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Como as teleconsultas impulsionam a inovação da saúde no Brasil

Como as teleconsultas impulsionam a inovação da saúde no Brasil

3 de novembro de 2020
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Artigo atualizado em 3 de novembro de 2020

Apesar das dificuldades causadas pela crise do coronavírus em todo o mundo, alguns mercados tiveram mudanças positivas e aceleraram a adoção de tecnologia em seus processos. É o caso das teleconsultas na rotina médica no Brasil. A discussão se arrastava há anos e, só com a pandemia e a consequente recomendação de isolamento social, o modelo de atendimento a pacientes a distância passou a ser liberado, em caráter excepcional, pelo Ministério da Saúde.

Usando tecnologia já existente e dispositivos que a maioria das pessoas possui em casa, a prática médica via internet vem resultando em diagnósticos e tratamentos mais rápidos, com aumento da eficiência do atendimento e redução do estresse do paciente.

A prática médica diz que levantar um histórico do paciente fornece 90% das informações de que o profissional precisa, sendo apenas 10% das informações adquiridas através do exame físico.“Obtemos a maior parte das informações de que precisamos conversando e ouvindo os pacientes. Eles ficam mais relaxados e se sentem menos apressados ​​em suas próprias casas”, disse o geriatra Dr. Emil Baccash, em entrevista ao The New York Times.

Embora seja ainda uma novidade que deve levar certo tempo para os envolvidos adotarem mais amplamente, as teleconsultas já têm sido bem aceitas tanto por médicos quanto por pacientes. São tantos os benefícios que estima-se que seja uma prática que veio para ficar.

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Cenário das startups de telemedicina no Brasil

Atualmente, segundo o estudo Distrito HealthTech Report, o Brasil possui 542 startups de saúde, sendo que 53 delas (9,8%) atuam na categoria de Telemedicina, que engloba soluções na área de teleatendimento, telediagnóstico e telemonitoramento. Como visto no gráfico abaixo, startups que melhoram a gestão em clínicas, hospitais e laboratórios estão na liderança. Por ser uma categoria com alta demanda pelos grandes players do setor de saúde, é natural que Gestão & PEP esteja com maior representatividade. Além disso, a área de Telemedicina ainda engatinha no Brasil, afinal foi neste ano por conta da pandemia que muitas atividades desta natureza foram permitidas pela lei para que fossem aplicadas no sistema de saúde brasileiro.

Infográfico sobre gestão

Além disso, das mais de 10.000 pessoas empregadas pelas healthtechs, cerca de 1.039 atuam na área de Telemedicina.

infográfico

Por que as teleconsultas são tão promissoras?

No Brasil, a procura pelas teleconsultas só cresce, de acordo com as maiores operadoras de plano de saúde do país. Na Amil, o modelo de atendimento a distância cresceu em até seis vezes. Na operadora SulAmérica, a procura foi 15 vezes maior desde o início regular da atividade. Na Prevent Senior, cerca de 56 mil teleconsultas foram realizadas entre março e abril.

A população que não tem acesso a planos de saúde também foi beneficiada pelas teleconsultas neste período de coronavírus: o Ministério da Saúde lançou a plataforma TeleSUS, que já foi usada por 5,7 milhões de pessoas.

É claro que, em um contexto de pandemia, as teleconsultas são mesmo uma opção mais segura de ter um atendimento médico. Mas essa experiência tem mostrado que há muitos outros casos em que não é necessário um atendimento presencial, o que faz a manutenção das teleconsultas ser considerada no cenário pós-pandemia.

Confira alguns dos principais benefícios trazidos pelas teleconsultas para a inovação da saúde.

Evitam aglomerações nos centros de saúde

O principal benefício das teleconsultas neste momento de pandemia é o paciente poder ser atendido de maneira segura, sem correr o risco de enfrentar um hospital lotado com possível circulação do vírus.

Possibilitam mais conforto para o paciente

O conforto proporcionado pelas teleconsultas vão desde a dispensa do deslocamento para o paciente (evitando tempo desperdiçado no trânsito, transporte público lotado ou dificuldade para estacionar), até poder aguardar ser chamado pelo médico em casa, mantendo suas atividades rotineiras.

Revelam ainda mais sobre as condições do paciente

Com as teleconsultas, o médico tem a possibilidade de avaliar também as condições de vida do paciente e determinar como elas contribuem ou dificultam o problema de saúde. Por exemplo, no caso de um ortopedista, é possível avaliar a cama e o travesseiro do paciente para identificar possíveis causas de dores.

Permitem que o médico faça mais atendimentos em menos tempo

É possível que o médico mantenha um modelo híbrido de atendimento no consultório, recebendo pacientes tanto presencialmente quanto realizando teleconsultas. Dessa forma, o profissional otimiza seu tempo, encaixando pacientes via videoconferência em caso de consultas desmarcadas, por exemplo.

Aproximam o paciente de especialistas fisicamente distantes

As teleconsultas possibilitam acesso médico fácil a pacientes que vivem longe dos grandes centros e para os quais, sem esse tipo de atendimento, seria complexo se consultar com determinado especialista.

Tecnologias que garantam segurança são indispensáveis

As teleconsultas vieram realmente para impulsionar a inovação na saúde. Mas, para que as instituições se beneficiem de tudo o que essa novidade tem a oferecer, é necessário contar com tecnologias adequadas.

Ferramentas específicas para teleconsultas, como o sistema TeleConsulta da Pixeon, é que vão garantir a segurança, a eficiência e a comodidade que se espera desse modelo de atendimento.

A nossa solução foi desenvolvida com base nas principais necessidades que os médicos têm para o atendimento a distância, como: funcionalidade para agendamento das teleconsultas, garantia da elegibilidade do paciente, registro em vídeo da consulta, solicitação de exames e prescrição de medicamentos online, integração com prontuário eletrônico e farmácia etc.

Para saber mais sobre soluções específicas para a realização de teleconsultas com segurança, confira as publicações do blog da Pixeon.
Sobre o autor

Iomani Engelmann é sócio-fundador e atual diretor de Marketing e Novos Negócios da Pixeon. É presidente da Acate-SC e atua como investidor-anjo de novas empresas do ecossistema de tecnologia. Além disso, é apaixonado por novas tecnologias e saúde e tem como hobbies a culinária, atividades físicas e investimentos no mercado financeiro.