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Conheça a Proesc, startup que está revolucionando a gestão escolar

Conheça a Proesc, startup que está revolucionando a gestão escolar

22 de maio de 2024
6 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 22 de maio de 2024

Conversamos com Felipe Ferreira, CEO e cofundador da Proesc, edtech amapaense que desenvolve soluções inovadoras de gestão para instituições de ensino.

É consenso: a educação tem um poder transformador sem precedentes. Portanto, é graças à essa instituição milenar que chegamos até onde estamos hoje. Mas isso não significa que a educação não precisa de inovação e as startups sabem muito bem disso.

De acordo com o Edtech Report 2024, existem 898 edtechs na América Latina, estando 68,9% delas no Brasil. Além disso, ao todo, essas startup receberam quase US$ 600 milhões nos últimos dez anos. Sem dúvida, o Brasil lidera os investimentos, concentrando quase 80% desse volume.

Ademais, o relatório ainda traz quatro categorias principais onde essas edtechs se dividem: viabilização do ensino, ferramentas de estudo, plataformas de ensino e gestão educacional. Assim, é nessa última categoria que se encontra a Proesc, edtech amapaense que desenvolve soluções inovadoras de gestão para instituições de ensino.

Fundada em 2008, a startup visa proporcionar integração, segurança e otimização nos processos diários de uma escola. Para isso, atua em parceria com instituições de ensino. A partir da implantação do software da empresa, essas empresas conseguiram aumentar em até oito vezes a sua produtividade pedagógica. Além disso, o software também apoia no controle financeiro e otimização de processos.

Além disso, a Proesc possui um portfólio de mais de 1.500 unidades escolares, sendo 70% de escolas privadas, espalhadas pelo Brasil.

Seguindo o objetivo de expandir o negócio, em 2023 a amapaense levantou a sua primeira captação no valor de R$ 8 milhões em rodada seed.

Conversamos com o Felipe Ferreira, CEO e cofundador da Proesc, para conhecer um pouco mais dos sucessos e desafios dessa edtech. Confira!

Quais são os maiores desafios enfrentados pelas escolas em termos de gestão e como a Proesc ajuda a superá-los?

Para as escolas particulares, vemos 2 grandes desafios: a captação de alunos principalmente devido ao momento de pandemia em que muitos alunos foram para as redes públicas, e a inadimplência escolar, que cresceu durante a pandemia mesmo com a diminuição do valor de mensalidade das escolas. Neste momento, as escolas devem reequilibrar o valor, o que pode impactar na adimplência dos alunos.

Nas escolas públicas, vemos 2 grandes desafios também, porém diferentes: evasão escolar e segurança na escola. Ambos ainda reflexos da pandemia do qual muitos alunos tiveram que voltar para casa e muitos acabam não retornando para as escolas, aumentando a evasão escolar. Além disso, alunos e professores estão tendo que lidar psicologicamente com o retorno. E foi percebido um comportamento mais estressado e violento dos alunos, além dos ataques recentes às escolas.

Como você vê o futuro da tecnologia na educação e quais são as tendências para os softwares de gestão escolar?

Estamos vendo as tecnologias quebrando a barreira da sala de aula, ao mesmo tempo que estamos tendo uma transformação do mercado de trabalho, profissões estão deixando de existir enquanto novas estão nascendo.

E nessa onda de disrupção, os softwares de gestão já não podem ter apenas funcionalidades e automação, é preciso entregar valor com inteligência de dados, para que gestores possam tomar decisões assertivas em meio ao contexto cada vez mais incerto que vivemos, ao mesmo tempo que deve proporcionar aos alunos uma verdadeira jornada conectada para que possam experienciar as novidades que surgem.

O que podemos esperar para o futuro da Proesc? Há alguma área que vocês queiram explorar?

Além da poderosa plataforma de gestão para escolas e cursos que tornou a Proesc uma referência nacional, nos próximos anos teremos 3 pilares de atuação muito fortes no mercado educacional. Atuaremos na vertical Fintech para desenvolver modelos de negócio na área financeira para escolas; vertical de projetos na área pública, com o conjunto de soluções Proesc Gov que visa auxiliar municípios e governos de estado na gestão da educação, melhoria do IDEB e aumento na arrecadação de recursos atrelados à aprendizagem; e como uma estratégia recente, a vertical de Comunicação, com nosso aplicativo de agenda digital, que proporciona um melhor relacionamento das escolas com a comunidade escolar, aproximando as famílias do processo de ensino-aprendizagem.

Vocês começaram a atuar no norte do país e depois expandiram para o Brasil todo. Quais foram os principais desafios e particularidades enfrentados nessa expansão?

Empreender no mercado de inovação partindo do Norte do país não é uma tarefa fácil. As dificuldades logísticas e barreiras geográficas atrapalham bastante no acesso às oportunidades de mercado.

Nesse cenário de dificuldade, as startups que sobrevivem são as que desenvolvem modelos de negócios e processos de vendas eficientes, mesmo com todas as dificuldades. Na Proesc, nós aprendemos que o marketing de conteúdo e a venda online seriam a chave para o nosso crescimento e transformamos nossa fraqueza em fortaleza.

Qual a estratégia da Proesc?

No mundo cada vez mais tecnológico percebemos que o fator humano do atendimento ganhou um destaque importante e foi ressignificado, além da busca pela melhoria contínua da tecnologia, o nosso relacionamento com o cliente se tornou uma estratégia fundamental para o nosso sucesso e dos nossos clientes. Estamos buscando formas inovadoras de entregar mais valor para a comunidade escolar através do atendimento, unindo consultoria, metodologia e tecnologia para que nossos clientes conheçam o jeito Proesc de levar escolas ao sucesso!

A Proesc é protagonista no fomento do ecossistema de inovação no norte do país. Qual a importância desse movimento para o cenário brasileiro de inovação?

A Proesc foi a primeira startup no estado do Amapá, tivemos inúmeras dificuldades pela falta de um ecossistema estruturado e propício para a inovação. Depois de alguns anos aprendendo com os próprios erros e nos inspirando em startups de destaque nacional, ao lado do Sebrae, participamos da criação da comunidade de inovação do Amapá, Tucuju Valley, que inclusive completou 10 anos em 2024.

Hoje o ecossistema de inovação do Amapá é uma referência nacional e destaque na região Norte, com mais de 100 startups nos diversos níveis de operação. Recentemente a comunidade fez um planejamento estratégico com a meta de ter 1000 (mil) startups no Amapá