7 principais fundos de venture capital no Brasil
Artigo atualizado em 14 de abril de 2022
Conheça os maiores fundos de venture capital do Brasil.
Em 2021, quase seiscentos investidores diferentes aplicaram dinheiro em startups no Brasil, a maioria deles fundos de venture capital.
Neste texto, listamos as sete principais gestoras de capital de risco em operação no Brasil atualmente. Os critérios utilizados para defini-las foram o tempo de atividade da casa, número de aportes realizados, valores das transações, exits de sucesso, quantidade de unicórnios no portfólio, networking dos gestores, alcance geográfico dos fundos, diversidade de indústrias investidas e capital sob gestão.
Nem todas as companhias selecionadas têm origem no Brasil ou fundadores brasileiros, mas se concentram principalmente em startups do nosso país. A Monashees, por exemplo, foi criada por dois argentinos ex-membros do Mercado Livre, mas seu portfólio de investidas é composto sobretudo por empresas brasileiras. Da mesma forma, a Redpoint eventures é do Vale do Silício, mas apoia as nossas startups há mais de dez anos.
As maiores gestoras de VC do Brasil
Se você é empreendedor e está em busca de investimentos para a sua startup, aí vai uma lista com os sete maiores fundos de capital de risco em atividade no Brasil.
Note-se que foram consideradas apenas as casas de venture capital tradicionais, excluindo os corporate venture capital, venture builders, aceleradoras, incubadoras, family offices, fundos de pensão, multimercados e outras organizações do tipo.
Também não fizemos distinção entre VCs de diferentes estágios de desenvolvimento (anjo, pré-seed, seed, série A…). A lista contém as principais gestoras do nosso país em geral.
Por fim, a listagem não segue uma ordem do tipo: “do maior para o menor”.
Bossanova Investimentos
A Bossanova Investimentos é a gestora de venture capital mais ativa de toda a América Latina, tendo apoiado cerca de novecentas startups em todas as regiões do Brasil com investimento, mentorias e conexões.
Fundada em 2011 por João Kepler e Pierre Schurmann, a Bossanova investe de R$ 100 mil a R$ 500 mil em empresas de tecnologia nos estágios pre-seed e seed, com modelos de negócio B2B ou B2B2C.
As startups precisam ter mais de um ano e meio de fundação e já ter encontrado o PSF (problem-solution-fit) com produtos e/ou serviços validados. Além disso, devem estar operando, faturando no mínimo R$ 20 mil mensais e próximas ao break-even.
A gestora também prefere negócios com modelo SaaS (software as a service), que tenham afinidade com o portfólio e que já tenham recebido um investimento anjo.
Astella
Por meio de quatro fundos de venture capital, a Astella já investiu em 45 empresas e conta com dez exits em sua carteira. Entre eles, o da startup de automação de marketing RD Station, que foi vendida para a Totvs no início de 2021 por R$ 1,8 bilhão, a maior aquisição de uma empresa de software no Brasil.
A gestora opera desde 2010 apoiando startups em estágios iniciais por meio de uma rede de contatos formada por empreendedores e outros investidores.
monashees
A monashees foi criada em 2005 como uma das primeiras gestoras de capital de risco do Brasil. Entre as empresas que figuram no seu portfólio, estão a colombiana Rappi e as brasileiras 99, Loft, Loggi e Neon, todas avaliadas em mais de um bilhão de dólares.
Embora os aportes da monashees se concentrem na América Latina, a gestora também detém participação em negócios nos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal e Israel.
No último dezembro, a monashees concluiu a captação de US$ 700 milhões para dois novos fundos de venture capital, o “X” e o “Expansion II”. De US$ 350 milhões cada, um tem como foco startups recém-nascidas, e outro é voltado para empresas em estágios avançados de desenvolvimento.
Ao todo, a monashees já lançou doze fundos de capital de risco.
Kaszek
O Kaszek foi fundado pelos argentinos Nicolas Szekasy e Hernan Kazah (ambos ex-Mercado Livre) e investe em empresas na América Latina – a maioria delas brasileiras. Desde 2011, a gestora levantou mais de US$ 2 bilhões através de sete fundos de VC.
Em junho, a casa anunciou a captação de US$ 1 bilhão para o Kaszek Ventures, a maior rodada para um fundo de participações privadas em startups early stage na América do Sul. O dinheiro foi dividido entre o Kaszek Ventures V (US$ 475 milhões) e o Kaszek Ventures Opportunity II (US$ 525 milhões).
Ao longo de sua trajetória, o Kaszek já apostou em porco mais de cem startups e, até agora, acumula 22 exits na pasta. Entre eles, o do Guiabolso, adquirido no ano passado pelo PicPay em uma transação estimada em torno de R$ 200 milhões.
Valor Capital Group
O Valor Capital Group foi criado por Clifford Sobel, ex-embaixador americano no Brasil entre 2006 e 2009. Com escritórios em São Paulo e Nova York, a gestora investe em startups nacionais com potencial de sucesso nos Estados Unidos e vice-versa.
No portfólio da gestora, destacam-se os unicórnios brasileiros Merama, Olist, Stone, Loft, Frete.com, Gympass e Cloudwalk.
Redpoint eventures
A Redpoint eventures se define como a primeira casa de investimentos do Vale do Silício a entrar em operação no Brasil.
A gestora desembarcou por aqui em 2012 e testemunhou a evolução do ecossistema de inovação nacional ao longo da última década, tendo investido em algumas das maiores startups brasileiras. Entre elas, Creditas, Olist, Gympass e RD Station.
Só em 2020 e 2021, a Redpoint obteve sete exits no portfólio.
Canary
Apesar de bastante jovem, a Canary é um dos fundos mais ativos do Brasil e também conta com empresas de peso no book. A principal delas é a Loft, de propriedades imobiliárias.
A Canary investe em startups de indústrias tão distintas quanto as de agricultura, entretenimento, saúde, marketing e jurídico, entre muitas outras.
A gestora já apostou em mais de cem companhias e realizou oito saídas estratégicas.
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