O que é a inteligência artificial generativa?
A inteligência artificial (AI) está cada vez mais presente em nosso ...
Fundada em Curitiba, em 2004, a então Hi Technologies (que passou por um rebranding e mudou para Hilab recentemente) é uma healthtech referência quanto a testes laboratoriais remotos com valores abaixo do mercado. A startup já participou de diversos estudos produzidos pelo Distrito Dataminer, que acompanha mensalmente o setor de saúde por meio do Inside […]
Artigo atualizado 5 de janeiro de 2021
Fundada em Curitiba, em 2004, a então Hi Technologies (que passou por um rebranding e mudou para Hilab recentemente) é uma healthtech referência quanto a testes laboratoriais remotos com valores abaixo do mercado.
A startup já participou de diversos estudos produzidos pelo Distrito Dataminer, que acompanha mensalmente o setor de saúde por meio do Inside Healthtech Report. Em 2020, o Hilab conquistou o tão sonhado break even ou ponto de equilíbrio – que é quando o custo total e a receita total são iguais.
Além disso, em fevereiro do ano passado, um mês antes da quarentena ser implementada no país, o Hilab concluiu a captação de um investimento de US$ 10 milhões. Com a rodada, a Península, gestora do empresário Abílio Diniz, e a Endeavor Catalyst passaram a integrar o quadro de acionistas da empresa.
As 20 opções de testes são ofertadas por meio de um dispositivo que é oferecido em comodato para parceiros como redes farmacêuticas e estes definem um combo com os exames de preferência – desse modo, cada parceiro pode “personalizar” o modelo de negócio.
A informação do exame é enviada para o laboratório clínico da Hilab que, então, faz a análise do resultado e devolve via email ou celular para o paciente em até 30 minutos.
Somente no ano de 2020, já foram feitos mais de 2 milhões de testes – com um crescimento de 50x em número de pacientes. No caso da Covid-19, como um exame sorológico demora normalmente 24h e a solução da startup tem um resultado em 30 minutos, é possível dizer que o dispositivo economizou mais de 2682 anos de tempo dos pacientes.
Este mês, a startup anunciou o seu mais novo dispositivo: o Hilab Molecular, que é um equipamento que realiza técnicas como PCR e outras, sendo capaz de detectar o coronavírus ainda nos primeiros dias de infecção.
Em entrevista exclusiva ao estudo mensal Inside Healthtech do Distrito, Marcos Figueiredo, CEO do Hilab, contou como a startup está buscando democratizar o acesso à saúde no Brasil.
Como o Hilab planeja fazer uma disrupção no setor da saúde? E quais os principais desafios que pretendem enfrentar?
Nós estamos buscando democratizar o acesso a diagnóstico via telemedicina, a disrupção que buscamos é em todo mundo ter o acesso a um exame rápido e de qualidade. Que esse dado esteja disponível de forma limpa e segura para que os médicos e gestores públicos e privados consigam analisar a saúde populacional como um todo e não só o indivíduo. Esse é o principal desafio que estamos enfrentando, o acesso da população toda.
Como o produto de vocês conflita com a atual configuração do sistema de saúde?
A gente enxerga que existe uma complementaridade do nosso serviço com a atual configuração do sistema de saúde. O sistema atual ainda depende muito de hospital e estruturas físicas grandes para poder trazer diagnóstico e tratamento para o paciente. Nós estamos tentando ajudar nesse problema, descentralizando o diagnóstico para que esteja disponível em todos os lugares sem precisar de grandes estruturas físicas, além de usar a digitalização e centralização de dados para tomadas de decisão e intervenções mais rápidas e efetivas.
Atualmente o Hilab atua principalmente em um modelo B2B2C. Por que escolheram esse modelo de negócios e não diretamente para o consumidor (B2C)?
O Hilab é um laboratório de análises clínicas que usa a tecnologia como aliada na hora de realizar a análise do exame. Nós enxergamos que, hoje, o Brasil já tem uma quantidade de locais de saúde que pode atender a maior parte da população – aliando esses locais e os profissionais que já trabalham neles com a telemedicina diagnóstica você empodera os profissionais de saúde e possibilita que esses locais se tornem mais eficazes na solução de problemas de saúde. O modelo B2B2C facilita ter parcerias para disponibilizar nossa tecnologia de forma mais rápida para mais pessoas e também entender a jornada do paciente para entregar a melhor experiência possível. Optamos fazer o modelo B2B2C pois somente desta maneira conseguiríamos de fato estar em todos os lugares para atender ao maior número de pessoas com um preço acessível e assim ajudar na democratização ao acesso à saúde.
Vocês que atuam em todos os estados brasileiros, percebem diferenças de hábito na população quanto ao uso do Hilab?
Durante o cadastro para a realização de um exame, um questionário é aplicado. Este questionário nos auxilia na hora de laudar o exame e também na geração de dados epidemiológicos, já que somos também uma plataforma que gera dados em tempo real.
Os principais dados identificados este ano relacionados ao teste da covid-19 foram nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, que apresentaram as maiores proporções de fatores de risco, principalmente ser fumante e trabalhar de forma presencial. O Sul teve a maior proporção de pessoas que não utilizam máscara ao sair de casa (6.50%).
Foram fatores de risco significativos o uso de transporte público (13%), o trabalho presencial (13%) e ter uma profissão considerada de risco (profissional da saúde, atendente de supermercado, equipe de limpeza, etc), que aumentou em 28% o risco de teste reagente.
Outra diferença de hábitos está relacionada às doenças sazonais, como a dengue. Em alguns estados, como por exemplo em Minas Gerais e no interior do Paraná, o aumento do número de exames é muito significativo.
O produto de vocês tem o certificado do FDA. Um dos objetivos é atuar nos EUA?
Sim, a internacionalização do Hilab está entre os próximos passos que pretendemos dar. Esse ano, pudemos concretizar um dos grandes objetivos da empresa: a democratização do acesso à saúde. A pandemia ampliou as verticais de atuação, ou seja, o Hilab realizou exames em diferentes locais, como Av. Paulista, comunidades de São Paulo, Rocinha, aldeias indígenas, entre outros. Acreditamos que seria incrível realizar exames na 5th avenue, por exemplo.
O Inside HealthTech surgiu para prover mais inteligência para tomada de decisão. Aqui você irá encontrar, mensalmente, análises sobre quantas rodadas de investimento aconteceram no setor, as principais movimentações e tendências na área de tecnologia voltadas para a Saúde e quais startups estão dominando este meio. Assim, você fica por dentro de tudo o que está acontecendo no mercado de HealthTech no Brasil.
A inteligência artificial (AI) está cada vez mais presente em nosso ...
Com o mercado cada vez mais competitivo, é natural surgirem novas tec ...
Antes de iniciar um novo negócio, todo empresário e empreendedor dev ...
A tecnologia e saúde são áreas que devem sempre andar juntas, afinal, ambas dependem da ciência e são favorecidas diretamente pelos ava ...
Com o objetivo de oferecer um produto sustentável e que não ofereça riscos à saúde das pessoas e ao planeta, surgiu a startup Nua. ...
Completamente adepta de tecnologia para impulsionar modelo de negócio, startup Alice promove mudanças no setor de healthtechs ...