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Tecnologias emergentes: como estão revolucionando as economias

Tecnologias emergentes: como estão revolucionando as economias

9 de junho de 2023
6 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 9 de junho de 2023

No início deste mês, a equipe do Distrito concluiu o Distrito Emerging Tech 2023, um relatório com números exclusivos sobre tecnologias emergentes (IoT, inteligência artificial, blockchain, robótica, realidade virtual e aumentada, digital trust, 5G).

O estudo foi realizado a partir de um acurado trabalho de mineração no nosso banco de dados e consulta de fontes confiáveis sobre o tema, como livros e grandes canais de comunicação. Nomes à frente de algumas das maiores companhias em operação no Brasil também foram convidados a contribuir com o relatório, seja participando de entrevistas ou fornecendo informações para a elaboração de cases.

O fato de as chamadas tecnologias emergentes englobarem uma variedade bastante ampla de inovações permitiu que corporações e startups de diversas indústrias fossem incluídas no Distrito Emerging Tech. Essas empresas são apresentadas nos radares, entrevistas, cases, gráficos e textos nas mais de cinquenta páginas que compõem o material.

Leia este artigo até o final para saber mais sobre as inovações que estão revolucionando as economias do mundo todo!

Investimentos em tecnologias emergentes

Quando olhamos para o número de acordos de investimento (deals) assinados com startups que fornecem tecnologias emergentes no Brasil, percebemos que ele foi maior em 2022 do que em 2021, ano recorde em termos de capital de risco aplicado no mercado tech nacional como um todo. Assim é que as tecnologias emergentes foram uma das poucas categorias que não sofreram com a retração do venture capital em nosso país no último ano.

As apostas em novas tecnologias mostram que elas estão se tornando indispensáveis para as grandes corporações no mundo atual. Hoje, organizações de todos os tipos atuam em um ambiente de incessante disrupção, correndo o risco de ficarem obsoletas em alguns poucos anos. Isso porque as emerging techs têm o potencial de provocar transformações em indústrias há séculos estabelecidas ou até mesmo criar mercados inteiramente próprios.

Por si só, o avanço da inteligência artificial já está gerando uma enorme variedade de aplicações, com soluções que vão desde assistentes virtuais até carros autônomos.

Aproveite e confira também o cenário das tecnologias emergentes na América Latina!

Fusões e aquisições

Em 2022, oito startups de tecnologias emergentes foram adquiridas no Brasil. Um exemplo recente foi a compra da Zetta Health Analytics, que fornece um software de análise de big data e inteligência artificial aplicado ao setor da saúde. O anúncio da aquisição foi feito em setembro pela Semantix, que opera com análise de dados e tem ações negociadas na Nasdaq.

De modo geral, as operações de fusões e aquisições costumam estar relacionadas com as demandas mais urgentes da economia. Na medida em que produzir novas soluções dentro da própria empresa é um procedimento caro e demorado, algumas companhias decidem adquirir startups com produtos e serviços já estabelecidos e o time responsável por tê-los criado.

3 exemplos de aplicação das tecnologias emergentes

Apesar de os investimentos em tecnologias emergentes ainda serem modestos no Brasil, já existem algumas startups que estão se destacando no nosso ecossistema. Conheça abaixo as soluções desenvolvidas por algumas delas:

1. Tractian e Vibra

A Tractian é uma startup de São Paulo que desenvolveu um sistema preditivo para monitorar máquinas nas fábricas de suas companhias clientes. Por meio de sensores de monitoramento e um software de coleta de dados, a solução é capaz de identificar alterações no padrão de funcionamento dos equipamentos e evitar atrasos na linha de produção.

Em um projeto conduzido ao longo de seis meses, a Tractian realizou mais de 720 mil coletas de dados em uma planta industrial da Vibra, companhia de energia fundada há mais de cinquenta anos e com sede no Rio de Janeiro. Durante um semestre, o sistema da Tractian monitorou trinta máquinas e apontou cinco potenciais falhas de operação, o que garantiu à Vibra um retorno catorze vezes maior do que o investido na tecnologia da startup (dados fornecidos pelas próprias empresas).

No ano passado, a Tractian recebeu um investimento de US$ 15 milhões liderado pelo fundo de venture capital global Next47 e com participação da YCombinator, a maior aceleradora de startups dos Estados Unidos.

2. Agro é tech: TerraMagna

A TerraMagna foi fundada no interior de São Paulo para conceder crédito a distribuidores e produtores agrícolas mais rapidamente que o mercado tradicional e com menores taxas. Isso é possível porque a startup acompanha a lavoura dos clientes através de monitoramento via satélites, drones e sensores.

As informações coletadas (umidade do solo, qualidade do ar, níveis de nutrientes, padrões de crescimento das plantas) por meio dessas tecnologias ajudam os agricultores a otimizar o uso de recursos e reduzir os custos da produção.

Em 2022, a TerraMagna recebeu um aporte de US$ 40 milhões em dívida e equity liderado pelo SoftBank Latin America Fund, da companhia de telecomunicações japonesa SoftBank. O investimento foi acompanhado por Shift Capital e Milenio Capital, além dos acionistas anteriores.

3. Nvidia: de olho no futuro

Nos últimos dias, as ações da Nvidia subiram 25% e ela se tornou a primeira empresa de chips a atingir a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado. Esse crescimento estrondoso tem muito a ver com a posição de liderança que a companhia exerce no fornecimento de GPUs (graphic processing units), processadores fundamentais para o hardware dos novos robôs conversacionais de inteligência artificial generativa (ChatGPT, Bard).

O caso ilustra bastante bem o posicionamento das big techs em relação às tecnologias emergentes. Empresas como a Nvidia sempre se destacaram por serem pioneiras em inovações com enorme impacto na economia como um todo. Na esteira dessas gigantes, todos os dias surgem startups que desenvolvem soluções adaptadas às demandas específicas de cada indústria. Muitas vezes, são essas pequenas techs as responsáveis por revolucionar o mercado, reduzindo o custo de produção, aumentando a produtividade dos funcionários e entregando uma experiência aprimorada para o consumidor final.

Assim é que as empresas que quiserem se destacar e prosperar deverão não apenas ficar atentas às novas tendências tecnológicas, mas também saber localizar cada uma das portas de entrada para as grandes inovações do nosso tempo.

Gostou do conteúdo? Fique sempre por dentro do que acontece no universo das tecnologias emergentes lendo os conteúdos do Distrito. Até a próxima!