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A experiência de ir às agências bancárias mudou – e muito

A experiência de ir às agências bancárias mudou – e muito

19 de março de 2020
3 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 19 de março de 2020

Este artigo foi escrito por Igor Senra, CEO da Cora, empresa brasileira focada em oferecer serviços financeiros para pequenos e médios negócios, que arrecadou em sua primeira roda mais de US$ 10 milhões.

Quando eu era pré-adolescente, os tempos eram outros. Ar condicionado era um luxo que poucas pessoas (ou empresas) podiam bancar.

No entanto, quase toda agência bancária tinha. Uau!! Era demais! Num dia de muito calor como hoje eu até brigava para ir pagar as contas no banco.

Minha mãe, que hoje já está aposentada, era professora de escola pública e tinha sua conta no BEMG – Banco do Estado de Minas Gerais. Era lá que eu ia.

Era entrar na agência e sentir aquele prazer enorme! Não sei se de propósito ou por, de fato, não saberem lidar com a novidade, lá era um gelo! Deveria ficar configurado para 16 graus (ou menos, sei lá). Mas eu adorava! Ficava lá o tempo suficiente para a ponta do nariz ficar gelada. E dava fácil, porque a fila era bem grande. 

Eu ficava ali contando quantas pessoas estavam na minha frente. Vendo quanto cada uma demorava no caixa e testando se a ponta do nariz já estava fria o suficiente.

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Sempre tinha um boy com um “malote” que atrapalhava a estatística que eu ia fazendo na minha cabeça. Mas com certeza, ajudava a alcançar a meta do nariz gelado…

Era péssimo, bem ruim mesmo… mas era bom demais!!

Antigamente era uma necessidade ir até a agência para fazer transações bancárias. No entanto, depois de alguns anos, com a chegada dos bancos digitais e em tempos em que todos querem otimizar tudo, ter uma agência com ar condicionado potente não é nem de longe um diferencial. 

Ficar em fila de banco não é legal, os clientes não querem burocracias e prezam por agilidade. De acordo com um levantamento da Febraban de 2018, houve um crescimento de 24% no números de transações bancárias feitas pelo celular. 

Os atuais pré-adolescentes, por exemplo, já nasceram com o celular na mão e ar condicionado em vários outros lugares mais divertidos do que os bancos. Os bancos digitais já falam a língua deles que têm outra concepção de tempo. 

Luxo para os pré-adolescentes de hoje e até mesmo para aqueles que se refrescavam nas agências em dias quentes, como eu, é poder resolver assuntos burocráticos enquanto estão fazendo outras coisas mais importantes. As transações em ambiente digital é um caminho sem volta e os bancos digitais vieram para ficar. 

E com você? Qual foi a última vez que você teve prazer em ir em uma agência do seu banco?