Como é trabalhar em startup? Conheça as vantagens e desvantagens

As startups povoam o imaginário como negócios inovadores, seja pelos produtos e serviços que oferecem, seja pelas decorações descoladas e cheias de atrativos para os colaboradores. A promessa é resolver problemas, muitas vezes com soluções digitais, e construir um ambiente de trabalho baseado no aprendizado rápido e na flexibilidade. Mas você sabe mesmo como é trabalhar em startup?

Se você pensa em se candidatar a uma vaga em startup, antes leia este artigo para conhecer um pouco do dia a dia de quem trabalha nesse tipo de empresa. Não dividimos a lista em prós e contras porque isso pode variar de pessoa para pessoa. Acompanhe o artigo e descubra se esse é o local de trabalho ideal para você!

Como é trabalhar em startup? Saiba como é o dia a dia de quem trabalha nessas empresas

Aprendizado rápido

Você pode ser contratado pelas suas habilidades, mas é provável que, no dia a dia, precise desenvolver outras. Os colaboradores fazem um pouco de tudo, o que é válido principalmente para as startups menores. Além disso, a probabilidade de trabalhar na mesma mesa que o CEO, por exemplo, é grande. Dessa forma, dá para aprender tanto com as necessidades do cotidiano, quanto com empreendedores experientes, que estarão ao seu lado.

O fundador da Eu Amo Cupons, Rogério Vairo, já esteve dos dois lados: o do colaborador e o do empreendedor. Ele aponta o aprendizado rápido como um dos principais pontos positivos de trabalhar em startup. “O desafio do dia a dia gera um ganho de aprendizagem muito grande, que nenhuma faculdade ensina”, diz.

Autonomia

Quem gosta de ter autonomia para realizar tarefas também pode se dar bem nas startups. Isso porque esse tipo de empresa espera que os colaboradores sejam capazes de resolver problemas sozinhos, tomando as melhores decisões por conta própria.

Nesse ambiente, o colaborador pode se sentir sócio do negócio. Muitas vezes, para as startups que estão começando, isso acaba literalmente acontecendo, pois as estratégias de contratação podem incluir comissões, participação nos lucros e até a aquisição de ações da empresa, dependendo da evolução da startup.

Ambiente descolado

Se trabalhar com roupas formais não é o seu negócio, você vai se sentir confortável em uma startup. Isso porque essas empresas costumam dispensar o dress code, ou seja, você pode se vestir como quiser, e até trabalhar sem os sapatos. 

É comum que haja ainda uma série de outras atrações para os colaboradores, como videogame, mesa de sinuca, ping pong, lanches liberados, happy hour. Além disso, a decoração costuma ser descontraída, um convite à criatividade. 

Muitas empresas também vão atrás de benefícios diferenciados, como ajuda para pagar a terapia ou a academia, em busca de reter os talentos.

Flexibilidade

Com forte cultura digital, é comum que startups permitam o trabalho remoto ou horários flexíveis, de modo que o colaborador pode chegar mais cedo ou mais tarde, ou compensar algumas horas em outro dia, sem grandes burocracias. 

Mais do que isso, a flexibilidade também se aplica aos erros do dia, pois o colaborador tem mais espaço para fazer testes.

Inovação

Como os processos costumam estar em construção, as possibilidades de inovar e deixar a sua marca são maiores. Além disso, nas startups, é comum que sejam adotadas práticas mais inovadoras em diversas áreas, como no RH. A cultura de feedbacks é constante, o que pode levar ao crescimento tanto pessoal quanto profissional.

“Busco sempre colaboradores jovens que tenham ambição em crescer na carreira. Eu dou espaço, ouvido e oportunidade para eles desenvolverem grande parte de suas ideias. Acredito que isso é o que a maioria dos jovens gostariam de ter em seus empregos e dificilmente encontrariam em empresas de grande porte”, conta Rogério Vairo.

Leia mais: Como trabalhar em startup: dicas para conquistar uma vaga

Trabalho intenso

Como o negócio está começando, pode-se esperar que o trabalho seja intenso. O crescimento é necessário para receber investimentos e tornar a empresa sustentável. Por isso, uma dica é ir em busca de negócios em que você acredite, afinal, será preciso mergulhar de cabeça no trabalho da startup.

“O dia a dia tem muito trabalho a ser feito. Chegamos cedo e saímos tarde todos os dias. Nos finais de semana não me seguro para ver alguns relatórios e fazer alguns contatos. O ritmo é intenso, mas necessário pra quem pretende alavancar a empresa”, conta o fundador da Eu Amo Cupons.

Indefinições

O ambiente de startup pode não ser o ideal para quem espera um plano de carreira bem definido desde o início. Com processos em construção, um mesmo colaborador pode mudar de área ou cargo diversas vezes, e, apesar do crescimento acelerado, planos de cargos e salários podem ser pouco desenhados. 

Alta rotatividade

Com muitos colaboradores jovens, a maioria da geração millennial, a alta rotatividade é outra característica do trabalho em startups. Muitos deixam o negócio por mudanças de planos, outros para abrir a própria empresa. E há ainda as ofertas de outras startups. 

Nesse sentido, a alta rotatividade é uma questão tanto para os colaboradores, que muitas vezes perdem colegas de trabalho e precisam assumir outras funções, quanto para a empresa, que precisa investir em contratações e treinamentos frequentemente.

Falta de estabilidade

De acordo com um levantamento da aceleradora Startup Farm de 2016, 74% das startups brasileiras fecham após 5 anos de existência e 18% antes de completarem 2 anos. Brigas entre sócios e desalinhamento entre a oferta e as necessidades do mercado são alguns motivos comuns. 

Dados como esse mostram que a falta de estabilidade pode ser uma marca das startups. Por isso, tenha em mente que nem sempre esse é o lugar mais estável para construir uma longa carreira.

Para Rogério Vairo, isso também se aplica aos empreendedores. “É muito desafiador gerar um negócio com pouco budget e altos e baixos constantes. A vantagem é que gera muito aprendizado, foco e amadurecimento profissional”, conta.

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