Se você costuma se informar sobre o mundo da tecnologia e das startups, certamente cruzou com o nome SoftBank nas suas leituras nos últimos dias. Mas por que essa empresa japonesa tem ganhado tanto destaque nos portais da área?
Se você costuma se informar sobre o mundo da tecnologia e das startups, certamente já cruzou com o nome SoftBank nas suas leituras. Mas por que essa empresa japonesa tem tanto destaque?
Apesar do que o nome pode sugerir, o SoftBank não é um banco, mas sim uma multinacional dos ramos de telecomunicações e de internet fundada no ano de 1981, em Tóquio, no Japão.
Além disso, o SoftBank é também é o player mais poderoso da atualidade quando se fala em investimentos em tecnologia. Já são mais de 100 empresas no portfólio do grupo, que inclui nomes como Uber, Alibaba, Slack e Boston Dynamics.
Neste artigo, entenda a importância desse fundo de investimento para as startups brasileiras — o SoftBank chegou à América Latina em 2019 — e o impacto que vem sofrendo durante a pandemia do coronavírus em 2020. Saiba mais também sobre a história dessa empresa e descubra quem é o seu fundador. Confira!

Quem é Masayoshi Son
O fundador e CEO do SoftBank é o empresário Masayoshi Son, que atualmente ocupa o posto de segundo homem mais rico do Japão, com uma fortuna de 24 bilhões de dólares.
Mas não estranhe se nunca tiver ouvido falar dele. Quando se fala em tecnologia, não é o nome de Masayoshi Son que costuma vir à mente. No entanto, apesar de ser mais discreto que empreendedores como Bill Gates, Elon Musk ou Mark Zuckerberg, o bilionário japonês é conhecido por fazer investimentos em negócios de portes diversos — que vão desde gigantes consolidadas até startups promissoras.
Filho de um empresário do ramo de caça-níqueis, o ambicioso Masayoshi adolescente via no presidente e fundador da filial japonesa do McDonalds, Den Fujita, um ídolo. Foi Den Fujita, aliás, que deu a ele o conselho de olhar para o futuro e trabalhar com computadores.
Mais tarde, o futuro bilionário foi para a Califórnia estudar economia e começou a empreender. No início da década de 1980, retornou ao Japão e fundou o SoftBank.
SoftBank: de software a investimentos
Quando criou o SoftBank, o foco do empresário era software. Mas, aos poucos, Masayoshi Son foi descobrindo que tinha um grande poder de negociação. Foi com base nessa habilidade, por exemplo, que ele ajudou a Cisco a entrar no mercado japonês de roteadores.
O SoftBank passou a oferecer serviços de internet e se tornou uma operadora de telefonia móvel. Devido ao seu faro para bons negócios, Masayoshi Son criou uma joint-venture com a então pequena Yahoo!. No futuro, ainda compraria a Vodafone (US$ 15 bilhões) e, mais recentemente, a Sprint.
Foi pelos investimentos, aliás, que ele se tornou mais conhecido. Isso porque o fundo de Venture Capital do SoftBank, que é chamado Vision Fund, de US$ 100 bilhões, já investiu em setores que contemplam Internet das Coisas, Inteligência Artificial, robótica, infraestrutura de comunicação, telecoms, biologia computacional, biotech, tecnologia e software de nuvem, consumer internet business, fintechs e aplicativos móveis.
Atualmente, o Vision Fund investe em países como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos e detém porcentagem de empresas como Apple e Sharp.
O SoftBank esteve ainda entre os negócios que mais crescem no mundo — entre os anos de 2009 e 2014, a capitalização de mercado da empresa teve o quarto maior aumento relativo do mundo, crescendo 557%.
Quem é Masayoshi Son
O fundador e CEO do SoftBank é Masayoshi Son, que atualmente ocupa o posto de homem mais rico do Japão.
Mas não estranhe se nunca tiver ouvido falar dele. Quando se fala em tecnologia, não é o nome de Masayashi Son que costuma vir à mente. No entanto, apesar de ser mais discreto que Bill Gates, Elon Musk ou Mark Zuckerberg, o bilionário japonês é conhecido por fazer investimentos em negócios de portes diversos — que vão desde gigantes consolidadas até startups promissoras.
Filho de um empresário do ramo de caça-níqueis, o adolescente ambicioso via no presidente e fundador da filial japonesa do McDonalds, Den Fujita, um ídolo. Foi Den Fujita, aliás, que deu a Masayoshi Son o conselho de olhar para o futuro e trabalhar com computadores.
Mais tarde, o futuro bilionário foi para a Califórnia estudar economia e começou a empreender. No início da década de 1980, retornou ao Japão e fundou o SoftBank.
SoftBank: de software a investimentos
Quando criou o SoftBank, o foco do empresário era software. Mas, aos poucos, Masayoshi Son foi descobrindo que tinha um grande poder de negociação. Foi com base nessa habilidade, por exemplo, que ele ajudou a Cisco a entrar no mercado japonês de roteadores.
O SoftBank passou a oferecer serviços de internet e se tornou uma operadora de telefonia móvel. Devido ao seu faro para bons negócios, Masayoshi Son criou uma joint-venture com a então pequena Yahoo! No futuro, ainda compraria a Vodafone (US$ 15 bilhões) e, mais recentemente, a Sprint.
Foi pelos investimentos, aliás, que ele se tornou mais conhecido. Isso porque o fundo de Venture Capital do SoftBank, que é chamado Vision Fund, de US$ 100 bilhões, já investiu em setores que contemplam Internet das Coisas, Inteligência Artificial, robótica, infraestrutura de comunicação, telecoms, biologia computacional, biotech, tecnologia e software de nuvem, consumer internet business, fintechs e aplicativos móveis.
Atualmente, o Vision Fund investe em países como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos e detém porcentagem de empresas como Apple e Sharp.
Na atualidade, o SoftBank está ainda entre os negócios que mais crescem no mundo — entre os anos de 2009 e 2014, a capitalização de mercado da empresa teve o quarto maior aumento relativo do mundo, crescendo 557%.
O SoftBank mira o Brasil
Em 2019, o SoftBank passou a mirar, também, a América Latina. Isso porque, em março de 2019, a empresa anunciou a criação de um fundo de 5 bilhões de dólares para investimentos em startups da latino-americanas, chamado de Innovation Fund, com prioridade para o Brasil.
O valor chama atenção, pois equivale a quatro vezes o total de aportes de Venture Capital feitos na região em 2017, de acordo com dados da LAVCA, a Associação Latino-Americana de Private Equity & Venture Capital. Até o momento, o SoftBank liderou 6 das 10 maiores negociações da história do Brasil.
Segundo o diretor de operações e líder do Innovation Fund, o boliviano Marcelo Claure, o interesse principal é em empresas com habilidade de usar inteligência artificial e dados para desafiar indústrias tradicionais.
Além disso, também faz parte dos planos trazer as empresas de seu portfólio mundial para o mercado da América Latina, inclusive conectando-as a startups daqui. Uma relação em que ambas as partes saem ganhando.
Em São Paulo, o conglomerado do Softbank lançou ainda o Data Science for All, um programa de treinamento, capacitação e contratação de talentos das áreas de dados e inteligência artificial.
Latin America Tech Hub
Não parou por aí. Depois do anúncio de março, em outubro de 2019 o SoftBank anunciou ainda uma nova empreitada: o Latin America Tech Hub, uma incubadora na América Latina que será focada em startups, joint ventures e parcerias.
O objetivo é fomentar o desenvolvimento dessas novas empresas, além de criar parcerias estratégicas na região, trazendo para cá empresas em que o SoftBank já investiu.
Estima-se que em 5 anos sejam criadas 50 joint ventures entre empresas do portfólio mundial do fundo e novas iniciativas locais. A liderança desta incubadora ficará a cargo de Ralf Wenzel, fundador da Foodpanda.
Para os empreendedores brasileiros, essa é uma grande oportunidade de receber investimentos, assim como de fazer parte desse ecossistema fomentado pelo maior fundo de investimentos em empresas de tecnologia do mundo.
O SoftBank já fez uma série de aportes milionários em empresas por aqui, como 99, Loggi e Creditas e a paranaense Olist, como você pode ver no infográfico abaixo.
A SoftBank mira o Brasil
Recentemente, o SoftBank passou a mirar, também, a América Latina. Isso porque, em março de 2019, a empresa anunciou a criação de um fundo de 5 bilhões de dólares para investimentos em startups da latino-americanas, chamado de Innovation Fund, com prioridade para o Brasil.
O valor chama atenção, pois equivale a quatro vezes o total de aportes de Venture Capital feitos na região em 2017, de acordo com dados da LAVCA, a Associação Latino-Americana de Private Equity & Venture Capital. Até o momento, a SoftBank liderou 6 das 10 maiores negociações da história do Brasil.
Segundo o diretor de operações e líder do Innovation Fund, o boliviano Marcelo Claure, o interesse principal é em empresas com habilidade de usar inteligência artificial e dados para desafiar indústrias tradicionais.
Além disso, também faz parte dos planos trazer as empresas de seu portfólio mundial para o mercado da América Latina, inclusive conectando-as a startups daqui. Uma relação em que ambas as partes saem ganhando.
Latin America Tech Hub
Não parou por aí. Depois do anúncio de março, em outubro o SoftBank anunciou ainda uma nova empreitada: o Latin America Tech Hub, uma incubadora na América Latina que será focada em startups, joint ventures e parcerias.
O objetivo é fomentar o desenvolvimento dessas novas empresas, além de criar parcerias estratégicas na região, trazendo para cá empresas em que o SoftBank já investiu.
Estima-se que em 5 anos sejam criadas 50 joint ventures entre empresas do portfólio mundial do fundo e novas iniciativas locais. A liderança desta incubadora ficará a cargo de Ralf Wenzel, fundador da Foodpanda.
Para os empreendedores brasileiros, essa é uma grande oportunidade de receber investimentos, assim como de fazer parte desse ecossistema fomentado pelo maior fundo de investimentos em empresas de tecnologia do mundo.
Até o momento, a empresa já fez uma série de aportes milionários em empresas por aqui, como 99, Loggi e Creditas e, mais recentemente, na paranaense Olist, como você pode ver no infográfico abaixo.

O impacto da pandemia do coronavírus no SoftBank
A pandemia do coronavírus trouxe problemas econômicos que os investidores não previam.
Por conta disso, Masayoshi Son previu que 15 das 88 empresas apoiadas pelo SoftBank devem ir à falência por conta dos efeitos da crise. Por outro lado, ele também espera que outros 15 negócios sejam bem-sucedidas.
Em uma entrevista à Forbes, o CEO disse que o fundo deve reter futuros investimentos para salvar apostas fundamentais.
Outra ação do SoftBank será vender parte de seus ativos para liberar caixa para um programa de recompra de ações, conforme anunciado em março de 2020.
O objetivo é levantar cerca de 41 bilhões de dólares para recomprar 18 bilhões em ações. Quando empresas fazem recompra das próprias ações, o objetivo costuma ser estimular seu próprio valor de mercado, além de evitar quedas. Negócios também tomam essa ação quando veem uma oportunidade, observando que suas ações valem mais que o preço que apresentam no momento.
Antes, a agência Bloomberg já tinha informado que o SoftBank pretendia levantar 10 bilhões de dólares para financiar negócios impactados pelo coronavírus — 5 bilhões de outros investidores e outros 5 do próprio SoftBank. A empresa não especificou se a recompra de ações seria, também, destinada a esse fim.
Em paralelo ao coronavírus, problemas com a startup WeWork também contribuíram para a crise na empresa.
No início de abril de 2020, o SoftBank desistiu de comprar 3 bilhões de dólares em ações da empresa de escritórios compartilhados, alegando “múltiplas, novas e significativas” investigações, tanto civis quanto criminais, na empresa de escritórios compartilhados.
Em 2019, o fundo de investimentos já tinha precisado salvar a empresa investindo 8 bilhões de dólares após um IPO fracassado.
Agora, o foco do CEO é convencer investidores do SoftBank de que o fundo consegue dar a volta por cima e enfrentar uma possível recessão causada pela pandemia.
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