Distrito e MAYA Capital se unem para produzir estudo de empreendedorismo
Artigo atualizado em 27 de maio de 2021
O Distrito e a MAYA Capital se uniram para produzir o Panorama Startups, maior estudo nacional e anual sobre o perfil, dores e expectativas dos empreendedores brasileiros. O objetivo da pesquisa é entender qual é o perfil, estágio e evolução das startups do país.
“Estamos em constante contato com o portfólio e percebemos que quem empreende no país possui ainda muitas dúvidas sobre a dinâmica e operação de uma startup – por exemplo, modelos de contratação, remuneração, alocação de option pool, diversidade etc). Em parceria com o Distrito, pretendemos criar o maior estudo de empreendedor para empreendedor já feito no Brasil e, com isso, simplificar o dia-a-dia de milhares de startups”, comenta Mônica Saggioro, co-fundadora da MAYA CAPITAL.
Para Gustavo Araujo, CEO do Distrito, o projeto, além de entender como funcionam as startups, irá gerar insights valiosos para todos aqueles que participarem da pesquisa. “Ao final, serão disponibilizadas ao mercado as principais análises e perspectivas do ecossistema das startups brasileiras”.
O que o estudo irá trazer:
- Dados completos sobre o mercado de inovação e as startups
- Estatísticas gerais como: perfil da startup e de seus sócios, modelo de negócio, investimentos, time e hábitos de trabalho, diversidade, governança e mais;
- Evolução de investimentos
- Entrevistas com especialistas e insights de grandes nomes do mercado;
- Tendências e notícias de destaque do ecossistema nacional
Como participar da pesquisa
Empreendedores, CEOs e fundadores de startups brasileiras são os perfis mais indicados para participar da pesquisa – ou um colaborador com bastante experiência sobre o negócio. A pesquisa leva menos tempo do que preparar um lanche rápido. São apenas 12 minutos para responder às questões.
Ao participar e se cadastrar, você irá garantir automaticamente o recebimento do estudo logo no primeiro dia de lançamento com exclusividade e antes do mercado.
A relação da MAYA Capital com o Empreendedorismo Feminino
Nos últimos anos, a Maya Capital tem se destacado pelo trabalho em potencializar e investir em startups de alto impacto como, por exemplo, Gupy, Alice e Kovi. Neste artigo, contamos a história da MAYA Capital e qual é a tese de investimento do fundo.
No entanto, diferente do que acontece com a grande maioria dos gestores de Venture Capital, a MAYA Capital é liderada por duas mulheres: Mônica Saggioro e Lara Lemann. “Assim como há um grande desafio das mulheres na carreira em grandes empresas, o mesmo acontece em sua jornada empreendedora. Apesar do número de mulheres empreendedoras ter crescido nos últimos anos, ainda há um enorme gap quando falamos de investimentos de venture capital em startups com fundadoras mulheres”, afirmam as duas empreendedoras em artigo concedido para o estudo Distrito Female Founders Report.
Confira abaixo, a entrevista com as empreendedoras e conheça mais de como a MAYA Capital opera:
1- Como vocês enxergam o processo de seleção e análise de investimento nas startups?
Segundo pesquisa realizada pelo Techcrunch com 180 empreendedores e 140 VCs, foi observado que no processo de análise de investimentos há uma predominância de formulação de perguntas nas entrevistas com um viés mais negativo para as mulheres do que os homens. Enquanto para os homens são questionados aspectos sobre expectativas de ganhos, por exemplo, para as mulheres são questionadas expectativas de perdas
e ações para redução de riscos.
Como forma de mitigação desses vieses, alguns fundos têm criado alocações específicas para investimentos em empreendedoras. No entanto, há outras alternativas para reduzir esse impacto de pré-conceitos.
2- Como funciona o processo de análise de investimento na MAYA Capital, principalmente em relação às mulheres?
Na MAYA Capital por exemplo, não há uma política para alocação de um percentual do
fundo exclusivo a female founders, no entanto, foi desenvolvido um processo claro de análise dos investimentos framework padrão para realização de entrevistas e análises,
independente do gênero dos fundadores – que mitiga o risco de pré-conceitos no processo de decisão de investimento.
Com isso, a já investimos em diversas startups com fundadoras mulheres, como a SafeSpace e Theia – com 100% de fundadoras do sexo feminino – e outras como a Gupy, Unbox, Z1, Divibank, Nil e Zubale que possuem ao menos uma mulher como fundadora.
Outras iniciativas realizadas pela MAYA Capital para garantir a diversidade de gênero consistem no próprio acompanhamento das empresas do portfólio, em que são mensuradas KPIs de diversidade de gênero nas posições de liderança e no time como um todo. Há necessidade de garantir que essa diversidade esteja em constante evolução, de modo que, ao garantir um número maior de mulheres na liderança dessas empresas reflita em um número maior de novas startups formadas por empreendedoras no futuro.
3- Qual dica vocês dariam para mulheres que estão iniciando no empreendedorismo?
Para mulheres que estão nessa jornada, recomendamos que não se subestimem, procurem reverter todas perguntas e análises de forma positiva e busquem investidores que sejam parceiros e que valorizem sua jornada.
Nos momentos que receber um não, é importante entender como um aprendizado, perceber onde errou e tentar novamente, como diria Michelle Obama: “Você nunca deve ver os seus desafios como uma desvantagem. Em vez disso, é importante entender que as experiências que você adquire enquanto enfrenta e supera as adversidades é, na verdade, uma das suas maiores vantagens”. Na MAYA, sempre encorajamos as mulheres a terem coragem (uma das origens do nosso nome) e atacarem os maiores problemas da nossa região.