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Brasil se torna polo de inovação na medicina

Brasil se torna polo de inovação na medicina

20 de outubro de 2021
4 minutos de leitura
time

Artigo atualizado em 20 de outubro de 2021

Mesmo diante das conhecidas carências relativas à saúde no Brasil,  – principalmente no setor público –, o país vem se tornando um verdadeiro polo gerador de conhecimento na área graças ao crescimento das healthtechs, startups voltadas a trazer soluções de inovação na medicina e área de saúde como um todo. 

Segundo dados recentes do Distrito, o Brasil passou de 248 empresas desse tipo em 2018 para 542 no ano passado. Além disso, de janeiro até setembro deste ano, as startups receberam mais de US$ 260 milhões em investimentos. 

Por meio do uso de tecnologia, inteligência artificial e dados, as healthtechs vêm encontrando soluções para resolver alguns dos principais problemas do setor de saúde no país, como acesso limitado, pouca eficiência e experiência de atendimento ruim. 

Igor Piquet, diretor de inovação da Endeavor, explicou em entrevista ao jornal Estadão que a atuação das startups é fundamental para diminuir o gap entre quem usa o SUS e o setor privado: “o preço cai com o uso da tecnologia e do software. Isso seria impossível há alguns anos”.

Um exemplo de startup que atua diretamente com esta demanda é a WeCancer, que oferece um aplicativo em que os pacientes que têm câncer conseguem registrar sintomas e efeitos colaterais. As informações são convertidas em relatórios que ajudam a evitar hospitalizações desnecessárias e ainda reduzem os gastos do tratamento contra a doença.

“Os pacientes da WeCancer têm acesso a uma equipe de saúde gratuitamente. Só no último mês, foram mais de 20 mil minutos de atendimentos a pacientes do SUS”, conta César Filho, CEO da startup.

A quebra de barreiras pela pandemia 

A Covid-19 ajudou a quebrar regulamentações, questões financeiras e barreiras

comportamentais para permitir que o atendimento virtual fosse amplamente integrado

ao nosso sistema de saúde e atendesse às necessidades dos pacientes. 

Um bom exemplo são os números do hospital Albert Einstein. Segundo informou o jornal Folha de São Paulo, no início da pandemia, 400 mil pessoas eram atendidas por telemedicina no hospital. Depois de 90 dias, esse número passou para 1,8 milhão. 

Além da telemedicina, outros processos de digitalização foram implementados com velocidade para atender as demandas que surgiram no contexto pandêmico, como as plataformas que armazenam informações de pacientes que podem ser compartilhadas entre os profissionais e os serviços de saúde. O próprio SUS criou aplicativos que guardam informações de exames feitos pelos pacientes e outros procedimentos, como o Conecte SUS.

Tendência de crescimento contínuo

“O interesse pelo setor de saúde vem de antes da pandemia. É uma tendência global, com o envelhecimento da população e demanda por medicamentos e serviços médicos”, lembra Roberto Nemr, analista da Ohmresearch ao infoMoney. 

É por isso que com as quebras de barreiras que têm permitido a digitalização do setor e a abertura do mercado brasileiro para as healthtechs, a expectativa é que o crescimento do das healthtechs tende a continuar. Só para os últimos meses deste ano, o segmento de saúde deve movimentar cerca de R$ 313,9 bilhões, o que representa um acréscimo de 13,8% em comparação a 2020 e de 21,8% em relação a 2019, segundo aponta a Pesquisa IPC Maps.

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