Regtech: o que é e qual a relevância para o mercado?
Nos últimos anos, o cenário regulatório no Brasil tem se tornado ca ...
O surgimento das InsurTechs vem alavancando inovações no mercado segurador. Com inteligência, muitas dessas empresas têm desenvolvido soluções tecnológicas específicas para determinadas partes da cadeia de valor, que estão fortalecendo o setor e permitindo, por exemplo, que companhias tradicionais se tornem mais leves, práticas e capazes de oferecer serviços personalizados e mais adequados ao consumidor […]
Artigo atualizado 9 de outubro de 2018
O surgimento das InsurTechs vem alavancando inovações no mercado segurador. Com inteligência, muitas dessas empresas têm desenvolvido soluções tecnológicas específicas para determinadas partes da cadeia de valor, que estão fortalecendo o setor e permitindo, por exemplo, que companhias tradicionais se tornem mais leves, práticas e capazes de oferecer serviços personalizados e mais adequados ao consumidor atual.
É importante lembrarmos que os padrões de consumo estão mudando em uma velocidade sem precedentes e que isso impacta diretamente nos negócios. Neste processo de reconhecimento e desenvolvimento célere de produtos e serviços atrativos, a busca por sinergias com potenciais parceiros pode ser muito mais eficiente do que a competição.
Acreditamos na construção de um mercado segurador ecossistêmico, do qual as InsurTechs devem fazer parte, bem como empresas de outros mercados que tenham negócios sinérgicos.
Este modelo de negócios permite ganho de escala, velocidade frente à evolução tecnológica, praticidade na compra de um produto e serviço, além de beneficiar de maneira direta a rede de corretores que compõe um dos pilares mais importantes da cadeia de valor de uma seguradora.
Na Europa, onde a transformação digital do mercado segurador está um pouco mais madura, o investimento em startups de tecnologia de seguros cresceu para mais de US$500 milhões em 2017, ante US$ 147 milhões em 2016, segundo dados divulgados pela consultoria CB Insights. A canalização de recursos para o desenvolvimento de tecnologia digital é uma tendência observada em diversos países, inclusive no Brasil, e isso não é à toa. Estamos caminhando para a disrupção em diversas esferas dos negócios e devemos olhar de forma positiva para estas mudanças.
Desta forma, enxergamos as startups atuando fortemente como agregadoras para seguradoras, corretores e fornecedores especializados do setor. Com soluções tecnológicas é possível hoje, por exemplo, permitir que o cliente realize de forma simples e prática a vistoria de seu carro ou imóvel através de seu celular, evitando deslocamentos e burocracias, que são aborrecimentos que não agregam valor para o segurado.
Esperamos ouvir falar cada vez mais em IoT, machine learning e outras tecnologias capazes de trazer benefícios para seguradoras, corretores, consumidores e mercados adjacentes.
Por Murilo Riedel, CEO da HDI Seguros
Será que conseguimos vislumbrar um dia, em que o seguro será parte integrante na vida dos brasileiros, a custos tão baixos, que nem os perceberemos? Graças aos enormes avanços tecnológicos em IoT, inteligência artificial, sensores, Data Analytics e computação em nuvem, esse dia pode estar muito mais perto do que imaginamos.
Ao avaliarmos o que vem acontecendo nos Estados Unidos e na Europa, onde os assistentes virtuais como a Alexa e o Google Home tem se tornado cada vez mais relevantes no dia a dia dos novos consumidores, é de se esperar que com o passar dos tempos, os consumidores se tornem ainda mais confortáveis com o fato destes e outros aparelhos ao seu redor capturarem dados e informações sobre seus hábitos, preferencias de consumo e estilo de vida. Todos nós já nos acostumamos com os smart phones, e é natural que também nos acostumemos com estes novos aparelhos em nosso dia a dia.
A combinação de smart phones, assistentes virtuais, veículos conectados, smartwatches e outras tecnologias wearable, significará que praticamente todos os aspectos de nossa vida serão registrados e monitorados, tanto para aprimorar nossa qualidade de vida e conveniência, quanto para experiências de consumo cada vez melhores, em todos os segmentos, e a Industria de Seguros não ficará pra traz.
O mercado brasileiro ainda caminha lentamente na direção de seguros personificados, mas já podemos começar a ver iniciativas relacionadas aos seguros sob demanda, seja em linhas tradicionais como seguro automotivo e residencial, ou em novas linhas como os riscos cibernéticos. Nossa expectativa é que com o avanço na captura dos hábitos dos consumido res esta modalidade de negócios cresça muito, e que introduza novos produtos de proteção até hoje inimagináveis.
Neste contexto as InsurTechs têm grande potencial de transformar o setor. Se voltássemos no tempo três anos, veríamos que praticamente todas as iniciativas estavam focadas em cotadores ou comparadores de preços, enquanto hoje já identificamos uma série de iniciativas relacionadas a utilização de aplicativos e sensores na precificação dos seguros e na gestão de riscos, além de uma série de iniciativas associadas a inteligência artificial e utilização de Blockchain para transformar toda a cadeia de valores e oferecer produtos completamente digitais a custos bastante interessantes.
Por Luciene Magalhães, Líder do Setor de Seguros da KPMG
A revolução digital chegou à área de seguros e, enquanto toda mudança traz em si desafios a serem enfrentados e superados, também é importante destacar os benefícios percebidos por quem já está utilizando tecnologias aplicadas aos negócios.
No mercado de seguros, não são poucas as empresas que adotaram inovações em seu dia a dia.
Machine learning (ou aprendizado de máquinas, como também é conhecido), Inteligência Artificial e Big Data Analytics são só algumas das tecnologias
que tem ajudado as seguradoras a aperfeiçoar seus processos. Na área de seguros, essas ferramentas podem ser úteis para várias finalidades, entre elas: Inteligência de mercado – Conhecer o mercado de atuação e encontrar oportunidades de expansão são atividades que podem ser facilitadas pela análise de dados. Além disso, o estudo do perfil dos consumidores para criar produtos específicos também pode ser feito mais rapidamente por meio de ferramentas de Big Data Analytics.
Prevenção contra fraudes – Combater fraudes a partir do machine learning, capaz de analisar milhares de informações de comportamento e aprender a classificar o potencial de risco da pessoa, identificando um possível fraudador. Também é possível verificar se o segurado possui processos anteriores por fraude, evitando o pagamento de falsos sinistros.
Precificação e aceitação de apólice – Analisar o perfil do cliente de maneira rápida e consistente para oferecer o pacote de preços ideal, de acordo com
o seu perfil (idade, gênero, local de trabalho, renda presumida, entre outras variáveis). Com Big Data, os dados podem ser obtidos e cruzados rapidamente, possibilitando retorno ágil ao cliente e mais produtividade ao corretor.
Compliance – Desenvolver controles internos para identificar pessoas politicamente expostas e seus vínculos familiares, societários e empregatícios, com o objetivo de prevenir e combater os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, bem como prevenir e coibir o financiamento ao terrorismo, atendendo a circular 445 da Susep.
Análise da rede de prestadores – Encontrar oficinas que possam ser credenciadas para atender os clientes de seguro auto. Para seguro saúde, é possível identificar prestadores e/ou profissionais que podem ser parceiros da organização para a ampliação da rede ou implantação de novos serviços.
A atualização constante dos dados permite que essas análises estratégicas sejam refeitas periodicamente, mas, mesmo obtendo informações atualizadas, é necessário ficar atento às inovações e desafios que se impõe à área de seguros para se adaptar rapidamente e tirar o máximo proveito das novas tecnologias.
Por Mario Misk, Gerente Comercial Enterprise da Neoway
Atualmente, iniciativas de investimentos de risco em jovens empresas estão em alta devido ao acelerado processo de transformação digital que vivemos, onde novas soluções disruptivas criadas por startups mudam ou destroem antigos negócios consolidados no mercado. Geralmente, o tempo de vida dessas companhias é de cerca de dois anos e, caso os negócios não prosperem rapidamente, ela estará fadada à morte. Por isso, grandes empresas estão se unindo e criando iniciativas de “Investimento Corporativo” e Fundos de Investimento em Participações (FIPs), para que possam desempenhar um papel estratégico nesse momento de transformação, e também se conectar com estas inovadoras empresas “startups”.
O Fundo BR Startups, o qual eu fui o idealizador, foi criado no Brasil e tem como foco fomentar o crescimento da economia, a geração de empregos, ou seja, desejamos gerar impacto e relevância no País. O Fundo reúne companhias como Microsoft Participações, Banco Votorantim, Monsanto (atual Bayer), Grupo Algar, Banco do Brasil Seguros, Qualcomm, ES Ventures e AgeRio e, sob a gestão da MSW Capital, investe entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões para ajudar startups a realizar a conexão entre a fase de investimento anjo/aceleração e uma rodada de investimento “Série-A”. Com isso, permite que grandes empresas apoiem financeiramente e estrategicamente novos empreendedores. Desde a sua criação, em 2014, o Fundo já captou R$ 27 milhões e investiu em 15 startups.
No final do ano passado, o Fundo BR aportou R$2 milhões na insurtech Car 10. A proposta partiu de uma ideia simples: facilitar o conserto e manutenção de carros de forma segura, rápida e eficiente, por meio de ferramentas tecnológicas. As insurtechs são uma oportunidade de ganho de eficiência para as seguradoras ao usarem os canais digitais para dar escala à oferta dos seus produtos, ficando menos dependentes dos balcões físicos.
Para esse ciclo continuar funcionando, empreendedores, investidores devem entender que é necessário se capacitar, criar uma cultura interna e se preparar para ampliarem os negócios. Fomentar esse ecossistema de empreendedorismo é um desafio gigantesco. Precisamos nos apoiar no conceito de inovação aberta, de valor compartilhado, de trabalhar em conjunto e conectarmos os pontos. Desta forma, conseguiremos propiciar um crescimento muito mais rápido das startups, seja no Brasil ou globalmente.
Por Franklin Luzes, COO da Microsoft Participações
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