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Nova economia: conceito, princípios e como se destacar neste cenário

Nova economia: conceito, princípios e como se destacar neste cenário

27 de janeiro de 2023
10 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 27 de janeiro de 2023

O sucesso de empresas como Uber, Nubank e Airbnb representa muito bem as transformações geradas pela nova economia.

Além do avanço da tecnologia, outro fator em comum entre esses negócios é o foco na experiência do cliente com a marca, uma das principais inovações trazidas por esta tendência do mercado.

Parte de toda essa transformação acontece graças à quarta revolução industrial, também conhecida como indústria 4.0, marcada por uma visão mais futurista, que inclui a descentralização do controle de processos e a hiperconexão entre dispositivos e pessoas.

Se você quer entender mais sobre o que é a nova economia, como ela funciona e quais são as suas principais características, continue lendo este artigo!

O que é nova economia?

Apesar do nome, a nova economia não é tão recente assim. O termo foi registrado pela primeira vez em 1983, na revista americana Time. Em seu artigo “The New Economy”, o jornalista Charles P. Alexander afirmou:

Enquanto as indústrias tradicionais estão sofrendo com a concorrência estrangeira, as novas empresas de tecnologia irão liderar o mundo em inovação.”

A nova economia é marcada por mudanças rápidas e contrastes acentuados, onde os modelos de negócios se baseiam na experiência dos seus clientes para personalizar soluções. Ela impulsionou a transformação digital e a relação comercial entre marcas e consumidores.

Além disso, as corporações buscam transformar produtos em serviços, utilizar novas tecnologias e ganhar maior escalabilidade, assim como nas startups.

Essas questões rondam as grandes empresas de forma cada vez mais constante, sobretudo em momentos de crise. Dessa forma, na nova economia, é indispensável saber responder às seguintes perguntas:

  • O que o público espera da minha marca?
  • O que posso fazer para tornar essa experiência a melhor possível?

Os 7 princípios da nova economia

A nova economia está atrelada a sete princípios que visam nortear as mudanças no modelo de negócio para que eles tenham sucesso em suas áreas de atuação. Veja quais são eles:

1. Propósito

Por muito tempo, os principais indicadores de sucesso de uma empresa foram lucro e fama, mas o cenário mudou. Hoje, para ser bem-sucedido em um negócio ou carreira é preciso de um propósito, algo muito maior que impulsione e motive a existência da marca.

Afinal, cada vez mais as pessoas escolhem consumir produtos e serviços de empresas cuja missão esteja alinhada com os seus valores pessoais.

2. Valorização do cliente

O principal foco de uma empresa que visa o novo mercado deve ser o cliente. Aquela que sabe reconhecer suas dores e cria soluções para suprir suas necessidades sai na frente de seus concorrentes.

A Disney é um exemplo bastante conhecido: a empresa criou parques temáticos que levam seus visitantes ao desejo de viver a magia criadas em seus desenhos, estabelecendo fortes conexões emocionais com seus clientes.

O Uber também é outro exemplo que mostra que o cliente é o centro das atenções. O aplicativo de corridas é alimentado pelos usuários que avaliam sua experiência com os motoristas após uma corrida. A empresa utiliza estes dados para avaliar a qualidade do serviço oferecido e identificar o que pode ser melhorado.

Confira também: Customer centricity: webinar explica como ter o cliente como foco em modelos de plataforma.

3. Flexibilidade para criar demandas

É verdade que o mercado sempre girou em torno das necessidades identificadas no público. Porém, na nova economia as demandas são criadas de forma mais dinâmica, buscando sempre a inovação.

A velocidade com que surgem novas funcionalidades nos smartphones é um exemplo que sustenta as característica desse novo mercado.

Se você é da época em que os celulares só faziam ligações, era capaz de imaginar que um único aparelho teria tantos recursos como tem hoje? A cada dia surgem novos aplicativos que prometem auxiliar na nossa rotina e que, muitas vezes, se tornam quase indispensáveis.

4. É permitido errar

Essa é uma das grandes mudanças de visão que o novo mercado incluiu. Errar sempre foi um problema, mas hoje é considerado ideal para alcançar o aprendizado!

Na era digital, as mudanças acontecem de forma muito mais rápida e as possibilidades de falhas também. Mas isso não deve ser temido, verifique o que precisa ser ajustado e siga em frente.

5. Nenhum produto é finito

Foi-se o tempo em que fazer uma boa faculdade bastava para conseguir um bom emprego. Nos dias atuais, o desenvolvimento profissional deve ser constante e isso vale também para as empresas.

A nova economia estabelece que um produto nunca está totalmente pronto, pois sempre haverá aspectos a serem melhorados. Para viver este cenário de incertezas, as empresas devem monitorar seus clientes e identificar o que pode ser mudado.

6. Atenção às oportunidades

O cenário econômico passa por altos e baixos, algo normal e aceitável em qualquer área. No entanto, é preciso identificar as oportunidades no meio de uma crise. Muitas das inovações e descobertas foram realizadas em períodos como este.

A pandemia do coronavírus em 2020 é um exemplo recente disso. Nesse período, muitas empresas que operavam em lojas físicas tiveram que fechar. Entretanto, o e-commerce e os deliverys tiveram uma alta exponencial.

7. Se reinventar sempre

Com um mercado cada vez mais competitivo, as empresas devem sempre se reinventar e evoluir. Isso não significa que algo deve ser criado do zero. Pode ser uma simples adequação do produto, uma mudança no processo de produção ou uma melhoria em algum serviço oferecido.

A mudança no comportamento dos consumidores

Como já falamos, para se destacar na era digital, as empresas precisam se conectar com os seus clientes. O primeiro passo para isso é entender que o perfil do consumidor mudou.

Se antes da era analógica, o consumidor era passivo e muito influenciado pela propaganda e marketing tradicional das empresas, atualmente esse público transformou-se em um usuário ativo e com poder de decisão muito maior.

Mas, como isso se reflete no mercado? Os modelos de negócio passaram a adaptar seus produtos e serviços conforme as necessidades do usuário.

O encantamento deve ser constante, pois, com tantas opções disponíveis, as soluções antigas podem ser facilmente trocadas por novas que agreguem maior valor.

No infográfico abaixo, você confere uma explicação didática sobre as mudanças pelas quais o consumidor passou:

Nova economia: conceito, princípios e como se destacar neste cenário

Quais os impactos da nova economia para as empresas?

A transformação digital traz uma série de necessidades e desafios para empresas e empreendedores.

Quebra de paradigmas, integração de processos, adoção de tecnologias e alterações bruscas nas jornadas de consumo são apenas algumas das dificuldades que podem ser enfrentadas pelas marcas em meio ao cenário moderno.

Dessa forma, isso significa que, para sobreviver, a indústria precisa se reinventar. E, além de tudo, mudar suas estratégias, levando o cliente para o centro, sempre.

A organização que não souber se adaptar à nova economia pode sofrer graves consequências. Um exemplo disso, são os negócios que já foram reconhecidos como grandes corporações de sucesso, mas que não souberam lidar com a transformação digital e acabaram falindo, vendidos ou perdendo mercado.

Um dos exemplos mais conhecidos é o da Blockbuster. Criada em 1985, a empresa americana foi líder no segmento de locação de DVDs e filmes com suas unidades físicas espalhadas ao redor do mundo. No início dos anos 2000, a empresa era considerada uma das referências no setor de entretenimento.

Porém, em 2021, a Blockbuster fechou as portas. A empresa não conseguiu prever ou adaptar seu modelo de negócio para as transformações da nova economia. Ela teve, inclusive, a chance de comprar a Netflix, quando esta era ainda um serviço de entregas de DVDs pelo correio.

O tempo passou e a Netflix só cresceu e se expandiu, enquanto a Blockbuster foi perdendo relevância.

A Blockbuster é só um dos casos mais conhecidos de como a falta de inovação pode representar o fim de uma empresa. Conheça outros 6 exemplos de empresas que não souberam inovar.

Os tipos de negócio da nova economia

A nova economia deu origem a novos perfis de negócios e empreendedores. Eles se diferenciam dos modelos tradicionais, principalmente pelo seu propósito e estratégia de crescimento. Conheça quais são eles:

– Criativos

São aqueles que trazem ideias disruptivas, quebram paradigmas e causam transformações vitais. Normalmente, entregam bens intangíveis, como entretenimento, conhecimento ou até canais de relacionamento. Os empreendedores criativos levam seu estilo de vida para o negócio.

– Sociais ou de impacto

São empreendimentos que têm como foco transformar a sociedade e não colocam o lucro como objetivo principal. Eles utilizam a estrutura de uma empresa para fazer o bem e deixam um legado. Podem atuar em diversos segmentos como: ambiental, moradia, educacional, saúde, entre outros.

– Inovadores corporativos

Também chamados intraempreendedores, esses profissionais não precisam deixar de ser funcionários para criar iniciativas inovadoras.

As empresas tradicionais se beneficiam muito desse perfil, pois a partir do intraempreendedorismo, muitas delas encontram novos caminhos de atuação, produtos e serviços que não estavam sendo mapeados.

O Gmail e o botão de curtir do Facebook são exemplos de ideias criadas por inovadores corporativos.

– Escaláveis

O intuito desse modelo é criar um negócio que possa ser escalável e replicável de maneira rápida e eficiente com a intenção de criar lucro e gerar crescimento exponencial. É o modelo seguido pela maioria das startups.

Como as grandes empresas estão inovando para se destacar na nova economia?

Nos últimos meses, você deve ter acompanhado que grandes empresas estão buscando conexão com startups em sua estratégia. Um exemplo disso é a compra da RD Station pela TOTVS por R$ 1,8 bilhão e o anúncio de um fundo de até R$ 200 milhões para investimento em startups pela Via.

O nosso Co-founder & CRO, Gustavo Araujo, deu um panorama geral sobre a nova economia, explicando o porquê algumas empresas alavancaram em pouquíssimos anos se inserindo nessa nova era e aproveitando os parâmetros e diretrizes exigidos pelo ecossistema corporativo atualmente.

Confira:

Essas corporações usam a metodologia da inovação aberta em seu negócio, em que não dependem somente de recursos internos para seus projetos de transformação digital.

As empresas que ainda não estão no caminho da inovação, visando estar em conformidade com exigências de mercado da nova economia, podem contar com facilitadoras de inovação aberta, que oferecem consultorias e ferramentas para otimizar os processos operacionais dentro da organização.

O Distrito é uma dessas aceleradoras, que oferece diversos serviços como: mapeamento de dados, análises, ferramentas de automação, além de conectar startups que atuarão de forma disrruptiva juntamente com sua empresa para transpor barreiras e elevar o potencial do seu negócio.

Se você quer entender melhor sobre inovação aberta e como aplicá-la para se adaptar à nova economia e manter sua empresa competitiva no mercado, aproveite e baixe agora nosso kit de Inovação.

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