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Educação financeira deve se tornar prioridade entre as fintechs nesta década

Educação financeira deve se tornar prioridade entre as fintechs nesta década

1 de novembro de 2021
4 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 1 de novembro de 2021

De acordo com os últimos registros do banco de dados do Distrito, existem hoje 1.238 startups de finanças operando de norte a sul do Brasil. Entre as missões que esse ecossistema se propôs a cumprir, está a de educar a população sobre questões econômicas em geral. Isso porque o alcance dos seus produtos e serviços depende diretamente de indivíduos bem informados e dispostos a adotar novas tecnologias no seu dia a dia.

Para Lucas Moraes, fundador da fintech Olivia AI, a alfabetização financeira é uma questão fundamental: ‘Recentemente, uma das ações que fizemos na Olivia foi uma parceria com a ONG Gerando Falcões para dar aulas sobre finanças para pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa é apenas a ponta do iceberg, e nós, como empreendedores, temos que assumir a responsabilidade e criar mecanismos de inclusão social através da educação econômica. O Brasil tem uma penetração bastante grande de smartphones e uma capacidade de conexão à internet que vem aumentando ano após ano, o que deverá aumentar a inclusão financeira.’

Nos últimos anos, milhões de pessoas se beneficiaram de conteúdos educativos disponibilizados por fintechs como a Olivia na internet. Um dos temas favoritos dos brasileiros é o planejamento da aposentadoria, indispensável para uma terceira idade confortável. Se antes o cliente estava preso aos gestores de previdência, agora é mais fácil obter conhecimento a respeito do assunto através dos vários canais de comunicação das startups, como blogs e redes sociais. 

A tendência é que, nesta década, a alfabetização financeira se torne uma prioridade para as empresas que desejam manter os consumidores fiéis à sua marca no longo prazo. Alguns dos produtos, serviços e tecnologias que devem se destacar entre as startups de finanças são:

  • ferramentas para controle de gastos e estabelecimento de metas financeiras
  • painéis dinâmicos para visualização em tempo real dos investimentos dos clientes
  • insights educativos oferecidos por profissionais de diversas áreas das finanças, em formato de videoaulas, webinários ou mesmo podcasts
  • plataformas de aprendizado com cursos práticos personalizados de acordo com o perfil e a necessidade de cada pessoa

Um exemplo lá de fora que é bastante representativo dessa tendência de alfabetização econômica é o da eToro, fintech criada em Israel e que funciona como uma rede social. Através da plataforma da startup, os usuários podem observar as atividades financeiras uns dos outros, aprender com elas e inclusive copiá-las — o chamado copy-trading. Recursos da fintech como o OpenBook e o WebTrader ainda permitem o compartilhamento de informações de negociação ao vivo e a realização de transações colaborativas.

Outro exemplo, este um tanto curioso, é o da corretora digital Robinhood. Desde o início da pandemia, a fintech norte-americana conquistou cerca de 10 milhões de clientes, a maioria jovens sem nenhuma experiência prévia em investimentos. A estratégia da Robin foi transformar a navegação dos usuários do seu aplicativo em um jogo de fases, como nos videogames. Conhecido como ‘gamificação’, o modelo criativo foi abandonado após receber críticas de que encobria o risco do mercado de capitais. Mas o fato é que a startup cresceu e estreou na Nasdaq valendo US$ 32 bilhões neste ano graças ao seu jeito diferente de educar os clientes no universo das finanças.

Por fim, Daniel Calonge, da Monetus, acredita que a educação financeira é a base de tudo: ‘Quanto mais as pessoas entenderem de juros compostos, tiverem acesso a crédito com taxas justas e conseguirem investir com qualidade, maior será a sua qualidade de vida. E, como os grandes bancos lidam com esse problema há décadas e ainda não o resolveram, acredito que as fintechs irão abraçar esse papel e se beneficiar disso.’

👉 Quer saber mais sobre educação financeira? Então fique ligado: neste dia 4 de novembro, o Distrito irá transmitir ao vivo o primeiro dia do Fintech Summit 2021, evento que reunirá especialistas de finanças para discutir o futuro dos serviços financeiros. Às 18h, terá início o painel ‘Amplificando a educação financeira: como as startups, tecnologia e redes sociais estão democratizando o acesso a produtos financeiros’, com a participação de Daniel Calonge. Inscreva-se no Fintech Summit!