GenAI Festival: melhores momentos do evento de IA do Distrito
Artigo atualizado em 9 de dezembro de 2024
Na última quinta-feira (05/12), a sede do Distrito, em São Paulo, foi palco do GenAI Festival, um evento marcante que celebrou o encerramento de um ano transformador para a Inteligência Artificial. Reunindo líderes do mercado, visionários em tecnologia e especialistas em inovação.
O GenAI Festival foi um espaço de troca e aprendizado sobre as principais transformações no setor de IA em 2024. Com o apoio de grandes marcas como AWS, FCamara, Fintalk, HubSpot, LG, Oracle e Conta Simples, o evento reforçou seu compromisso em fomentar a inovação e a colaboração no ecossistema de tecnologia.
Empresas de diferentes setores participaram para compartilhar insights e explorar as oportunidades que a IA oferece ao futuro dos negócios e da sociedade. Além das palestras e painéis, o festival trouxe momentos de interação prática com mentorias, masterclasses e a aguardada premiação do GenAI Lab Awards.
Neste blogpost, vamos revisitar os momentos mais marcantes do GenAI Festival, passando pelos debates sobre escalabilidade, investimentos e as novas tendências impulsionadas pela IA. Se você quer entender o que movimenta o ecossistema de startups e tecnologia no Brasil, continue com a gente!
Confira o que vamos falar por aqui:
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- KeyNote com a Oracle: gerando vantagem competitiva com modelos proprietários
- A evolução dos AI Agents com CrewAI, Fintalk e AWS
- Investindo em AI com Monashees, VC AI e Softbank
- B3, Natura e iFood se juntam para conversar sobre escalabilidade
- Para além dos painéis: premiações, mentorias e masterclasses
KeyNote com a Oracle: gerando vantagem competitiva com modelos proprietários
O GenAI Festival começou com força total no palco principal, e a responsabilidade de abrir o evento ficou nas mãos de Leandro Vieira, Vice-Presidente de AI & HighTech Companies da Oracle. Com a palestra intitulada “Como gerar REAL vantagem competitiva com modelos proprietários”, ele trouxe reflexões estratégicas e tendências para o uso da Inteligência Artificial nas empresas.
Leandro iniciou sua apresentação destacando o amadurecimento das empresas no uso de IA. Ele compartilhou dados da Gartner que ilustram como as organizações estão migrando de uma fase exploratória para abordagens mais estruturadas e impactantes, divididas em três etapas:
- Exploração: foco inicial no uso de APIs e ferramentas simples, como chatbots.
- Pilotos: testes mais robustos que envolvem maior investimento e busca por impacto real.
- Produção: implementação em larga escala, sinalizando que a IA está sendo levada a sério.
Consumidor ou construtor de IA?
Além disso, uma das ideias centrais foi a diferença entre ser um “buyer” e um “builder” de IA. Segundo Leandro, as empresas que apenas compram soluções prontas conseguem ganhar eficiência no curto prazo, mas perdem a oportunidade de criar diferenciais competitivos no longo prazo. Já quem investe na construção de soluções proprietárias consegue desenvolver vantagens alinhadas às necessidades do seu negócio.
Dados como o coração da IA
Outro ponto de destaque foi o papel estratégico dos dados no sucesso da IA. Leandro enfatizou que os dados são a matéria-prima essencial para modelos assertivos, e que soluções como vetorização e RAG (Retrieval-Augmented Generation) podem tornar os projetos mais eficientes e econômicos. Além disso, ele destacou startups brasileiras que estão liderando inovações no setor, como WideLabs e NeoSpace, que oferecem alternativas personalizadas e de baixo custo.
Para exemplificar, Leandro compartilhou casos reais, como o de uma rede hospitalar que investiu milhões em retreinamento de modelos, mas enfrentou desafios com a rápida evolução da tecnologia.
Finalmente, reforçou a importância de criar uma cultura de AI First nas empresas e buscar parcerias estratégicas. Ele enfatizou que o sucesso com IA está em equilibrar exploração e execução estruturada, sempre considerando o impacto no core business e trabalhando em colaboração com outros players do mercado.
Dessa maneira, a keynote deu o tom do evento e deixou claro que, com estratégia e visão, a IA pode ser uma verdadeira aliada na construção de vantagens competitivas no mercado.
Assista a palestra completa em: GenAI Festival: closing the year, opening the future.
A evolução dos AI Agents com CrewAI, Fintalk e AWS
O GenAI Festival seguiu com um painel inspirador sobre AI Agents, conduzido por especialistas que estão na linha de frente dessa tecnologia. Com Carol Riley (VC and Startups, AWS), Luiz Lobo (Founder, Fintalk) e João Moura (Founder, CrewAI), o debate trouxe insights valiosos sobre como essas soluções estão transformando operações e negócios.
Como os AI Agents estão moldando o futuro
Os painelistas destacaram o impacto crescente dos AI Agents, explicando como essas ferramentas já estão sendo usadas para:
Automatizar processos complexos: Soluções de IA estão otimizando tarefas repetitivas e gerando insights mais rápidos e precisos.
Personalizar experiências: Agentes treinados com dados proprietários estão entregando resultados alinhados às necessidades específicas de cada cliente.
Contribuições dos participantes
Carol Riley (AWS): Compartilhou a visão da AWS sobre como sua infraestrutura em nuvem está viabilizando o desenvolvimento e a escalabilidade de agentes de IA, oferecendo suporte a startups e grandes empresas que querem integrar soluções avançadas.
Luiz Lobo (Fintalk): Explicou como a Fintalk está revolucionando o setor financeiro com agentes baseados em linguagem natural, capazes de melhorar significativamente o atendimento ao cliente e simplificar processos internos.
João Moura (CrewAI): Apresentou como a CrewAI está utilizando agentes autônomos para otimizar operações logísticas e industriais, trazendo eficiência e inovação para segmentos tradicionais.
Oportunidades na América Latina
Os participantes destacaram que a região tem um enorme potencial para o desenvolvimento de AI Agents, especialmente devido à diversidade de problemas a serem resolvidos e ao crescente interesse das empresas em explorar novas tecnologias. No entanto, ressaltaram a importância de estratégias claras para superar desafios como a escassez de talentos e o acesso limitado a recursos.
O painel seguiu com um chamado à ação: o futuro da IA está em mãos humanas. Seja na adoção de agentes generalistas ou na construção de soluções específicas, o sucesso dependerá de uma combinação de tecnologia, visão estratégica e colaboração entre startups, investidores e grandes players.
Assista a palestra completa em: GenAI Festival: closing the year, opening the future.
Investindo em AI com Monashees, VC AI e Softbank
No GenAI Festival, o painel sobre investimentos em Inteligência Artificial trouxe especialistas que estão moldando o futuro da tecnologia no Brasil e na América Latina. Com Maria Tereza Azevedo (Investment Director, SoftBank Latin America Fund), Marcelo Lima (Partner, Monashees) e Leonardo Santos (Partner, VC AI), o debate abordou as estratégias, oportunidades e desafios de investir em IA na região.
Principais insights do painel
Os palestrantes compartilharam suas visões sobre o ecossistema de investimentos em IA:
Maria Tereza Azevedo (SoftBank) destacou a aposta estratégica do fundo em soluções baseadas em Inteligência Artificial, especialmente na América Latina, e ressaltou a importância de dados proprietários como diferencial competitivo para startups locais.
Marcelo Lima (Monashees) abordou como o fundo prioriza soluções que alavancam IA para resolver problemas reais, especialmente em setores como fintechs e B2B software, além de enfatizar a vantagem da região em oferecer uma combinação de problemas complexos e talentos acessíveis.
Leonardo Santos (VC AI) apresentou o case do fundo recém-lançado e sua visão de investir em aplicações práticas de IA voltadas para setores estratégicos no Brasil, como energia, saúde e PropTech, além de compartilhar sua experiência como empreendedor à frente da Semantics.
Por que investir em AI na América Latina?
A América Latina se destaca como um terreno fértil para investimentos em Inteligência Artificial, pois combina um grande volume de problemas reais a serem resolvidos com a eficiência de capital das empresas locais, que têm apresentado melhores retornos em comparação com outras regiões. Além disso, o otimismo em relação à tecnologia é um fator decisivo: a adoção rápida de ferramentas como AI Co-pilots e automação demonstra que o mercado regional está mais receptivo e pronto para incorporar as soluções baseadas em AI. Esses fatores criam um ambiente propício tanto para a inovação quanto para o crescimento sustentável de startups.
Os painelistas seguiram reforçando a necessidade de startups adaptarem suas estratégias para integrar AI em seu core business. Seja por meio de infraestruturas robustas, aplicações personalizadas ou aproveitando dados locais, a chave para o sucesso está em inovar com propósito e visão de longo prazo.
Assista a palestra completa em: GenAI Festival: closing the year, opening the future.
B3, Natura e iFood se juntam para conversar sobre escalabilidade
Encerrando o GenAI Festival com chave de ouro, o último painel do evento trouxe representantes de três gigantes do mercado: Paula Abraão (B3), Daniel Medeiros (Natura) e Gabriel Campos (iFood). O tema? Como escalar inteligência artificial dentro das operações corporativas.
Os desafios de escalar IA
Os participantes compartilharam que a escalabilidade vai muito além de implementar provas de conceito (POCs). Transformar experimentos em soluções práticas e escaláveis é um dos maiores desafios enfrentados pelas grandes empresas. Paula Abraão trouxe um dado significativo sobre a evolução da B3: antes, apenas 15% das POCs chegavam à produção. Hoje, com uma área dedicada exclusivamente à IA, esse número subiu para 90%.
Ela também destacou a importância de uma base sólida de governança e segurança, especialmente em uma instituição financeira como a B3, onde a responsabilidade com dados e regulamentos é prioridade máxima.
Cultura organizacional como diferencial
Gabriel Campos, do iFood, enfatizou que uma cultura orientada a dados é o alicerce para escalar IA. Ele destacou o papel da liderança em fomentar essa mentalidade, garantindo que todas as áreas estejam alinhadas.
O iFood conta com mais de 400 profissionais na área de dados, divididos entre engenheiros, cientistas e analistas.Gabriel apontou que o maior desafio está em equilibrar o entusiasmo pelas tecnologias com a capacidade técnica para usá-las de forma eficiente.
Por sua vez, Daniel Medeiros, da Natura, trouxe a perspectiva de uma empresa em transição tecnológica. Com um legado robusto de sistemas antigos, o maior desafio não é técnico, mas cultural. Ele destacou a necessidade de educar os colaboradores e alinhá-los aos objetivos estratégicos, ressaltando que “IA sem dados bons é apenas uma ilusão”.
Lições práticas para escalar IA
Entre as principais dicas compartilhadas pelos painelistas, destacaram-se:
Centralização e descentralização equilibradas:
A B3 centraliza a governança de IA, mas dá autonomia às áreas para aplicarem soluções de forma personalizada.
No iFood, a área de dados é centralizada, mas cada departamento conta com analistas próprios para explorar informações específicas.
Treinamento e letramento contínuos:
As empresas investem em programas para capacitar desde analistas até executivos, garantindo que todos compreendam o impacto da IA.
Provas de valor bem definidas:
Tanto a Natura quanto o iFood enfatizaram que projetos de IA precisam trazer resultados claros, como aumento de eficiência, redução de custos ou melhorias na experiência do cliente.
Um fechamento de peso para o GenAI Festival
O último painel do evento foi um exemplo prático de como grandes empresas estão se adaptando para escalar IA em larga escala. Ao equilibrar tecnologia, pessoas e resultados, B3, Natura e iFood demonstraram que, com planejamento e estratégia, a inteligência artificial pode ser um fator transformador em qualquer organização.
O encerramento do GenAI Festival deixou uma mensagem poderosa. O futuro da IA está nas mãos das empresas que souberem combinar visão estratégica com execução consistente.
Assista a palestra completa em: GenAI Festival: closing the year, opening the future.
Para além dos painéis: premiações, mentorias e masterclasses
O GenAI Festival não foi apenas sobre painéis e debates; ele trouxe uma experiência imersiva e completa para seus participantes. Entre as iniciativas de destaque, as masterclasses e as mentorias chamaram atenção ao proporcionar conhecimentos práticos e direcionados. Experts renomados compartilharam estratégias de aplicação de IA em áreas como marketing, vendas e recursos humanos. Esses espaços ofereceram insights valiosos, conectando participantes com tendências e melhores práticas do mercado.
Outro grande momento foi o GenAI Lab Awards, que celebrou as startups do GenAI Lab. A premiação reconheceu aquelas que mais contribuíram para a inovação no ecossistema de IA. Com categorias variadas e foco na relevância de cada projeto, o prêmio reforçou o impacto das startups no setor.
Com iniciativas assim, o festival se destacou como uma plataforma essencial para conectar ideias, talentos e inovações em inteligência artificial. O evento foi uma verdadeira celebração das conquistas de 2024 e um marco para preparar o terreno para as transformações que estão por vir.
Assista a palestra completa em: GenAI Festival: closing the year, opening the future.