HDI Seguros: parceria com o Distrito tem ajudado a seguradora a investir em inovação aberta

Quem não conhece bem a área de seguros pode ter dificuldade em relacioná-la com a inovação. A indústria é formada, em sua maioria, por empresas grandes, bem estabelecidas e com controle rígido, o que impede que novos negócios entrem no ramo. Por conta disso, muitas seguradoras se acomodam, esquecendo que, mesmo em um segmento tradicional, mudanças podem ocorrer rapidamente.

Além da falta de interesse das seguradoras em inovar, há ainda outros desafios. A comunicação com o cliente é difícil, por exemplo. No Brasil, os seguros só são vendidos por meio de um intermediário, seja um corretor, um banco ou algum outro distribuidor. Assim, a seguradora só ouve falar do cliente caso algo ruim aconteça.

No entanto, o cenário está mudando, a começar pelo consumidor, que quer cada vez mais resolver seus problemas por meio de processos digitais. Essas exigências levam à pergunta: será que, mesmo em um segmento tão tradicional, existe espaço para inovar? 

O exemplo da HDI Seguros, uma das maiores seguradoras do país, prova que sim. Mesmo fazendo parte dessa indústria, a empresa sempre foi voltada para a inovação. “A HDI tem essa conexão com o mundo, é uma visão mais para fora e menos para dentro”, conta o diretor de inovação e transformação da empresa, Daniel Pizarro.

Nos últimos anos, a seguradora encontrou no Distrito uma possibilidade de potencializar essa inovação, e já tem obtido bons resultados. Saiba mais sobre essa parceria no artigo!

Desafio

Por muito tempo, a HDI foi muito bem-sucedida no mercado de automóveis. Por volta de 2016, no entanto, a empresa começou a observar que a dinâmica do mercado estava mudando: além da desaceleração na venda de carros, havia uma mudança no comportamento do consumidor, que passou a preferir, cada vez mais, a flexibilidade, sem ter que interagir com call centers, por exemplo.

O desafio da HDI passou a ser, portanto, continuar se mantendo relevante nesse novo contexto do mercado brasileiro.

“Muitas vezes, quando você é uma empresa estabelecida e bem-sucedida naquilo que faz, a inovação acaba ficando em segundo plano. Você pensa: ‘eu tenho tanto sucesso fazendo o que eu sempre fiz, por que vou fazer diferente?’. A lição que nós tivemos é que o pensamento desse tipo não pode acontecer”, conta Daniel Pizarro.

Estratégia

A chegada de um novo CEO, em 2016, representou os primeiros passos da HDI na direção da inovação, com o processo de transformação digital. A empresa foi radical e digitalizou os processos de pós-venda.  Desde 2011, a plataforma de interação com o corretor de seguros já era digital, dando bons resultados. Toda essa experiência encorajou a HDI a desenvolver o projeto “Go Digital”, que prevê uma digitalização total.

Mas, em 2019, a empresa percebeu que deveria dar um passo além. Era preciso olhar cada vez mais para fora, se inteirar de espaços novos, dar os próximos passos.

A estratégia da HDI Seguros foi investir em inovação aberta. Foi então que entrou o Distrito, que hoje funciona como o braço de open innovation da empresa. Já é o segundo ano dessa parceria, na qual a seguradora atua como mantenedora de um dos espaços de inovação do Distrito, o Distrito Fintech, localizado em São Paulo.

Solução

Com a parceria, o Distrito permite que a HDI tenha acesso a um mundo que não é da empresa: o das startups, de novos serviços. 

A percepção interna da empresa sobre a parceria é positiva, com boa aceitação. “A gente tem que estar em constante alerta, tentando refletir sobre nosso modelo de negócio, olhando oportunidades, tentando ver o que startups e seguradoras grandes e inovadoras no mundo estão fazendo para não sermos engolido pelo nosso próprio sucesso. A gente tem que olhar para fora, se associar a empresas como o Distrito e startups, porque não vamos conseguir fazer tudo sozinho”, conclui o diretor de inovação.

“Se olharmos no seguro residencial, a HDI vem crescendo exponencialmente e é uma das maiores seguradoras independentes”, conta Daniel Pizarro. Na área de automóveis, também houve ganho de eficiência, o que permitiu proteger a posição e continuar diversificando o negócio.