O surgimento da geração C
Artigo atualizado em 13 de maio de 2020
Ainda que seja muito cedo para entender todos os impactos da pandemia de coronavírus sobre o comportamento humano, já está claro que estamos diante de um grande evento, que vai transformar a vida das pessoas nos mais diversos âmbitos, do trabalho aos relacionamentos pessoais. Por isso, especialistas já falam no surgimento da geração C.
O conceito ainda não está totalmente definido, mas a ideia é que a pandemia vai ser um marco que vai definir a próxima geração. Neste artigo, vamos entender um pouco melhor essa discussão e como os especialistas entendem que a crise mundial de saúde vai afetar a próxima geração. Acompanhe!
Como a pandemia pode mudar a vida de todos?
As mudanças nos hábitos causadas pela pandemia não devem apenas servir de pedra fundamental para marcar o surgimento da geração C, mas também afetar o comportamento das gerações anteriores.
No caso dos Baby Boomers, que são aqueles nascidos entre 1946 e 1964, as novas condições têm feito com que se aproximem ainda mais da tecnologia, especialmente considerando que já estão em uma faixa etária de maior risco para a doença. Sendo o grupo que mais precisa manter o isolamento social, é natural que utilizem mais os dispositivos tecnológicos para manter contato com amigos e familiares e também que façam uso mais intensivo do delivery.
A geração X, que compreende os que nasceram entre 1965 e 1980 e que hoje ocupa boa parte dos cargos de liderança nas empresas, já passou por pelo menos três grandes crises econômicas nas suas carreiras: o estouro da bolha da internet em 1999, os atentados terroristas de 2001 e a grande recessão de 2008.
Agora, é bem provável que as pessoas dessa geração saiam deste evento reavaliando o que querem fazer com o restante dos anos produtivos que têm pela frente. Nesse sentido, podemos ver muitas mudanças de carreiras — voluntárias ou involuntárias.
Para os Millennials, aqueles nascidos entre 1981 e 1996, que são conhecidos por não esquentarem a cadeira em um emprego e ter um forte senso de propósito, o que ajudou a criar a chamada gig economy. Agora, é bem provável que tenham que rever suas prioridades em relação a ter mais economias e procurar alguma estabilidade.
Para a geração Z, que são os que nasceram entre 1997 e 2012, é provável que a crise os faça rever a ideia de fazer faculdades muito caras, que geram grandes dívidas decorrentes de crédito estudantil.
Como isso vai afetar a geração C?
Para os bebês que estão nascendo durante esta fase e para as crianças pequenas, já foram sugeridos vários rótulos, como Coronials, Quaranteens, Baby Zoomers e Geração C. Existe até uma especulação de que a pandemia poderia provocar um aumento de natalidade, mas isso ainda é bastante controverso.
A expressão “Geração C”, no entanto, é mais antiga do que o advento do coronavírus e já circula há pelo menos cinco anos. De acordo com uma apresentação do Google, trata-se mais de uma atitude e de uma mentalidade do que de uma faixa etária.
O termo — geração C — vem de quatro palavras que representam seus valores: criação, curadoria, conexão e comunidade. Esse público está conectado ao YouTube em todos os formatos de tela e é por ali que ele busca tanto informação quanto entretenimento.
É um grupo que define tendências e que responde por US$ 500 bilhões por ano apenas nos Estados Unidos. Além disso, 88% têm um perfil social e 65% atualizam esse perfil diariamente. Está permanentemente conectado e 91% dormem com o smartphone ao lado.
Embora seja difícil prever quais serão os efeitos de longo prazo da pandemia sobre essa geração que está chegando, considerando as características que eles apresentam, faz sentido pensar que é um público para o qual a educação EaD deve ser muito mais natural, assim como o trabalho a distância.
Além disso, temos que pensar nos efeitos econômicos da crise e como eles devem afetar esse grupo que vai entrar no trabalho daqui a alguns anos, incluindo uma revisão do papel do governo nessas questões. É possível que essa geração passe por um período relativamente longo de depressão econômica.
Ainda que isso não chegue a ser uma novidade, nunca tivemos uma grande depressão em um período com tecnologia tão avançada, de forma que ainda não se sabe como as duas coisas interagem entre si e se a tecnologia será capaz de inventar meios de fazer a economia reagir.De toda forma, o contexto reforça a importância das comunidades online, um meio eficaz de manter contato com outros profissionais com os mesmos interesses que os seus. Nesse sentido, se você tem uma startup, aproveite para conhecer o programa de Residência Virtual do Distrito, uma das maiores comunidades de inovação do país!