10 fatores para validar uma nova tecnologia!
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O setor da saúde foi um dos mais movimentados em 2020. A pandemia de Covid-19 exige que profissionais da área estejam à disposição para atuar na linha de frente do combate ao vírus. Sob o risco de contaminação iminente, médicos, enfermeiros e funcionários de hospitais, postos de saúde e clínicas atuam bravamente na tentativa de […]
Artigo atualizado 18 de fevereiro de 2021
O setor da saúde foi um dos mais movimentados em 2020. A pandemia de Covid-19 exige que profissionais da área estejam à disposição para atuar na linha de frente do combate ao vírus. Sob o risco de contaminação iminente, médicos, enfermeiros e funcionários de hospitais, postos de saúde e clínicas atuam bravamente na tentativa de minimizar a disseminação do vírus.
Porém, esse cenário teria sido muito mais desafiador se todo o setor da saúde não tivesse reunido forças para atravessar a pandemia em comunhão. Com o auxílio da tecnologia e análise de dados, as healthtechs tiveram suas atividades ampliadas com o aumento da demanda de novos produtos e serviços que facilitam processos em um momento onde o contato físico deve ser evitado. Com iniciativas que modernizam o que anteriormente era muito mais burocrático e demorado, as startups de saúde foram fundamentais para o enfrentamento da pandemia ao fecharem parcerias com outras organizações.
Pensar em novas maneiras de fazer o que era rotineiro, é uma das mudanças mais expressivas da pandemia. As startups também se enquadram bem nessa definição, pois inovação e novos jeitos de pensar e ofertar produtos/ serviços com a intenção de facilitar a vida de usuários e clientes é o mote da existência de empresas que têm essas ideias como pilares principais na hora de desenvolverem suas soluções.
Com sua importância acentuada após os desafios enfrentados em 2020, o crescimento das healthtechs não é de se espantar. O Distrito Dataminer, – área de inteligência de mercado do Distrito -, analisa a evolução das heathtechs nos últimos anos e, em 2020, constatou algumas variáveis por consequência da pandemia. O Inside Healthtech Report, publicado em dezembro, traz um panorama do intenso ano que passou e revela que, atualmente, já foram mapeadas mais de 640 startups de saúde em operação no Brasil.
Entre as categorias que dividem as healthtechs, Gestão Hospitalar e Prontuários Eletrônicos ao Paciente (PEP), se mantém como a principal área de atuação do segmento com 165 startups. Seguido de Acesso à Informação com 106 e Marketplace com 86. Outras categorias do setor são: Telemedicina e Farmacêutica e Diagnóstico.
Assim como acontece em outras verticais do ecossistema, a região Sudeste lidera em número de healthtechs, onde 44,6% estão localizadas só em São Paulo, com 228 startups de saúde. Foram mapeadas healthtechs em 20, dos 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal.
O mercado de healthtechs está aquecido e os investimentos no setor apontam isso. Com 48 aportes, 2020 se tornou o líder em número de deals, com um crescimento de 6%. A soma dos aportes no ano somam mais de US$ 105 milhões, um aumento de 68% em relação ao valor de 2019.
Mas o destaque do setor vai para o número de M&As, com 11 aquisições e fusões no total, 2020 se torna o ano mais representativo em relação aos últimos 10 anos somados. Esse número tão expressivo de M&As pode ser explicado pela queda de juros básicos a níveis nunca antes registrados, tornando as negociações mais atrativas para ambos os lados. E a necessidade de digitalização de diversos serviços devido ao distanciamento social.
Diante deste cenário, conversamos com quatro healthtechs que fazem parte do programa Distrito for Startups para entender o que seus fundadores e CEOs estão esperando para 2021 depois de um ano tão árduo.
Para Caio Guimarães, fundador da Beone, healthtech que se dedica a gerar saúde e bem-estar através de soluções de alta tecnologia, como fotobiomodulação para curar feridas de difícil cicatrização, 2020 foi um ano difícil, mas com um saldo positivo. “Eu sinto como se a pandemia tivesse colocado uma lupa nas lacunas e dificuldades dos hospitais e ficou escancarado quais são os problemas na área, então tiveram muitos investimentos e surgiram boas oportunidades”, opina.
O plano da Beone em 2021 é lançar um novo produto no mercado, que pretende trazer melhora clínica e uma redução drástica dos custos de tratamento. “O nosso produto não vai só diminuir custo, mas ele também diminui absurdamente o nível de internações por causa de pré-diabéticos. Em uma pandemia onde os leitos de UTI são super concorridos, isso tem um valor gigantesco”, afirma Caio.
Devido a pandemia, a startup precisou desacelerar alguns processos, o plano para 2021 é dar continuidade ao que ficou parado por causa do lockdown. “Até maio ou junho deste ano, nossa expectativa é que o registro da Anvisa saia e, com isso, a gente já entre no mercado”, explica. A Beone está estudando uma joint venture com uma multinacional que é mantenedora do Distrito.
Em seu primeiro ano no mercado, e mesmo enfrentando alguns desafios no início da pandemia para desenvolver dois novos produtos de forma remota, Gabriel Liguori, fundador da startup de biotecnologia TissueLabs, afirma que o saldo do ano foi bastante positivo. “2020 nos trouxe algo importante, o nosso primeiro investimento privado, o que permitiu crescermos e tornarmos a empresa líder na América Latina em bioimpressão 3D de órgãos e tecidos”.
Pequenas adversidades foram revertidas em oportunidades. “O momento nos levou a voltar nossos olhos para dentro da empresa e aproveitar a baixa procura para desenvolver novas tecnologias, como foi o caso da plataforma MatriWell, especificamente pensada para estudos do coronavírus”, compartilha. Atualmente, 20 grupos de pesquisa no Brasil usam as tecnologias desenvolvidas pela TissueLabs, a consolidando como referência no país, além de instituições internacionais.
Os planos para 2021 são audaciosos, revela o fundador. “Em 2021 o foco da TissueLabs é a internacionalização da empresa. Já em fevereiro transferiremos nossos headquarters para a Suíça. A partir de então, pretendemos aumentar nossa participação no mercado europeu e global, tornando-nos referência também nessas regiões”.
“O ano de 2020 foi extremamente positivo, tendo em vista que nossas soluções atendem diretamente as necessidades do segmento médico/hospitalar.” É assim que o CEO da Naxia Digital, Fernando Pedroso, define o ano que passou para a startup de clube de benefícios. O Diretor Executivo revela que o negócio conseguiu validar a estratégia comercial definida para o ano e soube adaptar as necessidades que surgiram com a pandemia.
Segundo ele, a pandemia viabilizou a implantação da solução de teleconsulta e acelerou nos hospitais a busca por novas receitas. “Temos expertise para auxiliar e soluções tecnológicas para essa necessidade, para atender a essa demanda investimos muito nos processos comerciais e de suporte técnico para dar um atendimento de qualidade aos clientes”, explica. A startup aumentou 2300 usuários B2C através de novos contratos e ampliação dos já existentes.
Como o momento atual é excelente para soluções digitais de saúde, o plano da Naxia Digital é conseguir escalar o atual modelo de negócio. “Queremos incorporar novas soluções para clientes B2B. Também temos o desafio de incrementarmos nossa estratégia de marketing e implementarmos uma cultura de trabalho clara para as pessoas que estão vindo fazer parte da equipe”, finaliza.
Com atuação há 10 anos no mercado de psicologia e saúde corporativa e prestando atendimento online desde 2018, a startup PlenaVi, é uma plataforma de prevenção e tratamento de doenças mentais. Para a fundadora e CEO, Paluma Caterina, com a pandemia, as pessoas perceberam que a terapia online é eficaz e muito mais acessível e sustentável.
Segundo ela, a demanda para atendimentos online aumentou com o isolamento social, mas como já havia estrutura, não foi difícil se adaptar ao momento. “Tivemos um crescimento de 400% em nosso faturamento além de entrar para o mercado B2B, percebemos que as empresas estão buscando o benefício de saúde mental, então conseguimos entregar um serviço especializado e assertivo com análise de dados,”
Nas metas para 2021 está conseguir o tão sonhado primeiro investimento anjo e continuar crescendo no mercado B2B. “Nós estamos colocando todas as nossas apostas no B2B, viemos percebendo ao decorrer do ano de 2020 o quanto as empresas estão carentes dos nossos serviços e o quanto é de extrema importância cuidar da saúde mental de seus colaboradores. Por isso estamos aumentando a nossa equipe de vendas e buscando investimento para colocar no marketing.” finaliza.
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