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MVP: o que é e como aplicar sua estratégia

MVP: o que é e como aplicar sua estratégia

4 de agosto de 2024
10 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 4 de agosto de 2024

Toda startup ou empreendedor se propõe a apresentar uma solução inovadora capaz de resolver um problema eficientemente. Mas, será que ela funciona mesmo? Para ter certeza disso, nada melhor do que usar um Minimum Viable Product, ou, MVP.

Basicamente, um MVP é uma versão de um produto ou serviço de um negócio que permite que ele teste todos os seus diferenciais, canais de distribuição, percepção do público e, inclusive, se existe uma clientela e demanda para ele.

Ou seja, é um processo muito estratégico que merece a devida atenção. Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo para que você entenda tudo sobre esse assunto!

  • Confira o que vamos abordar por aqui:
  • O que é um MVP?
  • Como estabelecer hipóteses para o MVP
  • Como trabalhar com os feedbacks dos clientes
  • Por que fazer um MVP é importante?
  • Quais são as vantagens do MVP?
  • Exemplos de MVPs de sucesso

 

O que é Minimum Viable Product, o MVP?

O MVP, ou Mínimo Produto Viável, é uma versão inicial de um produto que contém apenas as funcionalidades essenciais para funcionar e ser lançado ao mercado.

Ele permite coletar dados importantes e possibilita a identificação dos pontos de melhorias que devem ser trabalhados. Ou seja, permite a validação do conhecimento sobre os consumidores e sua reação sobre os diferenciais do produto, seja ela qualitativa ou quantitativa.

O objetivo dessa estratégia é minimizar o tempo de aprimoramento do produto até a versão final e aumentar as chances de criar uma solução realmente valiosa para as pessoas.

Portanto, quando o empreendedor cria um MVP, a ideia é testar a reação do público, os canais de divulgação que geram interesse e avaliar a aderência às ferramentas, e não necessariamente gerar milhares de vendas no primeiro momento.

Como estabelecer hipóteses para o MVP

De modo geral, um MVP pode ser concebido em seis etapas essenciais. Conheça quais são elas:

1. Defina o problema a ser solucionado

Todos os produtos, independentemente do ramo da empresa, precisam solucionar algum problema importante ou relevante para o público.

Assim, os clientes estarão dispostos a pagar pela solução. Ademais, não basta que o criador veja o produto como perfeito; é necessário que ele atenda às necessidades e seja ideal na percepção do público-alvo, não é mesmo?

Leia também: O que é Design Thinking, abordagem para resolver problemas focando nas necessidades do usuário.

2. Crie uma solução simplificada

Sabemos como é tentador adicionar inúmeras funcionalidades e diferenciais a um novo produto. No entanto, para um MVP, é preferível optar por soluções mais simples.

Se o produto for muito completo, além de consumir tempo e recursos, muitas vezes o deixaremos caro demais para que as pessoas, ao menos, o testem.

Com uma solução básica que resolve o problema definido, as chances de sucesso são muito maiores, e se pode melhorar os produtos com o tempo.

3. Categorize suas funcionalidades

Conforme visto no tópico anterior, soluções mais simples são preferíveis. Mas, para escolher as funcionalidades que ficam e as que serão excluídas, pode ser confuso.

Por isso, em terceiro lugar, crie categorias para as funções do seu MVP. Liste as funcionalidades que:

  • Precisam ter;
  • deveriam ter;
  • podem vir a ter;
  • não precisam ter.

4. Não busque por eficiência neste momento

Inovações bem-sucedidas precisam ser eficientes e escaláveis. Porém, seu MVP é uma versão de teste, portanto, sua função primordial é verificar se seu produto é desejado pelo público.

Após as melhorias do item e a confirmação do público, é possível criar um processo eficiente para seu desenvolvimento.

Leia também: Inovação descentralizada: o que é e como implementar na empresa.

5. Maximize seu aprendizado com hipóteses

O MVP não é o produto final e, sim, seu meio para chegar até ele. Por isso, crie hipóteses, faça testes e tente aprender o máximo possível com o feedback dos clientes.

Criar essas possibilidades e situações para avaliar a reação dos seus potenciais clientes te ajudará a criar um ciclo de melhorias muito eficaz.

6. Mude de direção ou coloque sua versão final no mercado

Por fim, feito todos os passos anteriores, você já consegue analisar os feedbacks dos clientes para tomar decisões importantes sobre o seu MVP.

Esse é o momento de decidir se você irá alterar a abordagem da sua criação, ou se lançará o item no mercado.

Como trabalhar com os feedbacks dos clientes?

Como você viu, uma das etapas mais fundamentais da estratégia do MVP é maximizar o aprendizado a partir das hipóteses e entender como os clientes respondem a cada uma delas.

É preciso organizar esse processo de forma lógica, definindo quais características do MVP serão testadas, qual grupo participará da avaliação e, por fim, como coletaremos os feedbacks.

Podemos utilizar pesquisas quantitativas, qualitativas ou entrevistas, entre outras opções possíveis, e cada método será mais eficaz dependendo da avaliação e do MVP. Entenda brevemente cada uma delas:

  • Quantitativa: coleta dados que podem ser traduzidos para números, para que assim possam ser analisados posteriormente;
  • Qualitativa: são coletadas informações mais subjetivas, como a opinião sobre um produto;
  • Entrevista: é uma coleta de dados subjetivos para a realização de pesquisas qualitativas posteriores.

Exemplo

Por exemplo, se a ideia é avaliar a percepção sobre o uso de um Software as a Service (SaaS), fazer conferências ou ligações regulares para apurar a opinião do cliente será mais eficaz do que um questionário quantitativo.

Mas, se a ideia é avaliar a opinião sobre o preço de um novo serviço, o momento da experiência é o ideal e pode ser apurado com uma pergunta objetiva sobre o valor proposto.

É possível identificar perfis de consumidores durante o teste de MVP?

Sim! Durante o processo de teste e coleta de feedbacks dos clientes, é possível identificar alguns perfis de consumidores.

Vale ressaltar que à medida que as melhorias vão sendo incorporadas no modelo, a proporção entre elas também vai mudando.

As mais comuns são:

  • O consumidor satisfeito, que vai se apaixonar pela proposta do MVP e não sugerir nenhuma mudança;
  • O consumidor indeciso, que gostaria de ver algumas melhorias no MVP e, por isso, contribuirá com novas hipóteses e sugestões de melhorias do produto;
  • O consumidor confuso, que não entenderá a solução oferecida no primeiro momento e, mesmo após ter suas funcionalidades explicadas, ainda ficará na dúvida se o item é válido para ele;
  • O consumidor que não se interessa, de forma alguma, pelo MVP do seu produto.
  • Um número baixo de consumidores satisfeitos não necessariamente indica que sua ideia é ruim; muitas vezes, o público-alvo escolhido não representa fielmente os consumidores do seu futuro produto.

Na prática, durante as melhorias no MVP, o esperado é que os números de consumidores indecisos, confusos e que não se interessam diminuam enquanto os satisfeitos aumentam. O mais importante, em todos os casos, é definir um público específico e, de fato, usar as respostas deles para a melhoria do produto.

Por que fazer um MVP é importante?

O MVP é um fator determinante na personalização do projeto para as necessidades do cliente e na avaliação do ROI, o retorno sobre o investimento.

Ou seja, caso o item não tenha valor para o público-alvo, mesmo após as melhorias, o MVP indica que não é recomendado seguir com o investimento. Afinal, serão recursos financeiros gastos que podem não ser recuperados.

Quais são as vantagens de fazer um MVP?

Aplicar a estratégia do MVP pode ser muito benéfico para a empresa. Veja as principais vantagens:

  • Redução de riscos e custos;
  • Feedback dos clientes que ajudam a otimizar os produtos;
  • As empresas conseguem entrar no mercado e gerar receita mais rapidamente;
  • O aprendizado é rápido, ou seja, é possível entender o que funciona e o que não funciona no mercado de forma mais rápida;
  • MVPs bem-sucedidos atraem mais investidores para o negócio.

Leia também: o que é inovação aberta e inovação fechada

Exemplos de MVPs de sucesso

Diversas empresas que fazem parte do cotidiano de muitas pessoas já mostraram a importância dos MVPs ao contarem suas histórias. Selecionamos duas delas para que te inspire. Dê uma olhada:

Dropbox

Entre esses casos de sucesso, podemos citar o Dropbox, uma solução que precisaria de muitos recursos financeiros e horas de desenvolvimento só para montar um MVP para teste entre os usuários.

Em vez disso, seu fundador, Drew Houston, criou um vídeo simples que explicava como o software iria funcionar. O resultado foi uma resposta de milhares de interessados questionando outras funcionalidades e demonstrando seu interesse pela ferramenta.

Com esse feedback dos futuros usuários, o Dropbox nasceu ainda mais personalizado e seguindo as necessidades de seu público-alvo.

Zappos

A história e estratégia do MVP do Zappos, e-commerce de calçados, é conhecida como Flintstoning, uma alusão ao desenho que se passava na Idade Pré-Histórica. Assim como no desenho, a parte externa do carro dirigido pelos personagens era igual a um veículo atual, mas, na verdade, era movimentado pelo próprio esforço dos passageiros.

De forma similar, é isso que alguns modelos de MVP fazem: aparentemente, parecem bem estruturados, mas todas as suas funcionalidades rodam de maneira quase braçal até que façam sentido serem incorporadas no produto final. Por exemplo, foi o que o dono da Zappos, Nick Swinmurn, fez quando decidiu fotografar alguns de seus pares de calçados da loja física e anunciar na internet em uma época em que o e-commerce era pouco explorado.

A princípio, a ideia era que o público teria resistência de comprar os produtos sem testar, mas, em vez disso, o MVP mostrou que ele deveria investir ainda mais no canal. O resultado foi que o sucesso foi tão grande que mais tarde a Zappos foi vendida para a Amazon por US$1,2 bilhões.

Dessa forma, percebe como um processo bem mapeado e executado pode ser a diferença entre o fracasso e o sucesso de uma startup? Com um MVP é possível buscar resultados de forma mais eficiente, além disso, fazer parte de uma comunidade de startups pode potencializar seus conhecimentos. Esperamos que tenha gostado do texto!

Conclusão

Agora que você já sabe que investir em um MVP é uma estratégia inteligente para startups e empreendedores que desejam validar suas ideias de negócio de maneira eficiente e com menor risco!

Aliás, se você está buscando mais insights sobre como aplicar práticas inovadoras e metodologias disruptivas para escalar seu negócio, não deixe de conferir o Mapa da Inovação Corporativa do Distrito.

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