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Pessoas estão sendo substituídas por máquinas? 3 razões para não acreditar nesse mito

Pessoas estão sendo substituídas por máquinas? 3 razões para não acreditar nesse mito

10 de março de 2020
5 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 10 de março de 2020

A ficção científica já se ocupou desse tema inúmeras vezes: com o avanço da inovação, as máquinas ficam cada vez mais inteligentes, fazem todos os trabalhos e acabam com os empregos para os humanos. Isso quando a coisa não vai mais longe e os robôs não acabam escravizando ou até mesmo exterminando nossa espécie.

Embora seja muito útil para pensarmos nos rumos possíveis para o futuro — é preciso admitir que várias inovações foram previstas em filmes e livros do gênero —, esse não é o caso. Isso porque essa teoria deixa de lado o fato de que quem cria toda essa tecnologia e automação são os humanos.

Essa impressão de que as pessoas estão sendo substituídas por máquinas se acentua no mercado de trabalho. A verdade, no entanto, é que a automação é capaz de substituir tarefas operacionais e repetitivas, enquanto o trabalho de análise e a capacidade de traçar estratégias e tomar decisões continuam sob o domínio humano.

Veja 3 motivos para você não acreditar no mito de que as máquinas vão substituir as pessoas!

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1. Outras profissões estão sendo criadas

Sim, é verdade que várias profissões foram extintas e outras ainda devem passar pelo mesmo processo. Não temos mais telefonistas, os cobradores de ônibus são sempre uma categoria ameaçada de extinção e outras profissões ainda podem deixar de existir nas próximas décadas.

Em compensação, outras ocupações surgiram e muitas outras que nem imaginamos ainda devem aparecer. Basta pensar em profissões que já se tornaram comuns hoje e que não existiam há até poucos anos, como analistas de mídias sociais, cientista de dados, desenvolvedor de aplicativos, toda a área relacionada a marketing digital, especialista em e-commerce etc.

O relatório “Jobs of Tomorrow: Mapping Opportunity in the New Economy” (Empregos do amanhã: mapeando oportunidades na nova Economia), do Fórum Econômico Mundial, lembra que, em 2018, a entidade estimou que 75 milhões de postos de trabalho poderiam desaparecer até 2022 em decorrência do avanço tecnológico. 

Em compensação, outras 133 milhões de vagas seriam abertas nesse mesmo período graças à escalada tecnológica, em diversos setores: saúde, marketing, vendas e comunicação, dados e IA (Inteligência Artificial), engenharia e computação na nuvem e até em recursos humanos e cultura.

2. A tecnologia melhora o trabalho humano

Uma das áreas em que houve mais inovação tecnológica foi a medicina. Isso não significa, porém, que precisamos de menos médicos, apenas que a tecnologia propiciou aos médicos ferramentas melhores para realizarem os seus trabalhos e promover saúde para a população.

Pense, por exemplo, em todos os avanços em termos de medicina diagnóstica e precisão cirúrgica. Tudo isso foi criado por humanos — incluindo médicos — e são eles que tiram proveito desses avanços para melhorar seu desempenho.

Da mesma forma, o profissional de Recursos Humanos não deixou de existir porque agora podemos contar com bancos de dados gigantes de profissionais. Ao contrário, é esse profissional que vai fazer uso do banco de dados para aperfeiçoar a busca de novos talentos para a empresa.

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3. O caminho é a qualificação

As tarefas operacionais e repetitivas são as principais candidatas a serem substituídas por máquinas. E isso é uma ótima notícia. Atividades degradantes e perigosas para os humanos podem ser executadas por robôs. 

Pense, por exemplo, em minas de carvão. Quantas vidas não se perderam em desabamentos e explosões e quantos mineiros não ficaram permanentemente doentes por passarem anos inalando poeira tóxica? A automatização desse tipo de atividade é mais do que bem-vinda.

O caminho para encontrar seu lugar ao sol no mercado de trabalho — o de agora e o do futuro —, portanto, é a qualificação. Seja você o profissional que vai construir a nova tecnologia ou ser usuário dela. Isso passa por uma mudança de mentalidade tanto na educação básica quanto ao longo da nossa carreira. 

Nesse sentido, não existe mais “terminar os estudos”. O mundo ficou tão complexo que exige que nos atualizemos permanentemente. Os norte-americanos, que gostam de dar um nome para tudo, criaram também uma expressão para isso: lifelong learning, que seria uma espécie de eterno aprendiz, um profissional auto-motivado a sempre aprender mais, seja por meio de cursos formais, seja por outro tipo qualquer de experiência.

O termo pode até parecer sofisticado, mas seu conceito existe desde que o mundo é mundo. Pense em todos os inventores que tivemos e busque uma característica comum a todos eles e você vai encontrar uma curiosidade insaciável e uma busca permanente por novas soluções e jeitos inéditos de fazer as coisas. Leonardo da Vinci ficaria absolutamente fascinado com a tecnologia atual e jamais teria medo de perder seu emprego para ela.

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