Dataminer: como são feitos os estudos e relatórios de mercado
Artigo atualizado em 20 de fevereiro de 2019
É essencial para todas startups e grandes empresas estarem atentas ao mercado, tendências e mapear o comportamento do setor. E, assim, nasceu o Dataminer!
Mas, afinal, o que é o Dataminer? É a central de inteligência de mercado do Distrito, responsável por produzir os relatórios e estudos elaborados pelo Distrito.
O Dataminer tem a missão de ser um guia para você empresário e executivo na busca pela pesquisa de mercado e mapeamento de tendências.
De acordo com Daniel Quandt, responsável por organizar os relatórios, muitas iniciativas estão sendo executadas atualmente e muitas startups estão surgindo. Porém, como ele explica, não existe um lugar central que reúna todas as startups e tenham informações sobre elas. “O Dataminer nasceu com a proposta de recolher essas informações que existem de forma bem dispersa na internet e no mercado e coletar isso de forma que nos permita estudar e analisar quem são essas empresas, o que fazem e como estão inseridas no mercado”, comenta.
Atualmente, o banco de dados do Dataminer possui mais de 10 mil startups de diversos segmentos, que vão desde Adtech e Fintech até Retailtech e Agtech. Além disso, a equipe trabalha constantemente para aumentar a base e diversificar os setores estudados.
Para isso, há a parceria com a Neoway, especializada em soluções de Big Data, que revisa todos os dados e informações coletadas para dar mais perenidade a todos os reports.
Assim, agora, é hora de entender como são feitos os relatórios e estudos! São várias semanas desde a definição do tema e assunto do report até a finalização. Vamos explicar, em detalhes, como funciona todo o processo até o estudo chegar no seu e-mail.
O processo de elaboração de um report
Atualmente, já foi definido um cronograma dos próximos relatórios e estudos que serão lançados durante todo ano. O intuito é trazer um estudo por mês. “Os relatórios são escolhidos com base tanto nas frentes de negócio do Distrito Community, como Adtech e Fintech, quanto de demandas do mercado. Muitas vezes, recebemos pedidos e encontramos parceiros que buscam a gente porque querem ajudar na elaboração. Eles têm interesse em entender melhor o próprio mercado em que estão inseridos”, afirma Quandt.
Após a definição do tema, começa, então, o processo de elaboração dos reports. Confira cada etapa:
Criação da lista inicial de startups
Inicialmente, a equipe irá buscar todas as startups que têm algo relacionado com o segmento que foi definido.
Então, na própria base de dados do Distrito, que contém mais de 10 mil startups, são escolhidas as empresas que se encaixam e que podem aparecer no relatório e na análise.
Além disso, há também uma busca intensa em outras fontes de informação para cruzar tudo. São analisados bancos de dados externos e públicos para filtrar todas as informações. “Procuramos, dentro da nossa base, palavras-chave relacionadas ao setor pesquisado. Separamos as empresas que entram nisso num pente fino, e, posteriormente, batemos tudo isso com outras bases, que contêm informações adicionais sobre essas empresas”, detalha Quandt.
Após esse levantamento é definido um número inicial de startups que podem entrar no estudo. É produzida uma lista preliminar e, assim, começa o processo para o refinamento da lista.
Refinamento da lista e definição das categorias
Após definida a lista inicial, será realizado um refinamento. “Por exemplo, no report de RetailTech, começamos com uma lista de mais de 450 startups e terminamos com um mapa refinado com 269″, reflete Quandt.
Além disso, durante o processo, também serão definidas as categorias que estarão presentes no report. Para, dessa forma, ser desenhado o mapa de startups presentes dentro daquele ecossistema. “Queremos mapear o mercado como um todo. Para a startup estar dentro do relatório é necessário que ela atenda alguns critérios. Eles são apresentados no começo dos estudos quando explicamos a metodologia utilizada”, exemplifica.
Os critérios para a startup participar da pesquisa e relatório são:
- Ser brasileira;
- Estar em atividade no momento da realização do estudo, medido pelo status do site e atividade em redes sociais;
- Ter base tecnológica proprietária;
- Atuar no setor que está sendo pesquisado
Coleta de dados e geração das estatísticas
Durante a listagem das startups, já é feita, paralelamente, toda a coleta de dados inicial das startups que são selecionadas.
Após o processo, a equipe segue para a validação e refinamento das informações coletadas e conta com a parceira Neoway. A empresa ajuda a validar todas as informações. “Com o enriquecimento dos dados, conseguimos gerar estatísticas adicionais como faturamento presumido, escalabilidade e informações sobre os sócios, além dos dados mais descritivos que fornecemos com o nosso próprio levantamento”, comenta Quandt.
Elaboração do relatório e conclusão
Posteriormente é realizada toda a elaboração do material. Os parceiros de negócio ajudam a elaborar alguns dos textos e seções do relatório.
Além disso, é tratada toda a parte de tendências do segmento analisado. São apresentados cases e startups internacionais. O intuito é trazer o panorama global e o que está sendo feito em outros países.
Por fim, chega o momento da conclusão do report que traz uma visão analítica de tudo o que foi abordado, como também um direcionamento.
Posicionamento estratégico
Atualmente, como Quandt explica, o Dataminer tem o objetivo tanto de gerar inteligência para quem quer relatórios personalizados e serviços de acompanhamento quanto como uma forma de insumo para toda a estratégia do próprio Distrito.
Por exemplo, para a área focada em investimento e Ventures é importante porque traz informações relevantes sobre mercados específicos. Já para o setor de Comunidade do Distrito é importante para trazer insumo sobre o mercado das startups residentes dos espaços de inovação.
Para o programa LEAP, que é focado em atender grandes empresas que buscam desenvolver iniciativas de inovação corporativa, é interessante porque traz informações sobre as novas tecnologias disponíveis no mercado brasileiro e internacional.
“A ideia é ter um centro de inteligência dentro do Distrito. O intuito é compartilhar com o mercado os dados produzidos e também usá-los nas nossas áreas de atuação”, finaliza Quandt.