Pular para o conteúdo
VoltarVoltar
Como construir um processo de inovação na sua empresa

Como construir um processo de inovação na sua empresa

25 de agosto de 2020
7 minutos de leitura
time

Artigo atualizado em 25 de agosto de 2020

Você tem um processo de inovação bem definido na sua empresa? Se você está de acordo com a estatística, é provável que não. Isso porque uma pesquisa divulgada em julho de 2019 trouxe um dado preocupante para o Brasil: o país caiu duas posições no Índice Global de Inovação, o IGI, divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Dentre as 129 nações participantes, ficamos na 66ª posição.

O relatório mostra em números o que é possível ver no dia a dia de muitas empresas. Afinal, que inovar é necessário, a maioria dos negócios já sabe. O problema é que muitos não olham para a inovação como uma área que, assim como as outras, precisa de estratégia.

Para que traga resultados, a inovação deve ser vista como um processo desde o início. Caso contrário, os projetos podem ser aprovados com base em achismos, sem que se saiba se eles realmente funcionam.

O mais interessante da inovação é, aliás, conseguir transformar uma ideia em um projeto de sucesso. Mas, para isso, é preciso passar por um processo complexo. É sobre como fazer isso que vamos falar neste post.

Por que ter um processo de inovação

O processo de inovação é a estrutura que vai assegurar que o seu time de inovação tenha ideias e as implemente de forma bem-sucedida. Com o processo de inovação, você tem uma estratégia que ajuda a não desistir no meio do caminho

Em primeiro lugar, o processo ajuda a criar urgência. A inovação raramente é pensada como algo urgente nas empresas, que a veem como algo a ser feito no longo prazo. Tarefas imediatas chegam, e a inovação vai ficando para depois. Com um processo bem definido, no entanto, a inovação não é deixada de lado. 

O processo de inovação estruturado também aumenta a eficiência das ações, pois coloca a inovação como algo contínuo. Isso vai diferenciar a sua empresa daquelas que não levam o assunto a sério.

Com o processo estruturado de inovação, você também melhora a performance da empresa. Como é preciso seguir um passo a passo, você tem a oportunidade de melhorar as áreas problemáticas do seu modelo de negócio. Por exemplo, se a sua empresa é boa em implementação, mas não faz uma boa análise, então é preciso melhorar a capacidade analítica.

Cuidados ao implementar o processo de inovação

Antes de falarmos do passo a passo, vale comentarmos alguns cuidados que é importante ter durante a construção do processo de inovação.

Em primeiro lugar, se o processo de inovação for visto como algo do qual só os especialistas participam, pode ser que haja pouco engajamento dos colaboradores. Eles podem se sentir acanhados, já que vai parecer que é preciso ser especialista no tema para participar.

Há empresas pequenas que veem também a inovação como algo restrito a grandes companhias. Isso porque a inovação é muitas vezes definida como um processo complicado. Mas nem sempre é verdade. A inovação pode envolver pequenas e grandes mudanças, sendo aplicável a todos os negócios. 

Muitas vezes, também, a inovação é vista como um processo separado dos outros processos da empresa. Mas tudo deveria funcionar junto, com uma área dando suporte a outra. 

Por isso, quando for pensar em seu processo de inovação, procure abandonar essas ideias.

Dito isso, vamos para a parte prática. Confira abaixo as etapas do processo de inovação.

1. Geração de novas ideias

A primeira etapa é a geração de ideias. É aqui que você decide o conceito que quer desenvolver e apresenta os motivos pelos quais quer implementar uma ideia. Nessa etapa, é importante envolver os colaboradores, os clientes e o público em geral, para entender melhor o mercado e obter boas ideias . Além disso, também é uma oportunidade de olhar para a sua ideia por diferentes ângulos. 

Essa etapa pode começar a ser implementada com o trabalho de um gestor, que espalhe a palavra para os colaboradores. A empresa também pode promover treinamentos e outros incentivos para desenvolver a criatividade do time e ajudá-lo a perder o medo de sugerir ideias inovadoras. E lembre-se: não precisa ser necessariamente uma ideia criada do zero. Uma inovação também pode ser feita em um produto ou serviço que você já oferece, por exemplo. 

Você pode também dar um tempo livre do dia, por exemplo 1h, para os colaboradores focarem em suas ideias inovadoras. O Google, por exemplo, é conhecido pelos 20% de tempo livre que dá aos funcionários – equivalente a um dia por semana — para que se dediquem a projetos paralelos.

Quer ficar por dentro das principais notícias e tendências da inovação aberta? Assine as nossas newsletters!

2. Avaliação

Nem todas as ideias levantadas valem a pena ser implementadas. Por isso, é importante avaliar e selecionar as melhores. Esse processo deve ser feito com transparência e feedbacks claros. 

Para isso, uma ideia é reunir a equipe e apresentar as ideias, discutindo-as. A gestão deve auxiliar identificando as melhores oportunidades, dizendo se são realmente viáveis.

Se uma ideia não for considerada boa, é importante comunicar quem a sugeriu, explicando os motivos. Isso é importante porque, caso seja um colaborador, ele pode se sentir motivado a colaborar com ideias novamente. 

3. Experimentação

Em terceiro lugar, vem a experimentação. Aqui, a ideia será testada usando um protótipo. Isso é feito dentro de um mercado definido. Lembre-se de avaliar uma série de questões, como: o novo produto esta sendo aceito pelo cliente? O preço é aceitável? As pessoas gostam da inovação? 

Se a ideia é muito complexa, ou se não é o momento certo, então ela não deveria ser implementada. Pode ser que a experimentação gere novas ideias também. Por isso, dê tempo ao time para que faça experimentos e avalie os resultados da etapa de experimentação. 

É nessa etapa, também, que você pode se informar sobre como registrar a sua ideia.

4. Comercialização 

Aqui, você vai transformar o seu produto ou serviço em algo que pode ser melhorado, refinado e comercializado.

O seu principal trabalho nesta etapa é convencer o seu público de que a inovação é boa para ele. Para isso, é interessante explicar como a inovação será útil no seu dia a dia, quando deve ser usada, enfim, é preciso demonstrar os benefícios na prática. 

Para isso, use os dados obtidos nas etapas anteriores. Olhando para isso, as vantagens da sua inovação ficarão mais claras, e você não corre o risco de vender aquilo que não pode entregar.

E não deixe de lado a operação: este também é o momento de decidir qual o melhor fornecedor, os materiais que serão utilizados. É uma etapa que envolve tempo e dinheiro.

5. Acompanhamento da inovação

Por fim, vem o acompanhamento da inovação. Aqui, a empresa deve acompanhar a ideia que foi implementada. E, apesar de ser a última, o processo não acaba aqui, pois o acompanhamento precisa ser feito continuamente. Como é um ponto bastante estratégico, é importante que a diretoria e os gestores estejam envolvidos.

Mas como fazer na prática? Acompanhando as pessoas que estão usando a sua inovação. Peça feedbacks por email, formulários, redes sociais.

Além disso, crie indicadores que ajudem a medir se os resultados estão saindo conforme o esperado.

E, é claro, aproveite para usar os seus aprendizados na sua próxima inovação!

Os 3 pilares da inovação, segundo o Distrito

Agora que você já viu como construir um processo de inovação na sua empresa, tenha em mente que cada empresa encontra a melhor forma de desenvolver a sua própria jornada rumo à inovação.
Ao longo dos anos, nós do Distrito, fomos percebendo similaridades nas ações que muitos de nossos parceiros foram implementando dentro das organizações. Até que então mapeamos um comportamento que denominamos como os 03 pilares da Inovação Aberta Veja no infográfico abaixo

Infográfico os três pilares da inovação