Entenda como evitar o teatro da inovação corporativa!
Vivemos uma realidade em que algumas empresas estão mais preocupadas ...
O ano de 2020 começou com algumas más notícias para as startups unicórnio, que são aquelas empresas avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares. Primeiro, a Zume, empresa norte-americana que prometia automatizar a produção de pizzas e que recebeu 375 milhões de dólares em investimentos do Softbank em 2018, demitiu 80% da equipe. Depois, […]
Artigo atualizado 23 de janeiro de 2020
O ano de 2020 começou com algumas más notícias para as startups unicórnio, que são aquelas empresas avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares.
Primeiro, a Zume, empresa norte-americana que prometia automatizar a produção de pizzas e que recebeu 375 milhões de dólares em investimentos do Softbank em 2018, demitiu 80% da equipe.
Depois, a Rappi anunciou que o desligamento de 6% dos seus funcionários no Brasil. A justificativa da startup colombiana foi a necessidade de investir mais no time de tecnologia e experiência do usuário. A empresa ainda informou que tem planos de contratar pessoas para essas áreas.
No entanto, notícias como essas sempre trazem de volta a questão: será que estamos vivendo uma bolha de unicórnios?
Neste artigo, explicamos do que se trata essa tal bolha, cada vez mais comentada no mercado de startups, e contamos por que você deveria se preocupar com o assunto. Acompanhe!
Bolha de unicórnios é um termo que tem sido usado para descrever o momento atual, em que as chamadas startups unicórnio alcançam altíssimos valores de mercado.
Para entender melhor o que é a bolha de unicórnios, vale retomarmos o conceito de bolha econômica, também chamada de bolha financeira ou bolha especulativa. Ela ocorre quando o valor estimado de um ativo se distancia muito do valor intrínseco desse mesmo ativo.
Isso acontece, normalmente, quando o valor desse ativo é baseado em uma visão distorcida — por exemplo, otimista demais. O problema é que, muitas vezes, só se consegue identificar uma bolha depois que ela quebra ou estoura.
O nome desse animal mitológico foi usado pela primeira vez para descrever startups em 2013, em um artigo no sIte TechCruch, assinado pela investidora norte-americana Aileen Lee. Desde então, entre rodadas de investimentos de quantias enormes e IPOs fracassados, muito aconteceu.
Na época do artigo, um levantamento mostrou que haviam 39 empresas avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares. O número cresceu bastante: a versão mais recente do ranking de unicórnios feito pelo TechCrunch mostra que, atualmente, 476 empresas já se encaixam na categoria, a maioria localizadas nos Estados Unidos e na China. Juntas, elas somam 1,7 trilhão de dólares em valor de mercado.
A discussão sobre se existe ou não uma bolha de unicórnios ganhou espaço em 2019, quando algumas ofertas públicas iniciais (os famosos IPOs) de empresas altamente avaliadas acabaram dando errado.
O Uber, por exemplo, chegou a ser avaliado em 120 bilhões de dólares. Mas, semanas antes da abertura de capital, o valor de mercado já estava entre 80 e 91,5 bilhões de dólares. Semanas antes do Uber, o concorrente Lyft também viu seu valuation caindo.
Mas o caso mais emblemático ainda é o do WeWork. A empresa de escritórios compartilhados, que chegou a ser avaliada em 104 bilhões de dólares, tentou fazer seu IPO em outubro de 2019, mas a abertura acabou nunca acontecendo.
Isso porque, ao revelar números financeiros para investidores em potencial, acabou indicando prejuízos, um modelo de negócios que não foi provado e más práticas de governança por parte do CEO, Adam Neumann. O IPO foi adiado e a avaliação de mercado, nesse meio tempo, caiu para 10 bilhões.
Se, em outros tempos, como no final dos anos 1990, termos como bolha das empresas .com ganharam os noticiários, a bolha do momento é a das startups unicórnio.
Mas especialistas divergem quando o assunto é concluir se a bolha de unicórnios de fato existe. E apontam que uma diferença em relação às empresas .com é o fato de que as startups unicórnio já existem há mais tempo antes de entrarem no mercado, recebendo diversas rodadas de investimentos, em muitos casos.
Além disso, apontam que essas empresas só consumiam investimentos e demonstravam pouca perspectiva de lucro, deixando de lado as métricas tradicionais. Hoje, o mercado é diferente e maior: primeiro, é possível criar serviços na nuvem rapidamente. Segundo, o mercado consumidor é bem maior — quem não tem um smartphone, afinal.
O tema é importante para investidores que apostam nessas startups. Não é possível prever ser uma empresa terá sucesso ao estrear na bolsa, pois o mercado tem sua própria dinâmica. No entanto, é possível agir com cautela, observando se as empresas, embora não sejam lucrativas, estão maduras e solucionam uma necessidade real do mercado.
No relatório Corrida dos Unicórnios, feito pela central de inteligência do Distrito, o Dataminer, mapeamos em 2019 seis unicórnios brasileiros. Você sabe quais são? E quais startups têm chances de se tornarem os próximos? Baixe o estudo e descubra!
No levantamento, você também encontra:
E você, gostou de saber o que é a bolha de unicórnios? Acredita que ela existe? Compartilhe sua opinião com a gente nos comentários!
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