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6 dicas para usar inteligência artificial sem correr riscos

6 dicas para usar inteligência artificial sem correr riscos

11 de julho de 2025
8 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 11 de julho de 2025

A inteligência artificial tem ganhado espaço em diversas rotinas, do trabalho à vida pessoal. Ainda assim, seu uso requer atenção redobrada a temas como privacidade e segurança digital.

Vazamentos de dados, falta de transparência e discriminação algorítmica são alguns dos riscos que preocupam quem adota ferramentas de IA generativa. Até grandes empresas da tecnologia, como a Samsung, já enfrentaram problemas com o uso de IAs no ambiente de trabalho. Isso mostra como é importante conhecer as melhores práticas ao utilizar essas ferramentas.

Neste artigo, reunimos 6 dicas para usar essas tecnologias com segurança. Assim, você evita riscos e aproveita o melhor que elas oferecem, tanto em casa quanto no trabalho. Vamos entender como isso funciona na prática?

1. Sempre verifique as respostas da IA

Apesar do entusiasmo em torno da IA generativa, é importante reconhecer que essas ferramentas ainda apresentam limitações significativas. Elas operam com base em grandes volumes de dados passados, mas não compreendem contexto com a mesma precisão que seres humanos.

Consequentemente, confiar cegamente em respostas geradas por IA pode levar a interpretações erradas, generalizações incorretas ou omissões críticas. Isso se torna ainda mais sensível em áreas reguladas ou de alta responsabilidade, como finanças, saúde, direito e recursos humanos.

Além disso, mesmo ferramentas de ponta podem apresentar vieses ou repetir padrões problemáticos aprendidos durante o treinamento. A IA não possui julgamento ético, senso crítico ou empatia, que são qualidades indispensáveis para decisões estratégicas.

O que a IA não consegue fazer bem (ainda)

  • Explicar com clareza a origem de suas respostas
  • Interpretar sentimentos, ironias ou ambiguidades
  • Garantir que os dados estejam atualizados ou corretos
  • Tomar decisões baseadas em valores, e não só em padrões

Portanto, é recomendável usar a inteligência artificial como ferramenta de apoio, e não como fonte final de verdade. Em vez de substituir o humano, ela deve ampliar as possibilidades com supervisão adequada e análise crítica constante.

2. Entenda os riscos da inteligência artificial

Agora que já compreendemos os limites, vale detalhar os principais riscos no uso cotidiano da IA. Muitos deles estão relacionados à forma como dados são armazenados, processados e eventualmente reutilizados.

Embora grande parte das ferramentas prometa segurança, diversas investigações já mostraram vazamentos de dados em ambientes corporativos, inclusive com informações confidenciais sendo usadas para re-treinamento sem consentimento.

Além disso, quando mal configuradas, essas ferramentas podem ser manipuladas para entregar dados sensíveis ou gerar conteúdo enganoso. A ausência de explicabilidade, ou seja, a dificuldade em entender como o modelo chegou a determinada resposta, amplia o problema.

Principais riscos da IA

  • Vazamento de dados privados ou corporativos
  • Uso indevido de informações inseridas pelo usuário
  • Decisões enviesadas com base em dados incompletos
  • Falta de clareza nos processos de automação
  • Exposição legal ou violação de leis de proteção de dados

Assim sendo, conhecer esses riscos ajuda a fazer escolhas mais responsáveis, evitando erros que podem comprometer a segurança digital de pessoas e organizações.

3. Evite inserir dados sensíveis nas ferramentas

Não insira informações confidenciais em ferramentas de IA abertas, especialmente as gratuitas, sob nenhuma circunstância. Ainda que a plataforma afirme não salvar os dados, não há garantia real de que essas informações não sejam armazenadas temporariamente ou até utilizadas no treinamento posterior.

Em empresas, esse cuidado precisa ser ainda maior. Um pequeno descuido pode gerar perdas financeiras, vazamentos de informações estratégicas ou até sanções legais — principalmente se envolver dados de terceiros.

Boas práticas para proteger os dados

  • Remova nomes completos e documentos importantes antes de inserir textos
  • Não compartilhe senhas
  • Use exemplos fictícios em vez de dados reais
  • Se você usar no trabalho, oriente equipes sobre o que pode e o que não pode ser compartilhado
  • Revise todas as respostas geradas antes de encaminhá-las a outras pessoas

Adotar esses cuidados simples evita a exposição desnecessária e contribui para uma cultura de uso consciente da tecnologia.

Leia também: Prompt: o que é, como funciona, importância e boas práticas

4. Prefira soluções que priorizam transparência

A escolha da plataforma certa é um passo crucial. Diversas ferramentas no mercado têm níveis diferentes de segurança, políticas distintas de armazenamento e propósitos variados. Algumas são voltadas ao público geral, enquanto outras foram desenvolvidas para ambientes corporativos.

Ferramentas como ChatGPT, Microsoft Copilot, Claude e outras já oferecem modos específicos para empresas, com mais controle e proteção sobre os dados enviados.

Critérios para escolher com segurança

  • Termos de uso claros e acessíveis
  • Políticas públicas sobre como os dados são armazenados
  • Possibilidade de desativar o uso dos prompts para re-treinamento do modelo
  • Conformidade com normas como LGPD e GDPR

Com isso, as chances de exposição são reduzidas, e o usuário tem mais controle sobre o que acontece com suas informações após o uso da ferramenta.

5. No trabalho, estabeleça políticas internas de uso

Mesmo com as melhores ferramentas, o uso inadequado por parte das equipes pode gerar problemas sérios. Por isso, é essencial criar uma política interna que oriente o uso da IA dentro da organização.

Essa política não precisa ser complexa, mas deve estar alinhada com as diretrizes de segurança da empresa. Além disso, precisa ser de conhecimento de todos — o que exige comunicação clara e treinamentos regulares.

Itens que uma boa política deve incluir

  • Quais ferramentas são autorizadas
  • Quais tipos de conteúdo podem ser inseridos
  • Como revisar e validar as respostas geradas
  • Quando é necessário envolver a área jurídica ou de segurança

Inclusive, a definição dessas regras evita retrabalho, falhas de compliance e incidentes que poderiam ter sido prevenidos com boas práticas simples.

Ao implementar a IA no trabalho, também vale considerar o impacto sobre os processos existentes. Ferramentas automatizadas podem acelerar tarefas, mas também gerar dependência ou criar gargalos invisíveis quando não há supervisão. Estabelecer pontos de controle e revisar processos operacionais evita que a IA crie mais problemas do que soluções.

6. Atualize sistemas e acompanhe regulações

O cenário da inteligência artificial muda constantemente. Novas ferramentas surgem todos os dias, e regulações estão sendo discutidas em diversos países — inclusive no Brasil, com debates avançados sobre o marco legal da IA.

Nesse contexto, manter os sistemas atualizados e acompanhar as mudanças regulatórias deixa de ser um diferencial e passa a ser uma necessidade básica para operar com segurança.

Ações recomendadas

  • Atualize sistemas com frequência para corrigir falhas
  • Monitore alterações nas normas legais e de mercado
  • Capacite as equipes em práticas seguras e atualizadas
  • Revise periodicamente as políticas e os processos de uso

Dessa maneira, a empresa não apenas evita riscos como também demonstra responsabilidade digital, o que fortalece sua imagem e sua cultura organizacional.

Conclusão

A inteligência artificial pode ser uma aliada poderosa, desde que usada com responsabilidade. Ao reconhecer os limites da tecnologia, compreender seus riscos e adotar práticas seguras, como não compartilhar dados sensíveis, escolher ferramentas transparentes e seguir políticas claras, é possível aproveitar seus benefícios com mais tranquilidade.

Ademais, essas ferramentas são aprimoradas e sofisticadas dia após dia. Com novos recursos, funcionalidades e melhores treinamentos, as IAs caminham de forma contínua para melhores versões de si mesmas. Acompanhar todas as novidades, portanto, é essencial para garantir que seu cotidiano esteja alinhado ao melhor que há no mercado.

Essa tarefa, no entanto, não é fácil. Os vários softwares mudam com grande frequência, dificultando o processo de acompanhar suas atualizações. Pensando nisso, outro recurso estratégico pode auxiliar nessa constante missão: as newsletters de IA.

Com diversos formatos e frequências de publicação, as newsletters são parceiras indispensáveis. A AI Factory News, por exemplo, foca em inteligência artificial e é uma mão na roda para os ávidos por novidades.

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