Entenda como evitar o teatro da inovação corporativa!
Vivemos uma realidade em que algumas empresas estão mais preocupadas ...
Sem dúvidas, a Black Friday é a semana mais esperada pelo setor de varejo como um todo, tanto do ponto de vista dos lojistas quanto dos consumidores. Mas este ano é diferente dos outros, tanto para os grandes varejistas quanto para as retailtechs – startups que atuam no setor. Com a pandemia ainda em curso, […]
Artigo atualizado 25 de novembro de 2020
Sem dúvidas, a Black Friday é a semana mais esperada pelo setor de varejo como um todo, tanto do ponto de vista dos lojistas quanto dos consumidores. Mas este ano é diferente dos outros, tanto para os grandes varejistas quanto para as retailtechs – startups que atuam no setor.
Com a pandemia ainda em curso, a grande aposta para o varejo este ano é o comércio online. E junto com uma grande aposta, vem também um grande desafio: ainda que 7,3 milhões de novos consumidores passaram a comprar pela internet em 2020, a taxa de desemprego deve se manter alta até o fim do ano — em agosto, 13,8 milhões de pessoas estavam em busca de trabalho.
Mesmo assim, a projeção da ABComm é de que haja uma alta de 77% na quantidade de pedidos na Black Friday, com bons reflexos no faturamento do e-commerce em comparação a 2019. E para driblar as aglomerações, várias empresas já iniciaram o período de descontos, como a Via Varejo, por exemplo, onde a Black Friday vai durar 40 dias e mais de R$ 7 bilhões em mercadorias já foram colocadas em estoque.
Mas antes de olharmos para o que está por vir e o impacto que a Black Friday pode causar no varejo, é importante entender todo o contexto do varejo no Brasil neste de plena pandemia.
No início da pandemia, o setor de varejo total no Brasil sofreu uma queda de 24,9% em abril. Muitos comércios se viram obrigados a fechar suas portas e aqueles que não tinham estrutura inicial para operar no digital acabaram parados — 135 mil lojas físicas foram fechadas no segundo trimestre deste ano. Além disso, esperava-se uma redução drástica do consumo pelo fato de muitas pessoas terem perdido o emprego ou segurado despesas para enfrentar a crise.
No entanto, o aumento das vendas online surpreendeu muitos players que, até durante o ápice da pandemia, tiveram a receita crescendo exponencialmente — como a Amazon, que aumentou seu valor de mercado em US$400 bilhões. Uma pesquisa do IBGE apontou o crescimento de 20% do varejo neste terceiro trimestre comparado à situação do anterior, que sofreu uma dura retração. Outra pesquisa, desta vez da Elo Performance e Insights, mostrou um crescimento de 26% no faturamento via débito e 4% no crédito durante o mês de agosto, demonstrando sinais de recuperação pós-período da crise.
Neste cenário, as retaitechs tiveram sua chance de brilhar e começaram a se tornar mais conhecidas pelo público. Em agosto deste ano, os sites mais visitados foram:
O Brasil já conta com 644 retailtechs no Brasil, distribuídas em 9 categorias. Desde 2011, o setor brasileiro recebeu mais de US$1,1 bilhão de investimentos em mais de 238 rodadas de venture capital, sendo a maioria no estágio inicial (seed).
A categoria de e-commerce se destaca por ter recebido 56% destes aportes (US$ 628.1 milhões), muito impulsionado pelos deals da Vtex — que se tornou “unicórnio” em outubro, depois de receber US$ 225 milhões em um investimento Series C e ser avaliada em US$1.7 bilhão —, além de MadeiraMadeira (US$ 110 milhões do Softbank) e Dafit.
Diante deste cenário, conversamos com três startups que fazem parte do programa Distrito For Startups para entender o que os seus fundadores estão esperando da Black Friday e como veem o impacto da pandemia.
Rogério Vairo, fundador da Eu Amo Cupons
Para Rogério Vairo, fundador da Eu Amo Cupons, a Black Friday se tornou a melhor época do varejo nacional. “A gente sabe que a demanda aumenta muito neste período e nossa expectativa é sempre de muitas vendas. Temos a meta de aumentar em pelo menos 50% as vendas para nossos parceiros em relação ao Black Friday de 2019”, comenta.
Por reunir cupons de desconto de centenas de lojas onlines e físicas e oferecer de forma 100% gratuita aos consumidores, a Eu Amo Cupons é uma das startups que é diretamente impactada pela Black Friday. “Em 2019, tivemos um aumento de mais de 200% no tráfego do site em relação aos meses anteriores do mesmo ano. Já na sexta-feira do Black Friday, tivemos um aumento de mais de 1600% em relação à média de tráfego diário no site durante o ano todo”, afirma..
Rogério ainda comenta sobre os impactos que a pandemia gerou em seu negócio. As vendas aumentaram consideravelmente em segmentos que eram pouco representativos para o negócio, como é o caso de móveis e decoração, produtos para home office, suplementos, vitaminas e equipamentos fitness, por exemplo.
“Percebemos que a necessidade e desejo dos consumidores mudaram um pouco de direção durante a quarentena, e por conta disso tivemos que nos adaptar. Outro ponto positivo é que a frequência de compra online aumentou e o número de consumidores recorrentes do site aumentou mais de 30%”, finaliza o empreendedor.
Thiago Mattos, Fundador da Rede Parcerias
A Rede Parcerias é outro exemplo do quanto a Black Friday é uma estratégia importante para fidelização dos parceiros e clientes. Por ser um programa de clube de vantagens para o segmento B2B (quando uma empresa oferece serviço para outra), “ o foco maior no período da Black Friday não está no faturamento, mas em fazer o cliente enxergar esse período como uma oportunidade de relacionamento e fidelização do seu público”, comenta o fundador Thiago Mattos.
Segundo ele, o resultado da Black Friday do ano passado foi melhor do que o esperado. “Aumentamos os acessos à plataforma em mais de 80% em novembro, comparado com a média dos outros meses, o que foi muito expressivo, afinal a proposta do nosso clube de vantagens é que seja Black Friday o ano inteiro para os participantes”, reflete.
Time Rede de Parcerias
No entanto, Mattos faz um alerta sobre a situação atual. “A pandemia trouxe novos hábitos e uma nova rotina para todo mundo, principalmente quando se trata de compras. Lembro que, quando entramos em quarentena, muitas empresas estavam se posicionando, fazendo promoções e isso abriu um espaço grande para golpes e links falsos que colocavam a segurança do beneficiário em risco”, pontua. Ele reforça a importância de se fazer uma curadoria, testar links e os cupons.
Pablo Funchal, CEO da xGB
A Black Friday é um período essencial para diversas empresas e não somente para aquelas que atuam diretamente no varejo. Esse é o caso da xGB, que viu seu faturamento aumentar em 30% durante a Black Friday do ano passado. A startup é focada em promover soluções com realidade aumentada e virtual.
Ao promover uma ação para cerca de 48 shopping centers da brMalls e Aliansce Sonae durante a Black Friday de 2019, a xGB obteve resultados impressionantes: mais de 60 mil usuários impactados em três dias, resultando em 26 mil oportunidades de vendas.
No entanto, neste ano, devido à pandemia, ações deste tipo não poderão ocorrer com o intuito de evitar aglomerações. Porém para Pablo Funchal, CEO da xGB, o Natal trouxe outra oportunidade para a empresa. “Os shoppings não poderão contar com os figurantes e atores que se vestiriam de Papai Noel, por serem do grupo de risco. Essas empresas estão buscando alternativas como é o caso do ‘Papai Noel Virtual’, que pode ser viabilizado por meio da Realidade Aumentada”, afirma.
Segundo ele, foram realizadas vendas expressivas para esse período com três redes adotando a solução que será implementada em 13 shoppings que optaram por levar o espírito de Natal usando a tecnologia de forma lúdica e segura.
Fundado em 2014, o Distrito é uma plataforma com propósito de ajudar empresas a se transformarem através de inovação e tecnologia. Com o seu ecossistema de inovação aberta, empoderado por dados e inteligência artificial, o Distrito conecta grandes empresas, startups, investidores e acadêmicos, para gerar novos modelos de negócios vencedores, mais colaborativos, eficientes, transparentes e sustentáveis.
Hoje, o Distrito executa inovação aberta com 65 grandes corporações e mais de 300 startups que estão conectadas à sua plataforma, além de 11 Laboratórios Corporativos de inovação dedicada em operação conjunta. O Distrito mapeia também mais de 13 mil startups no Brasil para gerar insights e inteligência de inovação, tendo publicado mais de 50 estudos setoriais.
Em 2020, o Distrito foi eleito como o melhor hub de inovação do Brasil pela Startup Awards, premiação da Associação Brasileira de Startups (ABStartups).
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