AdTechs e MarTechs na revolução do mercado de marketing e publicidade
Artigo atualizado em 14 de novembro de 2018
Poucos setores foram tão afetados pela revolução digital quanto as áreas de marketing, mídia e publicidade. Não faz nem 20 anos que a internet era restrita a uma elite e notícias e propagandas só chegavam a nós por meio de outdoors, páginas de papel, ondas de rádio ou antenas de TV.
Veja no vídeo como foi o primeiro AdTech Awards 2018 – realizado pelo Distrito:
Hoje, as barreiras entre on-line e off-line são cada vez mais tênues – se é que ainda existem – e a produção de conteúdo é cada vez mais democrática. A todo instante surgem maneiras de criar anúncios ainda mais precisos e formatos que ainda sequer conseguimos imaginar para contar histórias – e vender mais. Com o avanço de tecnologias como geolocalização e realidade virtual, certamente ainda seremos surpreendidos ao longo de muito tempo.
Por trás do desenvolvimento de muitas destas inovações, estão as adtechs e martechs, startups que abraçam a missão de criar formas para que os mercados de mídia, propaganda e marketing consigam tirar proveitos das novas tecnologias e obtenham cada vez mais impacto com menor custo.
David Laloum, CEO da Y&R, e Jaime de Paula, CEO da Neoway, contaram para nós as suas visões sobre o movimento de transformação digital que tem acontecido nos mercados de mídia, propaganda e marketing. Veja abaixo o que estes profissionais escreveram sobre o tema.
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Bye bye consumidor. Welcome usuário!
O conceito de consumidor surgiu quando o ato de consumir se tornava uma parte fundamental da construção da identidade de
um indivíduo. Mais importante do que a função do produto em si, era o valor intangível que uma marca proporcionava. Consumir era sinônimo de absorver uma marca. E, consequentemente, as relações entre marcas e pessoas colocaram em segundo plano os atributos funcionais e passaram a ser pautadas pelas emoções.
Com as novidades tecnológicas, essa equação está mudando de maneira significativa. As relações com as marcas baseadas em amor, respeito e fidelidade incondicional – atributos característicos das Lovebrands – fazem menos sentido para uma geração que admira seus pares e precisa de cada vez menos de logotipos para expressar ao mundo quem são. Essa geração possui um arsenal de ferramentas tecnológicas para produzir sozinha os ingredientes necessários para a construção da sua própria identidade. E é essa mesma tecnologia que está transformando consumidores passivos em usuários ativos.
Agora, buscamos a função concreta e tangível dos produtos. A busca é por um serviço que ofereça conveniência e facilite a sua vida – e é a essa conveniência e facilidade que a fidelidade está relacionada, mais do que à marca por detrás dela.
O vínculo emocional com a marca é uma consequência da sua utilidade, e não mais o contrário. E essa relação está tomando um rumo exponencial desde que o big data entrou em ação.
O usuário espera que as empresas devolvam na mesma altura o benefício que lhes confere ao entregar um ativo tão valioso quanto as suas informações. Ele quer que as marcas conheçam seus interesses e antecipem os seus desejos, como fazem Amazon, Spotify ou Apple Music. Mais do que isso: que desenvolvam produtos a partir de suas preferências. Enquanto os consumidores se contentavam com relações emocionais apoiadas apenas no storytelling de um mundo idealizado, os usuários estão em busca de entregas funcionais e tangíveis, alicerçadas pela realidade tecnológica. Enquanto os consumidores corriam atrás de status e reconhecimento social, os usuários querem experiências com propósito e significado.
O mindset mudou.
Quando um consumidor não está satisfeito, normalmente reclama e dá outra chance. Um usuário apenas se desloga e parte para próxima.
Por David Laloum, CEO da Y&R
Big Data e a Inteligência de Dados no mercado de AdTechs
Big Data é algo que está no dia a dia das pessoas, mas passa despercebido. Quer exemplos? Ao procurar um produto em um site, é possível vê-lo, depois, na sua timeline do Facebook. Após responder uma pesquisa sobre viagem, em todos os portais nos quais você navega existem propostas de passagens aéreas. Isso não é uma coincidência. As ferramentas do Big Data cruzam informações entre as diversas fontes de dados e impulsionam vertiginosamente o marketing do negócio.
No mundo de hoje, estamos vivendo a era da inteligência preditiva. As empresas querem maximizar seus esforços e verbas comerciais. Ninguém mais quer gastar muito dinheiro numa ação de marketing que vai atingir um número pequeno de consumidores.
A tecnologia mudou o cenário de esforços comerciais. Atualmente, é possível trabalhar com ferramentas que conseguem melhorar o foco das ações de venda. Não, não estamos falando das redes sociais, que de fato têm a capacidade de recolher uma miríade de dados sobre seus usuários.
O assunto em questão é a inteligência no uso de dados (data intelligence). Ao analisar dados públicos, referentes a um grupo de consumidores, é possível determinar se um produto terá sucesso em suas vendas, se o preço de uma mercadoria está correto ou se um ponto comercial numa certa região vai vingar. O segredo está no estudo de dados que mostram as probabilidades de um determinado perfil de gente comprar um serviço ou produto.
Como captar, gerir e avaliar essas informações? A Neoway é a única empresa do mercado a utilizar uma base de 30 milhões de informações, cruzá-las e analisá-las de forma produtiva e eficaz. A sua plataforma SIM (sistema de informação multimercado) encurta o processo de venda e facilita a vida do vendedor, que já sai da empresa sabendo qual o destino de venda.
E qual é a diferença entre usar a análise inteligente de dados ou não? Pode-se dizer que é como pescar em mar aberto. Pode-se navegar a esmo, rodar pelo mar e eventualmente conseguir pescar uma boa quantidade de peixes – isso é o mesmo que vender sem usar soluções de Big Data. Com as ferramentas de vendas preditivas é como navegar no oceano com um poderoso sonar, que não só indica a localização dos grandes cardumes como também aponta qual é a espécie do pescado, seu preço de mercado e qual atacadista paga melhor.
Por Jaime de Paula, CEO da Neoway
Quem são as startups que estão revolucionando o mercado de marketing, mídia e publicidade?
Nós do Distrito em parceria com a Y&R e com a Neoway, desenvolvemos um estudo com o mapeamento todo ecossistema de AdTechs e MarTechs no Brasil. Foram mapeadas 2.500 startups e, dessas, 340 foram incluídas no Mapa de AdTech.
Para facilitar o processo de análise, as empresas foram divididas em categorias que refletem de forma clara o ecossistema brasileiro: Advertising & Promotion, Content & Experience, Social & Relationships, Commerce & Sales.
Neste estudo, apresentamos informações de forma detalhada sobre as características do setor e quem são essas startups que estão transformando os setores de marketing e propaganda no Brasil. Ter esse tipo de informações em mãos não serve apenas para matar curiosidades. É uma forma de entender o que vem acontecendo e quais são as tendências que ainda devem impactar os mercados.
Para acessar o estudo completo que fizemos sobre Adtechs, é só clicar no botão abaixo.