Curitiba Connectory: o primeiro espaço de inovação da Bosch na América Latina
Artigo atualizado em 17 de setembro de 2019
Bosch quer promover conexão com startups e estimular o empreendedorismo; lançamento acontece hoje
Depois de Chicago, Guadalajara, Stuttgart, Londres e Xangai, a Bosch, uma das maiores fornecedoras de autopeças do mundo, lança, hoje, em Curitiba, um espaço de inovação que tem o objetivo de fomentar novas soluções e modelos de negócio ligadas a tecnologia e inovação, além de impulsionar a cultura empreendedora. O Curitiba Connectory, criado em parceria com o Distrito, é o primeiro do tipo na América Latina.
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O espaço tem como foco as áreas de agronegócio, transformação digital, Internet das Coisas (IoT), Indústria 4.0 e Inteligência Artificial. A ideia da multinacional alemã é levar parceiros ao Connectory que contribuam com novas soluções dentro dessas áreas, além de times internos da empresa, formados por colaboradores de setores diferentes, que já trabalham como startups dentro da Bosch. O objetivo é estabelecer parcerias sólidas com grandes corporações, startups e universidades.
Outro pilar do Connectory é a disseminação de conteúdo, com discussões abertas e eventos relacionados aos temas foco do projeto. No local, serão promovidos programas de inovação como Hackathons, GrandPrix, Ideation Cross e Bootcamps.
A Bosch, junto com a operadora logística Rumo e o Grupo Barigui, são cofundadoras do Distrito Spark Cwb – um hub de inovação inaugurado em maio de 2018 e que hoje abriga mais de 20 startups. “Fomos um dos entusiastas do Distrito porque queríamos estar em um ambiente para criar conexões e oportunidades não planejadas”, diz Daniel Lange, líder da área de inovação da Bosch em Curitiba. “Desde o início do ano temos pessoas da nossa equipe que trabalham dentro do Distrito. Agora, o que estamos fazendo é integrar essa nossa presença lá a uma rede global de espaços de inovação chamados Connectory.”
Já em setembro, o time de Curitiba vai participar de um evento global que será transmitido ao vivo, com o objetivo de promover essa interação como outras regiões do mundo. “Se encontrarmos startups aqui que tenham relação com desafios de Berlim, por exemplo, vamos conectá-los”, explica.
Nova abordagem
Instalada na capital paranaense desde a década de 1970, a Bosch sentiu há três anos a necessidade de impulsionar seus projetos de inovação. O principal produto da empresa era, e continua sendo, o sistema de injeção para motores a diesel. Mas, ao reduzir drasticamente o volume de vendas, a crise econômica no Brasil obrigou a multinacional a pensar em alternativas para se reinventar.
“Queremos ampliar nosso escopo de negócios, buscando soluções para mobilidade no agronegócio e, para isso, criamos uma abordagem de intraempreendedorismo e passamos a buscar parcerias com startups”, conta Daniel Lange, que começou como estagiário na multinacional, há 14 anos, e foi escolhido para liderar o novo time de inovação. “Acreditamos que o caminho para se alcançar esses objetivos passa pela inovação aberta. Nós não precisamos fazer tudo sozinhos dentro de casa.”
Essa estratégia já começou a dar resultados práticos. No início do ano, a Bosch promoveu um evento de um dia, que reuniu estudantes universitários, fabricantes de máquinas agrícolas e cooperativas, como desafio de encontrarem uma solução para aumentar a eficiência na colheita e pós-colheita de grãos “Uma das ideias está sendo acelerada e estamos verificando a viabilidade de implementá-la”.