
Vibe Coding: o que é, exemplos, benefícios e como usar
Artigo atualizado em 11 de abril de 2025
O Vibe Coding é uma nova maneira de escrever código com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial, onde o desenvolvedor se torna um diretor de arte e a IA é o programador. Ou seja, em uma conversa com linguagem natural entre humano e IA é possível criar linhas de código completas sem a necessidade de escrevê-las manualmente.
Neste artigo, você vai aprender o que é essa abordagem. Vamos ver como ela funciona na prática. Também vamos entender por que ferramentas como Cursor e Devin são tão populares nesse novo modelo de desenvolvimento com inteligência artificial.
O que é Vibe Coding?
Imagine transformar uma ideia em um app funcional em poucas horas, apenas descrevendo o que deseja, sem programar linha por linha. Essa é a proposta do Vibe Coding.
O termo foi popularizado por Andrej Karpathy, ex-diretor de IA na Tesla e ex-pesquisador da OpenAI. Para ele, essa nova forma de desenvolvimento é sobre “aceitar os fluxos” — ou seja, colaborar com AI agents de forma fluida, sem tentar controlar cada detalhe técnico.
Na prática, é como ter uma conversa com uma IA: você diz o que precisa e ela escreve o código por você. Depois, você revisa, testa e orienta os ajustes. É uma mudança de papel — de programador para diretor criativo.
Leia também: Inteligência Artificial: o que é IA e como funciona?
Como funciona o Vibe Coding na prática
A dinâmica do Vibe Coding gira em torno de ciclos curtos e interativos com assistentes de IA. O fluxo básico inclui:
- Escolha da ferramenta (como Cursor ou Devin);
- Descrição do que você deseja em linguagem natural;
- Análise e testes do código gerado;
- Feedback direto para ajustes e melhorias;
- Publicação ou integração da solução.
Esse processo reduz a complexidade do desenvolvimento, tornando-o acessível até para quem não domina linguagens de programação.
Exemplos práticos de Vibe Coding:
Cursor e DevinCursor: IA integrada ao fluxo do desenvolvedor
O Cursor é um assistente de programação baseado em IA criado pela Anysphere. Ele se destaca por integrar diretamente ao editor de código (como o VS Code) e por permitir edição contextual — ou seja, o desenvolvedor pode interagir com a IA dentro do próprio arquivo, pedindo modificações específicas, sugestões ou explicações.
A ferramenta conquistou empresas como OpenAI, Shopify e Instacart, e sua popularidade cresceu rapidamente. Em apenas quatro meses, o Cursor levantou US$ 100 milhões em uma rodada liderada pela Thrive Capital, atingindo uma avaliação de US$ 2,6 bilhões.
Seu modelo freemium inclui um período de teste gratuito de duas semanas e planos pagos a partir de US$ 20/mês. Ele é especialmente útil para quem já entende um pouco de código e quer acelerar tarefas como refatoração, geração de testes, documentação e identificação de bugs.
Devin: o agente autônomo que viralizou
Desenvolvido pela Cognition, o Devin ganhou notoriedade nas redes por prometer executar tarefas complexas de forma autônoma. Quando lançado, em 2024, viralizou com demonstrações que mostravam o agente desenvolvendo projetos quase inteiros.
Apesar de algumas limitações em projetos mais avançados, o Devin evoluiu rapidamente. A versão 2.0 oferece recursos como:
- Planejamento de projetos em etapas;
- Geração de código com explicações e citações;
- Criação de wikis e documentação técnica;
- Suporte a grandes bases de código.
A novidade mais recente foi o lançamento de um plano de entrada por US$ 20, com cobrança por uso (modelo pay-as-you-go). Cada 15 minutos de trabalho consome cerca de 1 crédito (ACU), e o pacote inicial cobre aproximadamente 2,25 horas de uso.
Esse modelo permite que mais pessoas testem o Devin com baixo custo inicial — ideal para pequenos projetos, validações ou protótipos.
Leia também: Enterprise AI: o que é, como funciona e como implementar
Por que o Vibe Coding está ganhando espaço?
A principal razão é simples: ele reduz drasticamente o tempo e o custo de tirar ideias do papel. Antes, desenvolver um produto digital exigia times inteiros, semanas de trabalho e conhecimento técnico profundo. Agora, com IA, pequenos times — ou até indivíduos — conseguem:
- Criar protótipos rápidos;
- Testar hipóteses com agilidade;
- Automatizar partes do processo de desenvolvimento.
Garry Tan, CEO do Y Combinator, comentou que muitas startups atuais operam com menos de 10 pessoas. Mesmo assim, conseguem gerar receita milionária. O Vibe Coding é uma peça-chave nesse cenário.
Quais os benefícios do para empresas e desenvolvedores?
Adotar ferramentas como Cursor e Devin traz vantagens em várias frentes:
1. Mais velocidade
Funcionalidades que antes exigiam dias para serem programadas, agora podem ser desenvolvidas em horas com ajuda de IA. Isso acelera o time-to-market e permite lançamentos mais rápidos.
2. Menos dependência técnica
Pessoas sem background em programação podem participar da criação de produtos. Líderes de produto, designers e empreendedores ganham mais autonomia.
3. Menos tarefas repetitivas
Assistentes de código assumem tarefas como testes, refatorações, criação de componentes básicos e documentação — liberando tempo da equipe para atividades mais estratégicas.
Quais os riscos e limitações do Vibe Coding?
Nem tudo são flores. Apesar do potencial, o Vibe Coding exige cuidados:
- O código gerado pode conter falhas, vulnerabilidades ou não seguir boas práticas;
- Em projetos complexos, é preciso dividir bem as etapas para garantir consistência;
- Nem sempre é fácil depurar erros, especialmente se você não entende o que foi gerado;
- Há risco de aceitar sugestões da IA sem entender seus impactos.
Por isso, é essencial manter uma postura crítica e revisar tudo o que for implementado. A recomendação é sempre documentar as interações e validar os resultados com testes.
Conclusão
O Vibe Coding representa mais do que uma nova forma de programar. Ele marca uma mudança cultural: a ideia de que o desenvolvimento de software pode ser um processo colaborativo entre humanos e IAs.
Talvez a maior inovação do Vibe Coding seja essa: transformar código em conversa. E colocar a criatividade no centro da criação tecnológica.
Mas como sair da teoria e levar essa revolução para o dia a dia da sua empresa?
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