Venture Capital movimenta US$ 99 milhões em fevereiro de 2020
Artigo atualizado em 12 de março de 2020
O ecossistema brasileiro de empreendedorismo e inovação está em franco crescimento quando analisamos a quantidade de rodadas e o volume investido nas startups nos últimos anos. O ano de 2020 não tem sido diferente.
Se somarmos os dois primeiros meses deste ano – e considerarmos a atual cotação do dólar – mais de R$1 bilhão já foi investido em startups brasileiras. O volume é 45% superior em relação ao mesmo período do ano passado.
Agora, considerando somente fevereiro, encontramos números igualmente animadores. Ao todo, foram mapeados no estudo Inside Venture Capital 18 investimentos que movimentaram cerca de US$ 99 milhões. Destaque para os aportes recebidos pela Solinftec, Trybe, Docket, Weel e Memed.
Graças a estes investimentos, os setores AgTech, EdTech, LegalTech e FinTech são os que mais movimentaram capital neste mês. Confira na tabela abaixo os cinco setores que mais receberam capital em fevereiro.
Outro ponto importante a se observar, seguindo a mesma tendência dos últimos meses, é que cerca de 70% dos investimentos realizados no período foram em Pré-Seed ou Seed. Somando todos os investimentos Seed, o valor chega a US$ 8 milhões e a média das rodadas fica em torno de US$ 820 mil.
Números de fevereiro surpreendem
Quando comparamos os meses de fevereiro dos últimos 4 anos, notamos que o volume investido neste mês em 2020 foi superior a todos os outros três anos somados.
Startups que receberam aporte em fevereiro
Como já comentamos no começo do artigo, destacamos os aportes recebidos pela Solinftec, Trybe, Docket, Weel e Memed. No Inside Venture Capital analisamos todos esses investimentos a fundo, além de também trazermos entrevistas completas com Ricardo Moraes, CEO da Memed, e com Bruno Yoshimura, co-fundador da ONEVC, gestora de investimentos que participou da rodada de US$ 8,3 milhões efetuada pela startup Docket, que contou também com Canary, KaszeK Ventures, Valor Capital e Wayra.
Conheça um pouco mais sobre algumas dessas startups:
Trybe
A Trybe é uma startup de educação que auxilia estudantes e profissionais a se formarem em desenvolvimento de software. A empresa recebeu em fevereiro um aporte de US$ 10 milhões, liderados pelo Atlantico e composto por outros investidores, entre eles Canary, Global Founders Capital, e.Bricks, Maya e Norte.
A startup resolveu apostar em um modelo arriscado confiando na alta demanda do mercado por profissionais especializados na área de TI: a Trybe só receberá dos alunos quando estes conseguirem um emprego com salário de ao menos R$ 3,5 mil.
Weel
Criada em 2015 pelos israelo-brasileiros Simcha Neumark e Shmuel Kalmus, e pelo norte-americano Russell Weiss, a Weel é uma startup que oferece recursos de capital de giro para empresas que possuem faturamento médio anual em torno de 10 milhões de reais.
Em fevereiro, a companhia anunciou o recebimento de um aporte Series C no valor de US$ 19 milhões liderada pelo Banco Votorantim (BV). Além do aporte, o BV ampliará a disponibilidade de funding da Weel para conceder empréstimos em até R$ 800 milhões
Docket
A legaltech Docket, é uma empresa que busca tornar mais simples a busca, gestão e pré-análise de documentos. A proposta da startup está em auxiliar as empresas na busca e obtenção de documentos que estão em locais como Juntas Comerciais, Cartórios de Registro e Imóveis, Cartórios de Notas, dentre outros.
Como forma de otimizar esse processo, que em geral implica na ida de uma pessoa até o local, a Docket desenvolveu dois produtos: o Shopping de Documentos, que permite solicitar e receber mais de 200 tipos de documentos e certidões e o Pesquisa de Bens, voltado para quem busca documentações relacionadas com imóveis.
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