
Millennials e Geração Z: transformações no mercado de trabalho
Artigo atualizado em 14 de janeiro de 2025
Você sabia que os millennials representam 50% da força de trabalho global? É o que diz a pesquisa do Pew Research Center.
A discussão do momento é que essa geração gosta de tecnologia, é heavy-user das redes sociais, prefere trabalhos flexíveis e não hesita em mudar de emprego caso esteja insatisfeita. Será que é assim mesmo?
No HUB de Inovação do Distrito, convivemos diariamente com pessoas de todas as gerações. No entanto, observamos que millennials e geração Z têm uma presença marcante e influenciam diretamente nossa comunidade.
Uma pesquisa da Deloitte revelou que 44% dos millennials e 49% da geração Z planejam mudar de emprego nos próximos dois anos, buscando maior flexibilidade e propósito.
Mas o que realmente diferencia essas gerações no mundo profissional? E como as empresas podem se adaptar para atrair e reter esses talentos?
O que define uma geração?
As gerações são divididas em um período médio de 20 anos. Nesse tempo, um grupo de pessoas nasce e vivencia os mesmos fatos políticos, culturais, econômicos e sociais.
Por exemplo, quem experimentou o Orkut, rede social que existiu entre 2004 e 2014, ou quem assistia ao canal aberto da MTV, que teve seu auge nos anos 90, compartilha experiências semelhantes.
No entanto, devido ao avanço tecnológico e à aceleração das mudanças globais, estudos sugerem que as gerações podem ser separadas em períodos menores, de 10 anos.
Será que essas gerações estão prontas para o futuro? Leia também: Profissões do futuro: como a IA vai moldar os empregos?
Características das gerações no mercado de trabalho
Baby bommer (1945 a 1964)
Aqui é o início de tudo. Os Boomers são os nascidos pós-guerra e possuem valores e ideais muito intensos, pois passaram por épocas de educação rígida, sendo necessário ter muita disciplina profissional e social, seja com familiares ou amigos.
Muitos resistem à modernização, evitando celulares, redes sociais e serviços de streaming.
Geração X (1965 a 1984)
A geração X, também conhecida como “Geração Coca-Cola”, em referência à música da banda Legião Urbana, possuem 55 milhões de representantes no Brasil.
Fazem parte de uma época de muitos avanços tecnológicos, provavelmente sendo uma das primeiras gerações a usar um telefone celular no Brasil (que chegou em 1990).
Buscavam e ainda buscam ficar por dentro das inovações de tecnologia e também a estabilidade que seus antecessores tinham na vida profissional e pessoal.
Geração Y ou Geração Millennials (1985 a 1999)
Uma das gerações destaques do nosso artigo, conhecida também como “Geração da Internet” ou “Geração MTV”, os millennials vivenciaram a chegada da internet e também do famoso console de videogame, o PlayStation, no Brasil.
Buscaram seguir os passos dos antecessores também, mas enfrentam dificuldades mundiais muito maiores, fazendo-os recalcular a rota.
São pessoas globalizadas, que tiveram acesso aberto e constante à informações mundiais, tornando-os mais tolerantes, autônomos, ansiosos e buscando o crescimento profissional constante.
Geração Z (2000 a 2010)
São conhecidos também como Zoomers, ou “Geração da Tecnologia”, ou “Geração Digital” ou “Nativos Digitais”, já que são nascidos e criados na era mais digital que já vivemos.
É uma geração 100% conectada com diversas redes sociais, hipercognitiva – que absorve muita informação em pouco tempo –, buscam produtos sustentáveis e relações menos superficiais, estão atentos a saúde mental e física. Além disso, buscam um ambiente de trabalho flexível, com opções remotas ou híbridas.
Millennials: como estão transformando o mercado de trabalho?
Diferente de seus antecessores, que priorizavam a carreira e permaneciam em uma mesma empresa por décadas, abdicando de momentos sociais e de lazer, os millennials pensam diferente.
Estão preocupados em equilibrar trabalho e vida pessoal, dando a devida importância aos momentos de lazer. Muitas vezes, inclusive, levando pais e avós para viagens que nunca tiveram oportunidade – já que estavam trabalhando e depois sentiam que o tempo deles já havia passado.
Eles valorizam:
- Horários flexíveis de trabalho;
- Startups e empresas “descoladas”;
- Ausência de microgerenciamento de equipes;
- Espaços de lazer e descanso;
- Happy hour para descompressão.
Além disso, um estudo da McKinsey mostrou que 60% dos millennials valorizam empresas com políticas de sustentabilidade e diversidade.
Por isso, é comum encontrar startups criadas por essa geração, que ainda busca resolver os problemas do mundo tradicional deixadas pelas gerações antecedentes.
Você sabe como é trabalhar numa startup? Leia também: Como é trabalhar em startup? Conheça as vantagens e desvantagens
Como é a Geração Z no meio corporativo?
A Gen Z enxerga a carreira profissional como algo que deve ser flexivel e conectado constantemente entre teoria e prática. Eles buscam por programas de estágios completos, que oferecem mais do que um trabalho, mas também oportunidades de aprendizado e crescimento.
Além disso, temas como sustentabilidade, diversidade e impacto social moldam suas escolhas acadêmicas e de carreira. São essas empresas que prezam por esses pilares que atraem estes talentos.
Os Zoomers são atraídos por:
- Home Office ou Anywhere Office (nômades digitais);
- Ambiente diverso e inclusivo com pessoas LGBTQIAPN+;
- Incentivo a boa saúde física e mental;
- Mentorias e feedbacks constantes;
- Estruturas organizacionais não hierárquica.
Mas e a Inteligência Artificial e a Era dos AI Agents?
Com a crescente adoção da Inteligência Artificial, a geração Z enfrenta novos desafios e oportunidades.
Diferente das outras gerações que já estão se reinventando no mercado de trabalho para fazer uso das inovações e automações que a IA Generativa e os Agentes de IA podem proporcionar, a Gen Z tem a oportunidade de se inserir no mundo profissional como experts em IA.
O mercado global de IA deve atingir cerca de US$ 738 bilhões até 2030, segundo a Grand View Research, transformando profundamente as demandas do mercado de trabalho.
Quer conhecer as transformações da IA no setor corporativo? Leia também: Como a Inteligência Artificial Transforma o B2C e B2B
Geração Alpha e Geração Beta: atenção para os próximos capítulos
Nascidos a partir de 2011, conhecidos também com “Gen A” estão dividindo o espaço de 20 anos – agora em 10 – com a Geração Beta ou “Gen B”.
Veja abaixo algumas estatísticas interessantes que podemos ficar de olho para as próximas gerações que podem transformar o mercado de trabalho:
- Uma pesquisa do Pew Research Center revelou que 85% das crianças da Geração Alpha utilizam dispositivos eletrônicos para aprendizado;
- Um estudo da Common Sense Media mostrou que 80% das crianças da Geração Alpha usam dispositivos digitais para atividades educacionais, enquanto 65% já participam de discussões sobre sustentabilidade em casa ou na escola
Por isso, é essencial continuar investindo em tecnologias educacionais que promovam o aprendizado interativo.
Próximos passos: adaptando as empresa às novas gerações
Agora que você entende as diferenças entre Millennials, Geração Z e as demais gerações, está pronto para adaptar sua empresa às novas demandas do mercado de trabalho.
No HUB de Inovação do Distrito, estamos sempre inovando para conectar gerações e transformar o futuro do trabalho. Seja uma empresa parceira, venha fazer parte dessa revolução!