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RH Digital: a transformação da área começa no mindset

RH Digital: a transformação da área começa no mindset

26 de abril de 2021
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Artigo atualizado em 26 de abril de 2021

Recursos Humanos tem assumido, nos últimos tempos, uma posição cada vez mais estratégica dentro das organizações, deixando de dar apenas suporte nos assuntos relacionados aos funcionários. Essa virada de chave passa pela participação ativa na transformação digital dos negócios, levando ao que tem se chamado de RH Digital.

E antes que o conceito possa ser encarado puramente como tecnológico e, por consequência, distancie profissionais que não se sentem tão à vontade com a digitalização de processos, é importante entender que a transformação digital não é só ferramenta. 

É preciso, antes de tudo, passar por uma mudança de mindset, dando espaço para a inovação: o que coloca o colaborador, o fator humano, no centro das decisões. Dessa forma, com RHs mais abertos, as empresas conseguirão adotar soluções digitais.

Uma mentalidade de RH Digital para capacitar todos como inovadores

Robert Bolton, Head Global de Pessoas e Centro de Excelência de Mudança da KPMG, publicou um estudo intitulado “Reinventing Work – A sequel to the Rise of the Human Series”, no qual afirma:

Não há tempo a perder para embarcar no imenso desafio de reinventar o mundo do trabalho e adotar uma mentalidade digital que cria uma cultura humana de ponta a ponta, à medida que máquinas irão proliferar no local de trabalho”.

Uma mentalidade digital, enquanto constrói novas responsabilidades e funções em meio à implantação da inteligência artificial e tecnologias digitais, segue os seguintes princípios-chave, segundo ele:

1.    Conectar a empresa de ponta a ponta: compreenda a cadeia de valor geral da organização e redesenhe, levando em consideração a experiência do cliente para atingir os resultados.

Organizações focadas no futuro estão moldando novos modelos operacionais em todas as partes da companhia.

A experiência do colaborador importa: 95% dos executivos de RH veem isso como prioridade, segundo a KPMG Global Future of HR 2020

2.    Todos da organização são inovadores: o título é autoexplicativo. Cada um possui o papel de inovar dentro da empresa. Isso inclui a divisão de atividades entre humanos e máquinas. Como fazer isso? Use técnicas de design thinking e inclua automação e inovação de processos ao revisar projetos.

3.    Mentalidade focada no desenvolvimento: para adotar uma cultura flexível e inovadora ou um mindset de crescimento que incentive a agilidade, mudança e inovação demandam um ambiente no qual as funções possam evoluir e a colaboração possa acontecer sem limites de cargos, departamentos etc.

4.    Demonstrar a coragem de agir e desafiar: independentemente do cargo, todos devem ser vistos como líderes e incentivados a agir, desafiar, tendo autonomia, liberdade e responsabilidade de atingir os objetivos da companhia.

Ao entender e implantar esses princípios dentro da organização, a empresa terá uma mentalidade preparada para adotar um RH Digital. É importante ressaltar como os colaboradores têm papel de destaque nessa transição (e continuam tendo depois disso), quebrando assim o paradigma de que a digitalização esfria relações ou afasta as pessoas.

RH Digital: afinal, o que é isso?

A Deloitte conceitua RH Digital como “aplicação de tecnologias e análises avançadas, características e comportamentos digitais e centralização do cliente de RH. Isso por meio das lentes do seu modelo operacional com o objetivo de otimizar o departamento para oferecer desempenho organizacional sustentável”.

A consultoria listou quatro pilares para a construção desse novo modelo de departamento dentro das organizações:

1.    Comportamentos e características no digital (inovação contínua, disrupção, agilidade);

2.    Centralidade no cliente de RH (personalização, experiência unificada);

3.    Modelo operacional de RH de alto impacto (reinvenção constante de trabalho, modelo Agile, centro de inovação dentro da área); 

4.    Métricas e tecnologias avançadas (plataforma de engajamento unificada, dados democratizados, inteligência artificial).

De acordo com o HR Tech Report, realizado pelo Distrito, startups de RH receberam um volume de investimentos de 473 milhões de dólares entre 2014 e 2019. Isso demonstra como ferramentas digitais voltadas a área de Recursos Humanos ganharam força nos últimos anos.

Uma alternativa para avançar é a adoção de uma ferramenta que leve o RH para um ambiente digital, transformando e melhorando a relação da companhia e colaboradores. 

O Dialog, SuperApp que une rede social corporativa e hub de soluções de RH, é um exemplo disso. 

“Durante a nossa jornada temos nos posicionado como um aplicativo de comunicação interna – principal canal entre a empresa e colaboradores. Agora, estamos trazendo os serviços de RH para o colaborador para dentro da plataforma, como holerite, ponto digital, treinamentos, onboarding e resultados de vendas, além de inteligência de dados, com insights sobre engajamento, alcance, absorção, influenciadores internos e prevenção de rotatividade, entre outros”, destaca o CEO da startup, André Franco.