O que a área de inovação deve fazer pela empresa?
Artigo atualizado em 27 de outubro de 2019
Marketing, vendas, financeiro… Nos últimos anos, uma nova área veio se somar a esses departamentos tradicionais das empresas: a área de inovação. Responsável por diversos processos voltados à inovação, a área ganha força com o aumento da competição no mercado, um contexto em que é preciso se reinventar para seguir relevante.
E você, o que tem feito para a sua empresa inovar? O seu negócio já tem uma área — ou pelo menos uma pessoa — focada em inovação empresarial? Será que ela está sendo bem aproveitada e trazendo os melhores resultados possíveis? Será que para inovar é só comprar uma startup?
Neste post, vamos falar sobre algumas dessas questões. Leia o artigo para saber o que uma área de inovação corporativa deve fazer pela empresa e para conhecer um case de uma das maiores empresas brasileiras.
Quais os papéis da área de inovação?
Você sabe tudo o que uma área de inovação pode fazer pela sua empresa? Conheça os principais papéis deste departamento.
Conhecer os diferentes tipos de inovação
Inovar é um conceito bastante amplo. Por isso que a aplicação da inovação nas empresas costuma ser dividida em diferentes tipos. Conhecê-los é importante para garantir que a sua empresa possa inovar em diferentes frentes.
São muitos os tipos de inovação. De modelo de negócios, processo, organizacional, do marketing, de produto, de serviços. Aqui, vamos falar das principais.
- Inovação de processos: o foco aqui é melhorar os processos da empresa para torná-la mais produtiva, usando, para isso, a inovação.
- Inovação de produtos: neste tipo de inovação, o foco é oferecer produtos novos aos clientes ou melhorar aqueles que você já oferece.
- Inovação de serviços: a ideia é a mesma da inovação em produtos, oferecer um novo serviço ou melhorar aqueles que já estão no mercado para facilitar ainda mais a vida dos clientes.
A inovação também pode acontecer na empresa de diversas maneiras: incremental, quando é feita por meio de pequenas melhorias; radical, quando cria um novo mercado; e disruptiva, quando foca no modelo de negócios. Para saber mais, leia o post Inovação disruptiva, radical e incremental: qual a diferença?.
Praticar a inovação aberta
A inovação aberta é uma forma de inovar que consiste em promover ideias, processos e pesquisas abertos. Na prática, isso quer dizer que a empresa combina ideias internas e externas para inovar.
A empresa precisa se abrir para ouvir os parceiros e trabalhar de forma cooperativa, seja com clientes, universidades ou fornecedores. Essas pessoas e instituições podem ajudar no desenvolvimento de novos produtos, serviços e tecnologias úteis e de valor. Além disso, há outras vantagens, como economia de tempo, redução de custos e minimização de riscos.
Para ficar mais claro, podemos usar o próprio exemplo do Distrito, um polo e um hub de inovação que fomenta a inovação aberta. Todas as nossas frentes trazem essa ideia de conexão entre toda a comunidade de inovação, startups, investidores e empresas.
Para saber mais, leia o post Inovação Aberta: o que é e os benefícios para a empresa.
Cuidar dos processos de inovação
Embora a inovação seja de responsabilidade de toda a empresa, é a área de inovação que tem como responsabilidade estruturar esses processos. O profissional de inovação, portanto, cuida dos prazos e investimentos necessários para que a inovação saia da teoria, assim como da parte estratégia.
Além disso, também é papel da área disseminar a cultura da inovação, engajando os colaboradores a participarem e mostrando a importância desse trabalho. Dessa forma, a cultura organizacional instituída também pode ser direcionada para a inovação.
Usar o Mínimo Produto Viável (MVP)
O Produto Mínimo Viável (MVP, do inglês Minimum Viable Product) consiste em lançar produtos ou serviços no mercado com um investimento baixo para testá-lo antes de investir quantias maiores em um grande lançamento. Muito usada em startups, a prática pode ser adotada pelas áreas de inovação de todas as empresas.
Além disso, o departamento deve saber priorizar quais MVPs têm mais potencial de gerar resultados para a empresa, priorizando-os.
O case de inovação da Magazine Luiza
Fundada em 1957, a rede varejista de eletrônicos e móveis Magazine Luiza tinha tudo para ficar ultrapassada. Mas aconteceu justamente o contrário. A Magalu se reinventou e virou referência em inovação.
A mudança começou já em 2000, quando começou a vender pela internet. No entanto a grande virada veio com o LuizaLabs, laboratório de inovação da rede. Fundado em 2011 como um departamento de pesquisa e desenvolvimento interno, hoje o laboratório tem um prédio próprio em São Paulo. O ambiente é aberto e descontraído, para estimular a criatividade e a troca de ideias entre os colaboradores.
Em 2017, eram 110 pessoas focadas em criar produtos e serviços inovadores, com foco em novas tecnologias e big data. O Luiza Labs é responsável, por exemplo, por projetos como o Magazine Você, que permite selecionar produtos no ecommerce, criar uma loja virtual e receber uma comissão sobre as vendas.
Outras inovações foram mudanças nas lojas físicas para reduzir filas — as compras podem ser feitas de qualquer lugar, por meio de um celular que os vendedores carregam, e não somente nos caixas. Além disso, a rede investiu em uma entrega mais rápida e na possibilidade de comprar online e retirar nas lojas, o que representa agilidade para a loja e para o cliente.
Como você pode ver, inovar é necessário para ter diferencial competitivo e continuar relevante, tendo processos, produtos e serviços que estejam de acordo com as necessidades dos clientes de hoje — e de amanhã! Para isso, é preciso ir além da área de inovação, engajando toda a empresa.
E você, o que achou desse post? Como tem inovado na sua empresa? Compartilhe sua opinião com a gente!