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As foodtechs estão revolucionando o setor de alimentos
Artigo atualizado 5 de abril de 2022
As foodtechs estão revolucionando o setor de alimentos
A inovação e novas tecnologias transformam o mundo todos os dias. Enquanto sociedade, nos desenvolvemos em direção a um ambiente não sustentável quando o assunto é a alimentação. Neste cenário, empresas com foco em tecnologia de alimento surgem para driblar a obsolescência no setor e compreender como os avanços tecnológicos se inserem no mundo da alimentação hoje.
Toda vez que uma pessoa passa fome, nossa sociedade morre. Toda vez que uma startup morre, o nosso modelo social também sofre. O que esses dois problemas tem em comum? O acúmulo de riqueza.
Outcast Ventures e o Distrito se uniram para construir o Foodtech 2022, um relatório que mapeia as tecnologias no setor de alimentos, suas principais categorias, tendências e impactos.
O termo foodtech é formado pela junção de duas palavras do inglês, food (comida) e tech (tecnologia), assim a palavra é destinada para designar as empresas que utilizam ideias inovadoras e disruptivas para transformar a forma como os alimentos são produzidos, distribuídos e consumidos. As foodtechs em pouco tempo ganharam muita relevância para o setor de alimentação e a pandemia fez com que o setor fosse amplamente conhecido por suas startups de delivery e logística, porém o setor vai muito além desta subcategoria e promete se desenvolver ainda mais ao longo dos próximos anos.
Um dos elementos que está fortemente associado às foodtechs é a Tecnologia de Alimentos. Apesar de este parecer ser um termo associado ao mundo moderno, sua prática é muito antiga e remete ao momento em que o ser humano iniciou a utilização de técnicas para conservação de alimentos. Nesse sentido, o processo de salgar alimentos para conservá-lo por meio da eliminação de sua água já se enquadrado como Tecnologia de Alimentos.
Atualmente, existem diversas técnicas que são reflexos da maneira como os alimentos são consumidos e produzidos e também dos avanços da ciência e tecnologia. Criação de alimentos e nutrientes sintéticos, utilização de irradiação para esterilização e embalagens a vácuo e assépticas são alguns exemplos que podem ser amplamente vistos no dia a dia.
Com o crescimento da população mundial e a superexploração dos recursos naturais, a capacidade de usufruir dos recursos com maior eficiência representa um grande poder, dado que a escassez de alimentos e recursos naturais se mostra como um problema para o futuro da humanidade. Além disso, ainda existem questões associadas ao acesso e distribuição de alimentos. Isto posto, a Tecnologia de Alimentos mostra-se como uma ferramenta fundamental para as foodtechs e corporações que desejam se posicionar frente ao mercado.
O sistema alimentar, que é composto pelo consumo, a produção e o desperdício, hoje está associado a diversos problemas ambientais, como a degradação de solos, perda da biodiversidade, poluição do ar, águas e solo e outros. A ONG World Wide Fund for Nature (WWF) mostra que indústria em questão utiliza 34% do solo, 69% da água dos rios disponíveis e é responsável por aproximadamente um quarto das emissões de gases do efeito estufa, enquanto isso um terço de todos alimentos produzidos é desperdiçado.
Estes fatos se tornam mais alarmantes pelo fato de que a maioria dos indivíduos não possuem ciência acerca destes impactos. No dia 16 de outubro – Dia Mundial da Alimentação – a WWF divulgou uma pesquisa que mostrava que 91% das pessoas não reconhecem que a produção e consumo de alimentos é a principal ameaça ao meio ambiente.
Torna-se evidente que a maneira como o ser humano se relaciona com os alimentos deve ser modificada, caso contrário é provável que o caminho que está sendo trilhado atinja um ponto sem retorno. Dessa maneira, a utilização e desenvolvimento de tecnologias que propiciem uma melhora nesse relacionamento são fundamentais para o futuro da humanidade, possibilitando com que não apenas problemas ambientais sejam solucionados, mas também problemas sociais.
Com o desenvolvimento do setor, foram criados sete diferentes categorias para a classificação das foodtechs, entre elas:
A seguir será apresentado brevemente cada uma das categorias com suas respectivas subcategorias. O número apresentado entre parênteses ao lado de cada uma das subcategorias representa a quantidade de startups ativas para aquele grupo no Brasil. Abaixo também serão citadas algumas empresas que atuam em cada um dos ramos.
Uso de tecnologia para a criação de novas categorias de alimentos e bebidas, por vezes associadas ao uso de matéria prima alternativa para se chegar a um novo produto para a indústria de alimentos.
A categoria está dividida em cinco subcategorias, entre elas:
Serviço de entrega de alimentos diretamente para o consumidor final, inclui também todos os novos intermediários e ferramentas utilizados para que o processo seja feito de uma maneira mais rápida e segura.
A categoria está dividida em cinco subcategorias, entre elas:
Aplicações usadas para melhor gestão dos processos internos e aumento de eficiência de uma cozinha, inclui também aplicações usadas pelo consumidor final para melhor interação no food service.
A categoria está dividida em quatro subcategorias, entre elas:
Movimento que tem como objetivo aproximar o produtor do consumidor, diminuindo a
quantidade de intermediários no processo e aumentando a eficiência da cadeia de suprimentos.
A categoria está dividida em quatro subcategorias, entre elas:
Soluções tecnológicas usadas para aumentar a vida útil dos alimentos e identificar quando não estão mais próprios para o consumo, nessa categoria vemos também soluções para rastreabilidade na cadeia de suprimentos.
A categoria está dividida em três subcategorias, entre elas:
Aplicativos que facilitam o acesso à informação sobre melhores formas de alimentação, nutrição, incluem também aplicações que ajudam os usuários a encontrar e compartilhar informações sobre restaurantes.
A categoria está dividida em quatro subcategorias, entre elas:
Soluções em forma de produtos, novos processos e aplicações que ajudam a reduzir o desperdício de alimentos, redistribuindo ele para consumo através de conexão com outros agentes da cadeia.
A categoria está dividida em duas subcategorias, entre elas:
Ao analisar o cenário mundial do Foodtech torna-se visível o seu crescimento nos últimos anos. Em relação ao volume de investimento, desde 2016 o setor apresentou pequenas retrações apenas nos anos de 2019 e 2021, porém o crescimento nos outros anos foi bem acentuado e ele pode ser verificado pela taxa média de crescimento de 28% ao ano no período (2016-2021).
No Brasil o cenário foi ainda mais positivo, o mesmo período apresentou uma taxa de 64,69%, contudo é interessante notar que ocorreram dois grandes picos de investimento em 2018 e 2021 que apresentaram o valor de US$ 514,4 M e US$ 386,5 M, respectivamente, enquanto nos outros anos o volume de investimento não chegou a alcançar a marca de US$ 60M. O ano de 2018 pode ser explicado pelo mega round que o iFood recebeu, enquanto 2021 marcou a retomada do crescimento após a pandemia e outro mega round que dessa vez foi recebido pela Daki.
Já no que tange ao destino desses investimentos, a categoria de Food Delivery & Logistics se destaca por ter recebido 84,7% do valor, o qual foi distribuído entre suas subcategorias, de modo que Marketplace de delivery recebeu 55,3%, Delivery de mercado recebeu 20,9% e Delivery de comida recebeu 8,5%. As outras duas categorias que mais receberam foram Super Foods & CPG com 8,1 e Consumer Apps & Services com 3,1%.
Por último, o número de unicórnios ao redor do mundo já soma 56 empresas, sendo que os Estados Unidos e China se destacam por terem 22 e 15, respectivamente. A categoria que mais se destaca novamente é a de Food Delivery & Logistics com 30 empresas, seguida pela Future of Food com 8 e Consumer Services com 7. Hoje o ecossistema LaTam possui três, iFood do Brasil, Rappi da Colômbia e NotCo do Chile.
Leia também: Confira a lista completa de unicórnios brasileiros
Em vista do mencionado, é visível que o setor de Foodtech passou por um grande processo de amadurecimento, mas se comparado com outras grandes verticais ele ainda possui um longo caminho a percorrer. Nesse cenário, é esperado que este comportamento de crescimento perdure para os próximos anos e que as foodtechs atuem como protagonistas nas transformações do setor de A&B. Para o futuro são apontadas principais quatro tendências, entre elas:
Outcast Ventures e o Distrito se uniram para construir o Foodtech 2022, um relatório que mapeia as tecnologias no setor de alimentos, suas principais categorias, tendências e impactos.
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