Pular para o conteúdo
VoltarVoltar
Inovação em tempos de crise: inovar pela dor ou pelo amor?

Inovação em tempos de crise: inovar pela dor ou pelo amor?

21 de abril de 2020
3 minutos de leitura
time

Artigo atualizado em 21 de abril de 2020

Este texto foi escrito por Luiz Gustavo Comeli, Regional Manager do Distrito, e responsável por gerir o Distrito Spark CWB sendo uma das principais referências do ecossistema de inovação de Curitiba.

Inove por amor ou pela dor, você já ouviu algo parecido? O ano de 2020 começou intenso para quem trabalha com inovação, com diversas parcerias, eventos e ações estratégicas sendo elaboradas para o Distrito Spark CWB, localizado em Curitiba. Isso foi o que escrevi lá no início do ano.

Agora, 2 meses depois, retorno para dizer que, apesar do “meteoro” chamado COVID-19, nada mudou em relação a intensidade deste ano, pelo contrário, do lado de cá da inovação as coisas cresceram e bastante. E de repente a crise trouxe a urgência por inovar e fazer diferente.

Claro que não podemos negar os fatos e as consequências negativas deste impacto, mas quero aqui tentar enxergar o copo meio cheio disso tudo. Passado a primeira reação onde o desafio era colocar colaboradores em home office e garantir minimamente o funcionamento dos negócios, veio a necessidade de pensar em outras medidas de curto e médio prazo.

Agora é o momento de projetar nesse cenário a manutenção de contratos com clientes, colaboradores e principalmente ampliar (e transformar) o negócio. Esse é o grande desafio dos líderes, independente do porte, região ou segmento dessas corporações.

Devemos agir ou ficar parados em momentos de crise?

Olhando para tudo isso a partir da cena do ecossistema curitibano, percebo claramente dois comportamentos distintos:

  • Aqueles que aproveitaram para dar velocidade aos seus projetos
  • Aqueles que optaram por responder minimamente e esperar pra ver o que vai acontecer.

Não tem certo ou errado, tem mais risco e menos riscos. A primeira reação do indivíduo quando ameaçado, em geral, é de se fechar, retrair e avaliar. Mas, sabe que logo deve agir, caso contrário ficará pelo caminho.

Empresas e líderes que estavam “surfando” na vibe da inovação, com PPTs lindos, ações superficiais, escritórios moderninhos viram ruir seus discursos quando não tinham computador para seus colaboradores trabalhar em casa, nem acesso aos sistemas internos, porque em algum momento deixou de pensar em soluções cloud para seus projetos, por exemplo. Muitos preferiram móveis novos, paredes coloridas e muito post-it.

Agora, um bombardeio de campanhas, lives, análises de cenário, sobre tudo que está acontecendo, é um reflexo do desespero para mostrar relevância, tentando provar o valor de suas marcas, produtos e serviços.

Para inovar, mude as suas perspectivas e visão

A parte cheia do copo é que muitas empresas estão ganhando terreno e se ajustando para passar por esse momento e sair mais forte ali na frente. Outro ponto positivo é que algumas empresas tradicionais mantiveram e até aceleraram seus projetos de transformação digital, mesmo que ainda lentos nas decisões ou só buscando ferramentas e forçando indiretamente uma nova cultura nas suas fileiras.

Ao se ver acuado por consequência de uma variável que não estava no seu quadro SWOT, o mercado busca reagir. Inovar continua, agora mais do que nunca, o caminho. Agilidade, modelos horizontais de decisão e líderes arrojados serão características das empresas que sairão fortes deste período. Estes, inovam ou irão inovar pelo amor. Para os demais, é a dor que vai dar o recado sobre porque inovar já é, de muito tempo, a regra!!