
Implementar IA: quais áreas envolver e por onde começar?
Artigo atualizado em 8 de abril de 2025
A inteligência artificial deixou de ser uma aposta para o futuro e se tornou um diferencial competitivo no presente. Empresas que desejam implementar IA de forma eficaz precisam ir além da tecnologia.
Isso porque adotar IA de maneira estruturada envolve construir uma jornada que inclui aprendizado, governança, experimentação e alinhamento estratégico. Mas, afinal, quais áreas devem estar envolvidas desde o início? E por onde começar?
Neste artigo, exploramos como diferentes níveis da organização, da liderança aos times operacionais, podem contribuir para o sucesso da implementação da IA, assumindo papéis complementares ao longo do processo. Confira:
- Por que implementar IA exige mais do que tecnologia
- Jornada de adoção: preparar os times para o uso da IA
- Jornada estratégica: engajamento da liderança e visão de longo prazo
- Conclusão: pronto para dar o próximo passo?
Por que implementar IA exige mais do que tecnologia
Muitas vezes, a tecnologia não é a principal barreira para a adoção da inteligência artificial. Ferramentas, algoritmos e infraestrutura são importantes, mas o verdadeiro desafio está em mobilizar pessoas, transformar mentalidades e garantir que a IA esteja conectada aos objetivos reais do negócio.
Uma pesquisa realizada pela Data-Makers, em parceria com a CDN, revelou que 69% dos CEOs e executivos de alto escalão identificam a resistência cultural interna como o principal obstáculo à adoção da IA em suas organizações. Além disso, 60% dos entrevistados apontam a escassez de talentos especializados como um fator limitante para o avanço da tecnologia.
Como a IA impacta decisões estratégicas, processos operacionais, estrutura de dados, segurança e a experiência dos clientes, ela precisa ser tratada como uma iniciativa transversal.
Portanto, implementar IA com impacto real exige envolver tanto quem define a visão da empresa quanto quem opera diretamente os processos do dia a dia.
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Jornada de adoção: preparar os times para o uso da IA
A adoção de IA começa na base da organização. Antes de escalar projetos ou fazer grandes investimentos, é necessário garantir que os times estejam preparados. Isso significa não apenas oferecer conhecimento técnico, mas também criar um ambiente que estimule a experimentação e a geração de ideias.
Letramento para times
O primeiro passo está no letramento em IA. Essa etapa promove a compreensão dos conceitos fundamentais da inteligência artificial, seus usos possíveis, riscos e limitações.
O objetivo é democratizar o conhecimento dentro da empresa, permitindo que pessoas de diferentes áreas se sintam à vontade para explorar a tecnologia em suas rotinas.
Capacitações para a média liderança
Em segundo lugar, é importante reconhecer que a média liderança desempenha um papel essencial como ponte entre a estratégia e a execução.
Por isso, programas voltados para esse público ajudam a desenvolver uma visão mais profunda sobre o potencial da IA e capacitam gestores a promoverem a adoção entre seus times. Isso inclui identificar oportunidades de aplicação e facilitar o diálogo entre áreas técnicas e de negócio.
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Programa de ideias e mentoria
Após esse processo de capacitação, é importante criar espaços para que as equipes possam propor ideias. Essa etapa da jornada envolve mentorias e workshops colaborativos, nos quais os times são incentivados a levantar casos de uso baseados em seus contextos. É uma fase de engajamento, em que o conhecimento adquirido se transforma em ação prática.
Projetos piloto
Com as ideias validadas, a empresa pode partir para a experimentação. Os projetos piloto permitem testar hipóteses em ambientes controlados, avaliar resultados iniciais e ajustar abordagens antes de escalar.
Esses testes são fundamentais para reduzir riscos, engajar os times e gerar aprendizados que vão alimentar as próximas fases da jornada.
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Jornada estratégica: engajamento da liderança e visão de longo prazo
Enquanto os times operacionais se preparam para aplicar a IA em seu cotidiano, a liderança precisa garantir que essa transformação esteja alinhada à visão da empresa. A jornada estratégica envolve planejamento, governança e direcionamento claro, conectando a IA aos objetivos de negócio.
Imersões para board e C-levels
A primeira etapa estratégica é o engajamento da alta liderança. Imersões com conselheiros e executivos ajudam a construir uma base sólida de conhecimento sobre inteligência artificial, desde seus fundamentos até os casos mais avançados.
Assim, líderes passam a compreender a IA como um vetor de inovação e crescimento, e não apenas como um recurso técnico.
Estratégia e visão de IA
A partir desse entendimento, a empresa pode definir uma visão clara para a IA. Essa visão precisa considerar os objetivos estratégicos e as tendências do mercado. Construir uma estratégia de IA significa decidir como ela será usada para impulsionar crescimento, eficiência ou diferenciação competitiva. Com isso, a empresa deixa de apenas experimentar e passa a ter um plano estruturado.
Governança
Entretanto, nenhuma estratégia se sustenta sem governança. Estabelecer diretrizes, processos e controles é essencial para garantir que a IA seja usada de forma ética, segura e eficaz.
A governança também assegura que as iniciativas estejam em conformidade com regulamentações e políticas internas, além de facilitar a comunicação entre áreas.
Mapeamento de casos de uso
Na sequência, é necessário identificar onde a IA pode gerar mais valor. Isso é feito por meio do mapeamento de casos de uso, conduzido com o apoio das lideranças de negócio. A metodologia aplicada permite identificar oportunidades concretas e avaliar sua viabilidade técnica e estratégica. Essa etapa é crucial para transformar a estratégia em ações reais.
Priorização e criação de roadmap
Com os casos de uso identificados, chega o momento de priorizar as iniciativas. Desse modo, criação de um roadmap de IA ajuda a organizar o portfólio de projetos, definindo quais ações devem ser realizadas primeiro e quais recursos serão necessários.
Essa priorização leva em conta o impacto estimado, a complexidade de execução e o alinhamento com os objetivos da organização. Ter um roadmap claro é o que viabiliza uma implementação escalável e sustentável.
Implementação de IA
Por fim, com a estrutura estabelecida e as prioridades definidas, a organização pode partir para a implementação em escala. Essa etapa envolve o desenho da arquitetura tecnológica, integração com sistemas existentes, estruturação de dados e construção de soluções baseadas em IA. Mais do que apenas entregar modelos prontos, é nesse momento que a IA se torna parte do negócio.
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Estratégia e adoção caminham juntas
É importante destacar que essas duas jornadas (estratégica e de adoção) são complementares. Enquanto uma mobiliza a liderança para definir direção e estrutura, a outra prepara os times para colocar ideias em prática e gerar valor real. Quando trabalhadas em conjunto, essas frentes aumentam significativamente as chances de sucesso.
Empresas que apostam apenas na estratégia correm o risco de criar planos que não saem do papel. Já aquelas que começam pela experimentação sem alinhamento estratégico podem perder foco e recursos. Portanto, o equilíbrio entre visão de longo prazo e ação prática é essencial para implementar IA com consistência.
Pronto para dar o próximo passo?
A construção de um roadmap claro, aliado à capacitação de pessoas e à governança bem definida, é o que diferencia empresas que apenas testam IA daquelas que realmente transformam seus negócios com ela. Começar pode parecer desafiador, mas com as etapas certas e o envolvimento das áreas estratégicas, o caminho se torna muito mais acessível.
Se a sua empresa está em busca de resultados concretos com inteligência artificial, talvez o primeiro passo não seja escolher uma tecnologia, mas envolver as pessoas certas na jornada certa.
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