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Startups e a Covid-19: quem ganhou e quem perdeu tráfego online?

Startups e a Covid-19: quem ganhou e quem perdeu tráfego online?

24 de abril de 2020
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Artigo atualizado em 24 de abril de 2020

Qualquer mudança na economia traz oportunidades para alguns setores, mesmo que seja uma forte crise, como a que estamos vivendo com a epidemia do coronavírus. O Distrito acompanha os acessos aos sites de mais de 8 mil startups em atividade no Brasil, para entender como estão esses movimentos.

Ao analisarmos os números de março, nos deparamos com algumas variações esperadas e outras que foram verdadeiras surpresas. Veja a seguir quem ganhou e quem perdeu acessos em relação a fevereiro.

Quem está crescendo apesar da crise

De forma geral, os setores que facilitam a vida de quem está em quarentena cresceram em março, na comparação com o mês anterior. É o caso das startups de ensino a distância. Das 20 maiores altas no mês, nada menos do que 11 são de educação.

O Passei Direto, por exemplo, teve alta de 80% nos acessos ao site, o que representa cerca de 7 milhões de acessos a mais. Trata-se de uma rede de estudos e compartilhamento, que coloca à disposição dos clientes mais de 5 milhões de conteúdos.

Outras plataformas do setor também registraram crescimentos significativos. A Estuda.com viu os acessos ao seu site subirem impressionantes 229% (1,3 milhão a mais), enquanto na Descomplica a alta foi de 48%, o que significa 3 milhões de acessos a mais.

Outro setor que está ganhando nesse momento é o e-commerce, especialmente as plataformas que facilitam o acesso do lojista às vendas online. Nessa categoria está, por exemplo, a Anymarket, que teve menos de 50 mil acessos em fevereiro e pulou para mais de 370 mil no mês seguinte.

A MarketUp, que oferece serviço de loja online e outras funcionalidades de ERP, também esteve entre as que mais cresceram. A alta em março foi de 270%, batendo a marca de 1,65 milhão de acessos.

Os setores que mais sofreram

A lista dos que saíram perdendo traz algumas surpresas. A primeira delas é que temos, nesse time, alguns serviços de delivery de comida, como o aiqfome e o tonolucro. 

Diante dessa queda, é possível formular algumas hipóteses. A primeira delas é que as pessoas estão segurando gastos e, portanto, pedindo menos comida fora. Outra possibilidade é que o receio de embalagens contaminadas ou do contato com o entregador tenha contribuído para a preferência por cozinhar em casa.

Outra startup que viu os acessos caírem foi o serviço de transporte compartilhado 99. Nesse caso, a queda era esperada, uma vez que, devido à quarentena, as pessoas praticamente não saem de casa e, assim, usam menos serviço de transporte.

Por fim, temos um grupo que aparece tanto na lista dos maiores ganhadores quanto dos que mais perderam acessos, que são os softwares de controle de horas e/ou ponto. Duas ferramentas estão na lista dos top 20 que tiveram a maior alta nos acessos, mas uma das empresas está entre as mais prejudicadas.

Assim, vimos como a Covid-19 afetou as startups dos diferentes setores nesse primeiro mês de quarentena. Vamos aguardar para saber se os dados de abril confirmam essas tendências ou não.