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HDI & Komus: O crescimento da Inovação Aberta em seguros na pandemia.

HDI & Komus: O crescimento da Inovação Aberta em seguros na pandemia.

5 de outubro de 2020
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Artigo atualizado em 5 de outubro de 2020

Há alguns meses temos passado por grandes mudanças devido à pandemia da covid-19 e todos os setores foram afetados. Algumas empresas sentiram um impacto positivo, onde houve crescimento, mais oportunidades e aumento da demanda dos seus serviços e produtos. Outras, porém, precisaram se ajustar, adaptar e se reinventar. 

De alguma forma, foi necessário analisar o momento e se adequar rapidamente diante do novo cenário. Para entender como as empresas e startups estão se adaptando a essa realidade por meio da inovação aberta, o Distrito conversou com dois convidados especiais: a Stephanie Peart, fundadora e CEO da Komus, o primeiro seguro para smartphones com cashback do Brasil, startup residente do Distrito, e o Daniel Pizarro, Diretor de Inovação e Transformação HDI, empresa mantenedora do Distrito. Vamos ao bate-papo?

Entrevista completa com HDI Seguros e Komus

Abaixo, compilamos as principais perguntas e respostas que ocorreram durante a live. Confira!

Na visão de vocês, como a pandemia afetou o setor de seguros no geral?

Stephanie: Trabalhamos apenas com um segmento e o impacto está sendo diferente, dependendo do tipo de seguro.

Na minha opinião, o seguro de saúde está sendo valorizado agora nesse momento de pandemia. Os outros segmentos tiveram redução nas vendas, devido à crise do país. O seguro não foi o mais afetado, mas foi impactado negativamente.

Daniel: Concordo com a Stephanie e a curto prazo, sim de fato, tivemos queda significativa na venda de seguros novos, falando pela HDI, seguros patrimoniais, como automóvel e residência.

Seguros de saúde e vida é possível que tenha aumento nas vendas pois as pessoas estão preocupadas e valorizando mais. Existe um risco maior de fraude, sempre que as pessoas têm problemas financeiros, as seguradoras se preocupam com fraude. Há também a inadimplência, pois não é um item de principal necessidade. Outras questões também impactaram nesse momento, como o home office e a adaptação dos times. A médio e longo prazo eu sou otimista, acredito que teremos cada vez mais uso da tecnologia e dos recursos.

Como cada um de vocês sentiu o impacto? Como foi a resposta às mudanças? 

Stephanie: A minha startup existe desde 2018 e estamos trabalhando muito nesses 2 anos e o que aprendi foi resiliência. Estávamos com tudo certo, investimento, seguradora, equipe, e então, veio a pandemia, que nos fez alterar os planos. Todos os nossos processos já são digitais, então não sentimos tanto essa mudança mas sinto falta do contato físico, da relação com outras pessoas.

Tivemos que repensar as nossas metas, nossa estratégia de aquisição, nossa campanha já desenhada, enfim, precisamos mudar e adaptar, mas por ser uma startup, está no nosso DNA mudar, pivotar e se adaptar. 

Estamos aproveitando esse tempo para melhorar nosso produto, sendo positivo e olhando por essa ótica.

Daniel: Tivemos uma experiência um pouco diferente da Stephanie, por sermos uma empresa com estrutura diferente. Para a HDI, foi relativamente tranquilo se adaptar, porque já vínhamos investindo em ferramentas de colaboração, em tecnologia, que permitisse o home office, então a virada de chave foi tranquila. A HDI tem em torno de 1500 colaboradores, muitos em São Paulo, outros em outros estados e tem sido uma experiência diferente, mas tranquila. Tivemos que reaprender a trabalhar, de forma online e colaborativa, mas os principais projetos continuam caminhando. A empresa já está organizada numa metodologia ágil, então todas as cerimônias e reuniões, conseguimos fazer online. Fiquei até surpreso. As decisões demoram mais, porém, isso não atrapalha nossos resultados.

Como as startups podem ajudar nesse momento? Existem oportunidades?

Daniel: As startups trazem fatores que não são tão fáceis numa empresa grande como a HDI. Agilidade, rapidez de criar soluções, criatividade, pensamento fora da caixa, simplicidade, que facilitam em relação ao custo. A experiência que tivemos no desafio junto com o Distrito provou isso. O setor de seguros traz muitas oportunidades pois foi pouco explorado ainda, tem muito a ser feito. Sensores, IOT, seguro intermitente, uso de dados, processo de cotação, diversas oportunidades e a seguradora nem sempre tem braço, tempo e foco para resolver essas potenciais oportunidades. Então, nosso contato com as startups através do Distrito facilita e muito.

Como a pandemia impactou os processos? Acelerou a inovação?

Stephanie: Quando falamos de inovação, falamos mais de cultura e do jeito de trabalhar do que de tecnologia. Para que a inovação aconteça, primeiro você precisa transformar a cultura. A pandemia acelera alguns pontos como, por exemplo, lidar com a incerteza e mudar muito rápido, sem ficar preso ao seu planejamento. Dessa forma, ajudandado a desenvolver competências como agilidade e rapidez. Você precisa gerar vendas agora. A velocidade também é necessária, trabalhar com ferramentas novas e tecnologia.

A mudança de cultura é o que vai fazer a inovação acontecer a longo prazo.

Como podemos enxergar o cenário futuro do mercado de seguros? 

Stephanie: Todos os segmentos estão passando por uma transformação e isso faz com que estrutura operacional mude. As seguradoras precisarão se reinventar para terem custos operacionais menores, mais enxutos, até para competirem com empresas menores.

As pessoas estão buscando experiências simples e intuitivas, autonomia, soluções compartilhadas, precificação justa e transparente, atendimento mais humanizado e agilidade em todas as etapas do serviços. Os seguros precisarão se acostumar e se adaptar.

Sobre o seguro do celular, eu quero fazer isso muito bem, pois hoje ninguém foca nisso.

Daniel:  Temos que mudar o processo de seguros para nos aproximar de outros mercados em que os processos são mais simples. Queremos simplificar utilizando a tecnologia, tendo processos enxutos e, claro, entender melhor o nosso cliente. Por meio de dados, queremos simplificar todo o processo de contratação do seguro e promover uma experiência boa para esse consumidor.

Vamos simplificar toda a jornada do cliente e para isso, também apostamos muito na construção de um ecossistema. Somos fortes em alguns produtos, e queremos expandir o nosso leque de ofertas, além de ampliar os canais de distribuição. Não queremos desenvolver tudo dentro de casa, então, focamos muito em parceria com empresas e startups, que tem nos feito aprender e crescer bastante.

Podemos concluir que assim como outras áreas, o mercado de seguros foi muito impactado por este momento que vivemos. Foi preciso entender, avaliar, recalcular e seja startup ou grande corporação se adaptar de alguma forma. O uso da tecnologia colaborou muito para adaptação rápida ao home office e mudanças nos produtos e serviços.

Temos também um olhar muito positivo para o futuro em que o cliente estará cada vez mais no centro, e os processos estarão cada vez mais simples e rápidos.

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