Regtech: o que é e qual a relevância para o mercado?
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A inovação é uma das áreas mais importantes no que diz respeito à competitividade das empresas em todos os setores à curto e longo prazo, sobretudo, na nova economia. Ela vai muito além de apenas uma buzzword que muitos gurus amam espalhar por aí. Contudo, a grande questão é: para que ela serve e como […]
Artigo atualizado 27 de julho de 2022
A inovação é uma das áreas mais importantes no que diz respeito à competitividade das empresas em todos os setores à curto e longo prazo, sobretudo, na nova economia. Ela vai muito além de apenas uma buzzword que muitos gurus amam espalhar por aí.
Contudo, a grande questão é: para que ela serve e como colocá-la, de fato, em prática? Neste artigo, vamos iniciar essa discussão, mas saiba que ela continua para além do texto. Afinal, inovação é um jogo infinito.
Neste artigo, vamos abordar os seguintes temas:
Ao olhar para o significado do termo inovação temos: ação ou efeito de inovar; aquilo que é novo, coisa nova, novidade. A palavra tem origem no verbo latino innovare, que significa, em essência, renovar ou restaurar. No final das contas, o verbo manteve seu significado até hoje, remetendo a ideia de melhorar ou substituir algo, como um processo, produto ou serviço.
Quando pensamos no ambiente corporativo, a ideia é a mesma.
A inovação é um processo através do qual um domínio, produto ou serviço é renovado e atualizado pela aplicação de novos processos, introdução de novas técnicas ou estabelecimento de ideias bem-sucedidas para criar um novo valor.
A criação de valor é uma característica definidora da inovação.
Produtos e serviços que não se transformam ou se adaptam às novas tecnologias e tendências, tornam-se obsoletos rapidamente. Com tantas novidades no mercado, o consumidor tende a perder o interesse cada vez mais rápido, e a sua busca por coisas novas é contínua.
Dessa forma, a inovação no contexto de empresas deixa de ser um opcional e passa a ser uma obrigação. Porém, ainda há muitas dúvidas e incertezas sobre como iniciar uma jornada de inovação corporativa, quais os tipos de inovação e como garantir bons retornos.
Como mencionado anteriormente, conforme a velocidade que a tecnologia avança e novas tendências surgem a cada dia, a necessidade de acompanhar esse movimento e inovar na entrega de serviços ou produtos cresce junto.
Porém, indo um pouco além, a inovação não se resume apenas em desenvolver produtos ou serviços diferenciados, mas também é um caminho para digitalizar processos, facilitar a comunicação interna, repensar o modelo de negócio e até mesmo adotar uma cultura focada em inovar e transformar.
A inovação não é apenas uma vantagem para o consumidor, mas também traz grandes benefícios para os fundadores, colaboradores e a empresa no geral. São eles:
Existem diversas opções para que as organizações aumentem sua competitividade no mercado: podem trabalhar para liderar determinado setor ou desenvolver estratégias de diferenciação de produtos e serviços. Em ambos os casos, a inovação é essencial.
As empresas que optam pela liderança de um setor, por exemplo, devem garantir a competitividade no longo prazo, desenvolvendo processos, produtos e serviços altamente inovadores e eficientes. Nesse caso, a otimização de processos e a melhoria contínua em termos de custos são importantes para proporcionar às empresas escalabilidade.
Por outro lado, as companhias que buscam estratégias de diferenciação de mercado precisam da inovação para desenvolver características que sejam extremamente distintas de seus concorrentes e, ao mesmo tempo, ataquem dores latentes dos clientes.
Um dos grandes exemplos de inovação para um setor foi a chegada da startup Quinto Andar no mercado imobiliário, que mudou completamente a maneira de comercializar e alugar imóveis para sempre. Algo que, antes, poderia ser um processo desgastante e demorado, passou a ser oferecido aos clientes de forma que eles tomassem o controle da busca por um imóvel, escolhendo coisas como características ideais de um imóvel e filtrar suas buscas a partir disso e até mesmo definindo qual a melhor opção de garantia locatícia para a sua realidade. Com isso, as imobiliárias tradicionais precisaram correr atrás do prejuízo e melhorar o atendimento e a automatização de inúmeros processos que se tornaram obsoletos no atual momento.
Porém, a inovação é um jogo infinito e isso significa que ela está sempre em movimento, se acordo com o surgimento de novas tecnologias e, consequentemente, novas demandas de mercado. Para se manter à frente nesse jogo, as empresas precisam estruturar estratégias de inovação consistentes e possam evoluir conforme o contexto de mercado também muda.
Entender a importância de adotar uma jornada de inovação é o primeiro passo para iniciar a mudança, porém apenas a vontade de inovar não é o suficiente para que a mágica aconteça.
Vale salientar que todo esse processo só faz sentido se a empresa em sua totalidade estiver alinhada a esse objetivo. Nada adianta ter apenas um único setor ou time responsável pela transformação, ou se apenas este for um desejo da gestão. A inovação é feita de pessoas para pessoas, por tanto, a mentalidade precisa estar disseminada desde os C-levels até todos os colaboradores, sem exceção.
Existem algumas dicas que podem ajudar a garantir que todo esse processo resulte no principal objetivo, que é ser uma empresa com foco em inovação e transformação:
Ainda, a inovação demanda um alto nível de criatividade, com base em dados. O que isso significa? Muitas vezes as estratégias de inovação vão além da operação cotidiana da empresa. É preciso estar atento aos movimentos do mercado, quais tendências estão despontando e qual delas é relevante para o seu negócio.
Com isso, uma plataforma de inovação pode ser extremamente positiva para impulsionar a sua empresa rumo a um novo patamar.
Não existe apenas uma forma de inovar. Cada empresa está inserida em um contexto diferente e, dessa forma, há modus operandis diferentes para alcançar os mais diversos objetivos e resultados.
Antes de mais nada, o primeiro passo é entender quais oportunidades estão dispostas no horizonte do seu mercado e quais tecnologia podem ajudar a alavancar o seu negócio. Depois, mapear quais elementos podem ser disruptivos podem ser de grande impacto na sua indústria. Na sequência, compreender como a empresa permanecerá competitiva e entregando valor aos clientes no longo prazo. Por fim, levantar qual o papel da inovação na companhia hoje, tanto para o negócio quanto para as pessoas que o constroem.
Dado isso, é hora de traçar quais são os objetivos de inovação e quais são os principais passos que precisam ser trilhados. É importante entender qual modelo de inovação atender melhor o que se espera atingir. Alguns estudos e livros sobre inovação podem ajudar neste processo. Até o momento, as empresas, no geral, entendem que há quatro modelos diferentes de inovação: radical, incremental, disruptiva e aberta. Cada uma com foco, objetivo e atuação diferentes. Entenda cada uma delas:
Conceito criado pelo economista austríaco, Joseph Schumpeter em 1939, em seu livro Business Cycles, no qual ele aborda a diferença entre inovação incremental e radical.
A inovação radical, pode ser considerada uma das mais complexas. Pois, ao invés de inovar dentro de seu mercado, esse tipo de inovação visa expandir o próprio mercado e se aventurar em novos setores. Essa mudança acontece através da completa transformação de um produto e/ou serviço.
Assim como o nome já diz, essa transformação acontece radicalmente, quebrando o que já se conhece daquela empresa e trazendo uma ideia que seja realmente nova e única e que vá além de seu core business.
Apostar em algo totalmente novo visando um mercado que ainda não foi explorado pela empresa, pode ser um risco. Por isso, é extremamente importante que, antes de colocar o plano em execução, sejam realizadas análises do novo mercado, além de possuir um vasto portfólio de inovação, para evitar que o recurso financeiro seja apostado em apenas uma grande ideia.
A inovação incremental baseia-se na ideia de incrementar produtos e serviços já existentes, através de pequenas melhorias e atualizações. O intuito da empresa ao utilizar essa abordagem é manter ou melhorar a sua posição de mercado com essas pequenas novidades.
Como essa forma de inovar não demanda tanto capital e é menos arriscada, ela acaba se tornando mais comum no mercado. Porém, existe a possibilidade da empresa adotar tanto a inovação radical quanto a incremental ao mesmo tempo. Ou até mesmo, traçar uma estratégia de inovação radical, e ir realizando alterações e upgrades no produto.
Um exemplo que todos conhecemos é o Gmail, que inicialmente oferecia apenas o serviço de e-mail, porém conforme o tempo foi passando, mais recursos foram sendo disponibilizados, como a agenda interativa, o seu próprio drive e até recursos para realizar reuniões.
O termo inovação disruptiva surgiu há mais de 30 anos com um professor de Administração na Harvard Business School chamado Clayton Christensen, muito conhecido por estudar inovação. Essa estratégia de inovação trata-se da transformação de uma tecnologia, produto ou serviço por uma solução que agrega mais valor, só que mais acessível ou conveniente.
A inovação disruptiva, quando bem sucedida, é capaz de provocar mudanças profundas na forma como o público consome um determinado mercado, podendo até tornar as soluções já conhecidas obsoletas. Exemplo disso, é o Quinto Andar, como mencionamos anteriormente.
É muito comum vermos novas empresas de tecnologia utilizando esse tipo de abordagem. Que, ao enxergar uma possibilidade de inovação ou a necessidade de uma solução mais prática para o público, investe em avanço, pesquisa e tecnologia para oferecer ao mercado um produto altamente necessário e completamente diferente de tudo o que existe até então.
Empresas fortemente conhecidas, como a Netflix, Uber e Spotify, desbancaram mercados e cresceram através de novas propostas de tecnologias e soluções inovadoras, disruptivas e mais acessíveis, que hoje se tornaram grandes referências, cada uma em seu campo de atuação.
Ultimamente, muito se fala sobre a inovação aberta dentro das grandes empresas, porém esse termo surgiu em 2003, cunhado por Henry Chesbrought em seu livro “Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology”.
Essa estratégia tem o objetivo de compartilhar os processos de inovação entre os colaboradores, clientes, fornecedores e até mesmo outras empresas. Essa inovação rompe com o medo de compartilhar informações e experiências com a concorrência, mas propõe trocas saudáveis e benéficas a todos os envolvidos nessa interação. É nesse momento que os ecossistemas de inovação ganham relevância. Afinal, são eles os responsáveis pela criação de ambientes propícios ao desenvolvimento tecnológico e científico em prol do avanço.
A abordagem funciona como uma via de mão dupla, em que as empresas envolvidas podem aproveitar-se do conhecimento compartilhado, economizando tempo e dinheiro para desenvolver produtos e serviços.
Essa inovação já mostrou seu valor no mercado e seus benefícios já são amplamente conhecidos:
Mesmo sabendo sobre o papel que a inovação desempenha hoje em dia, muitos ainda temem investir na mudança, pois, há grande apego a modelos tradicionais ou há o medo de aplicar recursos em algo que fuja da zona de conforto.
Porém, o preço por continuar no tradicional pode sair bem mais caro, uma vez que, com novas empresas e tecnologias surgindo a cada dia e mercados inteiros sendo transformados por conta de soluções inovadoras, optar por não aderir a um processo de inovação pode ser um tiro no pé de qualquer empresário. Existem diversos exemplos de grandes empresas que não souberam inovar e caíram no esquecimento (lê-se: falência), como a Kodak, Nokia, Atari, Motorola e muitas outras.
Segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), para uma empresa garantir seu crescimento e tornar-se competitiva para o mercado brasileiro, é necessário investir, no mínimo, 2% de seu PIB na área de P&D (pesquisa e desenvolvimento). Porém, no Brasil esse investimento ainda é de 0,5% do PIB, o que ilustra o conservadorismo na hora de inovar.
Nesse caso, vale destacar todos os benefícios de se tornar uma empresa com foco em inovação, entendendo que, por mais que esse investimento possa ser a longo prazo, o preço a se pagar por ir perdendo relevância no mercado é, sem dúvidas, muito maior.
Para compreender como os investimentos digitais estão repercutindo nas empresas, o primeiro passo é que elas adotem métricas para mensurar o impacto e o sucesso da inovação. Nesse sentido, o Return on Digital Investments (RODI) é a principal medida utilizada.
Em um estudo realizado pela EY-Parthenon em 2020, apenas 23% dos executivos afirmaram realizar o cálculo em suas companhias, comparado a 2022 em que 41% dos respondentes declararam calcular o RODI. Além disso, foi reportada a expectativa de um RODI médio de 7,6% para 2022, revelando um resultado positivo se comparado com o valor médio de 4,4% em 2021.
Já por outra ótica, muitos ainda se deparam com dificuldades para entender com assertividade como os gastos em tecnologias digitais estão se dando dentro de suas empresas.
Quase três quintos dos executivos entrevistados não são capazes de dizer quanto foi investido no último ano, além de não terem registrado o impacto nas áreas que se beneficiaram do esforço em questão.
Nesse contexto, executivos não são capazes de entender quando estão realizando investimentos ótimos e mesmo que estejam não é possível a compreensão das razões daquele sucesso.
É evidente que um passo ainda mais importante que a mensuração dos impactos é a realização de investimentos de maneira ponderada e perspicaz. Sob esses moldes, os executivos apontam que os investimentos inorgânicos – Parcerias, Corporate Venture Capital (CVC) e Fusões e Aquisições (M&A) – são a alternativa preferida (55%) frente a investimentos orgânicos, que são referentes ao crescimento decorrente das atividades do dia a dia da empresa.
Os executivos que participaram do estudo recomendam algumas práticas com base em seu aprendizado e experiênca:
Para saber mais, acesse nosso artigo ‘Como sua estratégia de investimento em inovação pode alcançar retornos mais altos?‘.
Uma das formas de garantir que a inovação esteja presente em todos os setores da empresa, sem exceção, é através da implementação da cultura de experimentação. Algo muito presente em agências, porém que pode ser aplicada em diferentes tipos de empresas.
A implementação dessa cultura precisa abranger todos os times da empresa, e ela baseia-se na experimentação de novas ideias – o que incentiva a criatividade dentro da empresa e promove a aceitação de erros, com uma resposta rápida para mudar o que não estiver em pleno funcionamento – através de processos criados para testar cada uma delas. Tais processos passam por uma hipótese, uma observação, mensuração e aprendizado.
Além disso, é importante que todos os envolvidos estejam preparados para falhar e acumular conhecimentos trazidos pelos erros. Ao passo que uma grande quantidade de ideias são testadas e colocadas em prática, é natural que muitas delas fracassem, sendo esse um dos principais pontos dessa cultura: testar rápido, falhar rápido, aprender rápido.
Grandes nomes como Netflix e Amazon colocam esse conceito em prática há anos, e o tamanho dessas empresas mostra o quanto promover uma cultura aberta à ideia, onde todos os colaboradores são bem-vindos a compartilhar insights e testá-los dá muito certo!
Além de entender como aplicar a inovação na prática, é fundamental ter mente que nem tudo que ouvimos e lemos por aí é verdade. Existe muita especulação acerca do assunto inovação, muitos acreditam em afirmações que já se provaram serem apenas mitos. Descubra alguns deles:
Uma das formas de inovar é utilizando a tecnologia e a transformação digital, mas isso não quer dizer que esse seja o único jeito.
Inovar é trazer soluções novas que resolvam dores da forma mais prática e acessível possível, existem inúmeras maneiras de fazer isso. Apenas no Brasil, há quase 40 milhões de pessoas sem acesso à internet, segundo dados do IBGE de 2019. Quando o foco é apenas em tecnologia, quase 40 milhões de pessoas são deixadas de fora de sua solução e, a depender do seu mercado e objetivos de negócio, alcançar essas pessoas pode ser crucial para o sucesso.
Um produto ou serviço novo não é necessariamente um produto ou serviço inovador. A inovação não se baseia apenas na entrega de um novo produto, mas sim em uma cultura empresarial presente em toda a organização.
Muito além do produto, é importante também incentivar essa mentalidade entre os colaboradores e os times que compõem a empresa, e deixar de lado tudo que seja obsoleto e não tenha relevância para o alcance de resultados do negócio.
Não necessariamente. A criatividade impulsiona a inovação, isso é fato. Mas a criatividade sem uma cultura de experimentação implementada, sem gestores que estejam dispostos a ouvir novas ideias e sem um processo para testar essas ideias, nada vale e é insuficiente para colocar em prática o que é preciso para crescer.
Qualquer empresa de qualquer tamanho tem a capacidade de inovar. Pode parecer que esse processo é apenas para grandes empresas e startups – que já nascem com a mentalidade inovadora – porém, qualquer empresa que tenha o foco no cliente e entenda suas necessidades, vai procurar novas soluções, novos modelos de negócios e novas formas de entregar valor, independente do seu tamanho.
Se pensarmos que o principal meio para iniciar uma jornada de inovação é em si uma mudança de mentalidade onde todos os colaboradores tenham liberdade para expor suas ideias e opiniões, então a inovação não depende tanto do capital. Claro que, algumas soluções exigem maior investimento, porém pequenas mudanças nos processos, a disseminação da cultura de inovação e estar aberto a testar novas ideias já é, em si, um caminho para inovar.
Assim, é indispensável entender que a inovação, nos dias de hoje, é uma necessidade para toda empresa que queira se manter relevante no mercado. Portanto, aplicar uma cultura de inovação, incentivar o compartilhamento de ideias e fugir dos muitos mitos é de suma importância.
Uma outra forma de garantir que a sua empresa consiga trilhar uma jornada de inovação certeira, é investindo em conhecimento e aprendizado sobre o que há de mais novo no mercado. E, mais uma vez, a inovação é um jogo infinito.
Com a plataforma do Distrito, você pode ter sempre à mão tudo o que mais precisa para praticar a inovação todos os dias, desde movimentos importantes do mercado, até ferramentas para utilização cotidiana da corporação.
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