. Portanto, Vivo Ventures e Wayra são absolutamente complementares e reforçam a estratégia de inovação aberta da Vivo.
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