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6 grandes empresas que não souberam inovar

6 grandes empresas que não souberam inovar

24 de março de 2022
6 minutos de leitura
time

Artigo atualizado em 24 de março de 2022

Não faça como as empresas que não souberam inovar, isso pode custar caro. 

No mundo pré-internet, aprimorar produtos ou serviços já existentes ou apenas identificar oportunidades complementares de negócio costumava bastar para uma empresa crescer e continuar ganhando espaço entre os consumidores.

Hoje, com o surgimento incessante de novas tecnologias e a rápida transformação dos ambientes de trabalho, é imprescindível que as companhias adotem estratégias de inovação corporativa se não quiserem se tornar obsoletas em alguns poucos anos.

Aliás, foi o que aconteceu com estas seis empresas listadas mais abaixo, que acabaram fechando as portas porque não foram capazes de inovar no tempo certo.

As gigantes da tecnologia que não acompanharam as inovações do seu tempo

Nokia, Motorola, Atari, Sega, Kodak e Compaq. O que essas empresas têm em comum? Todas são marcas conhecidas e tiveram imensa relevância durante o período em que atuaram, mas terminaram vendidas, faliram ou perderam grande fatia de mercado. 

Do mesmo modo, e assim como outros tantos negócios que tiveram o mesmo desfecho, essas cinco empresas falharam em executar um programa de inovação corporativa consistente e de acordo com as exigências da indústria da tecnologia.

Nokia

De origem finlandesa, a Nokia já foi líder global em vendas de celulares, tendo introduzido grandes sucessos como o Nokia 8110, Nokia 3110 e o Nokia 1100. Em 1998, a empresa apresentou o sistema operacional Symbian, que no início também deu muito certo.

O problema é que o sistema foi apresentando algumas falhas de segurança e outros defeitos que fizeram com que a Nokia fosse perdendo cada vez mais relevância. O Symbian ainda não acompanhou a evolução tecnológica dos aparelhos seguintes e era pouco amigável para o desenvolvimento de aplicativos.

A pá de cal veio com a estreia do iPhone, da Apple, sem teclado físico e com tela sensível ao toque. Em 2013, a Nokia finalmente vendeu sua divisão de celulares para a Microsoft.

Motorola

Assim como Nokia e BlackBerry (outra gigante da telefonia móvel), a Motorola brilhou no mercado de celulares, mas não conseguiu fazer frente à concorrência dos aparelhos e sistemas operacionais do final da década de 2000.

Em 2011, a companhia foi dividida em duas e, posteriormente, foi vendida para o Google e para a chinesa Lenovo.

Atari

A Atari foi fundada em 1972 e se tornou pioneira na criação de consoles domésticos. Lançado em 1977, o Atari 2600 virou o maior queridinho entre os jovens da época.

No entanto, a empresa não percebeu que o seu mercado estava saturado e continuou insistindo no mesmo videogame, até declarar falência em 1983. A Atari inclusive chegou a apressar o lançamento do jogo ET para o Natal de 1982 a fim de compensar prejuízos, mas o game era tão ruim que quase todas as cópias foram devolvidas pelos consumidores.

Em 1984, a Atari também foi dividida em duas e vendida diversas vezes, mas jamais conseguiu alcançar o brilho dos seus primeiros anos.

Sega

O auge da Sega foi nos anos 1980 e 1990, quando a empresa fazia sucesso com o Mega Drive e jogos como Sonic, o icônico porco-espinho azul supersônico.

A derrocada da Sega ocorreu na batalha contra o rival Super Nintendo, quando a companhia investiu em uma série de acessórios para turbinar o Mega Drive. Quando todos esses apetrechos fracassaram, a credibilidade da Sega ficou bastante abalada. A empresa ainda lançou outros dois consoles, mas nenhum deles vingou.  

Em 2001, a Sega anunciou que estava se retirando do ramo de fabricação de consoles.

Compaq

A Compaq foi uma das maiores produtoras de computadores pessoais nas décadas de 1980 e 1990. O início da empresa havia sido meteórico, entrando para a lista Fortune 500 em apenas quatro anos.

Em 2001, a bolha da internet bateu forte nos computadores potentes produzidos pela Compaq, que depois da crise passaram a ser preteridos pelas máquinas simples da Dell e HP, com preços mais acessíveis.

A Compaq acabou sendo comprada pela HP em 2002 por 25 bilhões de dólares.

Kodak

Provavelmente, este caso você já conhece por ter se tornado uma das marcas que se tornaram símbolo das empresas que não souberam inovar. Em 1970, a Kodak chegou a ser dona de 80% da venda de câmeras no mundo todo e era responsável por 90% do mercado de filmes fotográficos. Na mesma década, a empresa foi inventora de uma das tecnologias que revolucionou a maneira como lidamos com fotos e vídeos com a invenção da câmera digital.

Contudo, o receio de que a câmera digital prejudicasse a venda de filmes fotográficos fez com que a Kodak engavetasse um de seus projetos mais promissores naquele momento. O que aconteceu foi que duas décadas depois, as câmeras digitais surgiram com força com uma tecnologia ainda mais avançada capaz de armazenar as imagens em um cartão de memória com semicondutores. 

A empresa até tentou sobreviver, mas demorou longos anos para entrar no mercado digital e acabou caindo na obsolescência. A Kodak não se adaptou aos novos tempos e foi sufocada pela transformação digital, até que, em 2012, pediu falência e encerrou de forma devastadora o que poderia ter sido uma das grandes histórias de inovação.

O que a sua empresa pode aprender com esses exemplos

Nos dias de hoje, qualquer que seja o tamanho ou o segmento de uma empresa, ela sempre será desafiada por fatores externos, principalmente pelo surgimento de novas tecnologias e mudanças no comportamento dos consumidores.

Em seu livro Why Startups Fail, Tom Eisenmann, professor em Harvard, aponta que nove entre dez startups vão à falência. Inovar pode ser um processo arriscado, mas não inovar é mais ainda. As empresas que não inovam estagnam e se tornam vulneráveis. Se houver alguma disrupção na sua indústria, ela dificilmente sobreviverá.

Não entender a velocidade dos avanços tecnológicos e do crescimento exponencial foi um dos grandes pecados que as empresas que trouxemos nesta lista cometeram. Ainda que tenham sido inovadoras em algum ponto da história, os modelos de negócios permaneceram parados no tempo sem responder às mudanças que o mercado exigia. É justamente, por isso, que afirmamos que a inovação é um infinity game, uma vez que novas tecnologias surgem a todo momento e é extremamente necessário estar atento à elas. 

Um programa de inovação bem implantado e conduzido com estratégia gera inúmeros benefícios: ganho de competitividade, aumento de receita, processos internos mais organizados e até colaboradores mais satisfeitos e motivados.

Não fique para trás. Esperar para inovar pode custar caro.