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Inovação aberta e fechada: qual a diferença?

Inovação aberta e fechada: qual a diferença?

28 de outubro de 2022
6 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 28 de outubro de 2022

O conceito de inovação aberta (open innovation, em inglês) surgiu em 2003 e, desde então, o debate gira em torno de uma suposta oposição entre inovação aberta e fechada. Mas será que são mesmo conceitos antagônicos? Diferentemente do que se poderia pensar, não se trata de ter que escolher entre uma ou outra. É possível — e até mesmo desejável — que ambas se complementem.

Com isso, trouxemos neste artigo mais detalhes sobre as diferenças entre as duas abordagens e as vantagens que a inovação aberta oferece. Para saber mais, continue a leitura e aproveite!

O que é inovação aberta e fechada?

A inovação aberta e fechada são duas formas que visam promover a inovação dentro de uma empresa, a aberta conta com a expertise de outras empresas, formando uma parceira. Já a fechada que utiliza os seus próprios recursos. Dessa maneira, entender a diferença entre as duas é uma passo essencial para inovar na sua empresa!

Além disso, esse processo de inovação passa por uma série de ideias para desenvolver um projeto na empresa, a fim de ser testado e difundido. Com isso, a empresa pode escolher uma dessas formas, ou até mesmo trazer ideias tanto de dentro quanto de fora, juntando a inovação aberta e fechada.

Inovação: o que é, como fazer e como alcançar melhores resultados.

Quais são as principais diferenças entre inovação aberta e fechada?

O modelo de inovação fechada é o modelo tradicional, onde a empresa visa inovar com seus próprios recursos. Isso significa conduzir o processo do começo ao fim: ter sua própria equipe de pesquisa e desenvolvimento, escalar um time para o projeto e, por fim, promover, comercializar e promover o produto.

Todos os processos são realizados internamente e de maneira discreta, não compartilhando nenhuma informação até que esteja de fato pronto todo o planejamento. As vantagens da inovação fechada é que a empresa consegue ter sigilo de informações e detenção do conhecimento apenas para uso interno, obtendo uma vantagemaos demais concorrentes.

Já a inovação aberta tem uma data de nascimento e um “pai”. O conceito foi cunhado por Henri Chesbrough, pesquisador da Universidade da Califórnia e autor do livro “Open Innovation: The New Imperative Creating and Profiting from Technology”, lançado em 2003.

Ele parte do princípio de que uma única empresa — por maior e mais inovadora que seja — nunca vai conseguir reunir todas as mentes mais brilhantes, com os conhecimentos necessários, para encontrar as soluções mais inovadoras.

Por isso, uma organização que queira encontrar uma solução inovadora para um problema pode, por exemplo, contar com profissionais de outras empresas, pesquisadores e acadêmicos, membros do poder público e outras pessoas com grande conhecimento e que não façam parte da organização. Isso, sem dúvidas, torna todo o processo de inovação muito mais rico, concorda?

Como medir o sucesso da inovação? Confira depois!

Quais as vantagens e desafios da inovação aberta?

A depender do contexto de negócio, inovar pode ser caro. O avanço tecnológico faz com que tudo seja cada vez mais acelerado, tanto que, atualmente, é muito menos comum encontrarmos a figura do gênio solitário que faz uma grande descoberta na garagem de casa, não é verdade?

A quantidade de conhecimentos necessária não cabe mais em uma pessoa só. Nesse sentido, a inovação aberta é uma forma também de reduzir os custos, uma vez que não é preciso ter uma equipe tão grande fazendo parte da folha de pagamento da empresa. Além disso, abre a possibilidade de fechar parcerias com outras empresas ou com centros de pesquisa.

A inovação aberta também reduz riscos, uma vez que há uma variedade maior de profissionais cuidando do projeto, prevenindo vieses que são comuns quando um pequeno grupo, com as mesmas características, passa muito tempo em cima de um único projeto.

E, por mais que traga vários tipos de benefícios, nesse meio, como em qualquer outro, também encontrará algumas dificuldades como:

  • Dificuldade em gerenciar o relacionamento dos agentes externos e internos;
  • É necessária uma atualização constante entre as partes envolvidas;
  • Necessita ter uma boa desenvoltura para a mudança de mindset dentro das empresas;
  • Encontrar bons parceiros que se encaixam com o projeto e a empresa.

Exemplos de inovação aberta

Se a inovação aberta parece algo distante para você, saiba que nada poderia estar mais longe da verdade. Podemos encontrar casos incríveis aqui, no quintal de casa.

Um exemplo é o Natura Startups. Lançado em 2014, o programa abre as portas para startups que tenham projetos relacionados aos desafios que a empresa acredita ter pela frente. Dessa forma, ajuda empreendedores com negócios inovadores e, ao mesmo tempo, fomenta um enorme celeiro de ideias e projetos que dificilmente nasceriam em casa.

Com isso, já avaliou mais de 3.000 startups, testou 60 soluções e firmou 19 parcerias.

Outro caso emblemático no Brasil é o da CPFL Inova. Em 2019, a empresa promoveu a segunda edição do programa em parceria com a Endeavor.

A iniciativa ajudou a acelerar 12 empresas que participaram, durante cinco meses, de mentorias conduzidas por executivos da CPFL. O programa gerou mais de R$ 7 milhões em negócios com as scale-ups participantes. Para as selecionadas, resultou em um aumento de 49,8% no faturamento durante o período de aceleração.

+ Diversidade e inovação: Qual a relação entre as duas esferas?

Assim, vimos quais são as principais diferenças entre os modelos de inovação aberta e fechada. Se houve resistência em relação ao modelo de inovação aberta nos primeiros anos, hoje, já é possível ver grandes empresas abraçarem o conceito como forma de encontrar soluções inovadoras para os seus negócios.

Por fim, vamos retomar o que dissemos no começo deste texto: os dois formatos não precisam ser excludentes.

Muitas empresas se preocupam em proteger informações estratégicas para os seus negócios. Nada as impede, por exemplo, de começar o desenvolvimento de um produto ou serviço no modelo aberto e depois trazê-lo para dentro de casa para finalizá-lo.

E, para aprender ainda mais sobre a inovação aberta, confira nosso post: Inovação Aberta: o que é e os benefícios para a empresa.

Esperamos que tenha gostado desse conteúdo e até a próxima leitura!