Entenda como evitar o teatro da inovação corporativa!
Vivemos uma realidade em que algumas empresas estão mais preocupadas ...
A startup paranaense Olist é uma referência entre as retailtechs pela trajetória de sucesso, principalmente quando o assunto é captação de investimento. Em novembro de 2020, a empresa recebeu R$ 310 milhões em uma rodada série D liderada pelo conglomerado japonês SoftBank. Conhecida também pelo seu modelo de negócio inovador, o Olist conecta pequenos lojistas […]
Artigo atualizado 7 de janeiro de 2021
A startup paranaense Olist é uma referência entre as retailtechs pela trajetória de sucesso, principalmente quando o assunto é captação de investimento. Em novembro de 2020, a empresa recebeu R$ 310 milhões em uma rodada série D liderada pelo conglomerado japonês SoftBank.
Conhecida também pelo seu modelo de negócio inovador, o Olist conecta pequenos lojistas a grandes marketplaces como Magazine Luiza, Americanas e Mercado Livre. No final de 2019, a startup já havia recebido 190 milhões de reais do fundo e o segundo investimento pode demonstrar a confiança no trabalho do Olist.
Para compreender a trajetória da startup, o Distrito Dataminer entrevistou Tiago Dalvi, CEO do Olist, para o estudo mensal Inside RetailTech Report, que acompanha o setor de varejo constantemente por meio da análise dos investimentos em startups, tendências e iniciativas do setor.
Como surgiu a ideia de fundar o Olist? Qual dor ou oportunidade de mercado vocês buscavam solucionar?
O Olist foi fundado em 2015 como uma derivação da Solidarium, empresa criada em 2007 como uma loja de shopping que depois se tornou um marketplace para a venda de produtos artesanais. A mudança no modelo de negócio ocorreu após uma aceleração e rodada de investimento realizada pelo fundo 500 Startups. A Solidarium tinha foco em empreendedores do artesanato, conectando-os, em um primeiro momento, a grandes varejistas offline e depois também no e-commerce. Quando foi aprovada para um processo de capacitação da 500 Startups, percebi que poderia atingir muito mais gente se ampliasse o foco de atuação, então reestruturei o negócio – foi aí que nasceu o Olist.
Hoje o Olist utiliza um modelo de recorrência com planos mensais e uma comissão por pedido. Como vocês chegaram nesse modelo de receita? Têm alguma dica para as startups que ainda não encontraram o modelo ideal?
Por aqui, buscamos um modelo que seja justo e faça sentido para os nossos clientes. As assinaturas mensais correspondem aos diversos features e ofertas da nossa plataforma, dos serviços logísticos e nosso atendimento ao comprador final (buyer experience e support). Já a comissão, é justamente pensando em um fee de sucesso. Além da plataforma, nossos clientes têm gerentes de contas dedicados a equipes especializadas para ajudar a alavancar o sucesso. O nosso sucesso depende do sucesso do nosso seller.
Como vocês estruturaram essa nova captação liderada pelo SoftBank, com participação da Valor Capital e outros investidores? Como foi o processo de captação com estes fundos? Quanto tempo a captação levou?
A busca por um novo investimento foi causada pela aceleração do comércio eletrônico durante o período da pandemia do novo coronavírus. A quarentena nos fez avançar a estratégia em um ano e meio e por isso precisamos nos capitalizar.
O Olist teve um ano com crescimento recorde por meio do aumento da base de clientes, evolução dos produtos e integração com novos marketplaces. Boa parte dos recursos do aporte será destinada ao crescimento do core business, além de acelerar investimentos em tecnologia, novos produtos e em fusões e aquisições. A primeira a ser fechada foi a compra da ClickSpace, uma startup especializada em soluções relacionadas a marketplaces e social commerce. Nós vamos continuar expandindo e desenvolvendo as soluções da Clickspace, que são diretamente sinérgicas e complementares ao negócio do Olist. O fundador da companhia e todo o time de desenvolvedores passam a integrar a nossa equipe.
Quais são os principais pontos que os investidores analisam antes de fazer um aporte em uma startup mais madura? O que vocês sentiram que mais mudou na abordagem dos investidores entre o investimento seed na Olist e nessa Series D?
São vários pontos, mas os principais são time (qualidade e nível de sofisticação), modelo de negócios, ritmo de crescimento, capacidade de executar os planos detalhados e resultados. Durante a fase de seed, a promessa e potencial é o que chama mais atenção.
Já nas rodadas mais avançadas como C e D, é a capacidade de execução, qualidade dos financials e resultados alcançados que ditam o tom da negociação.
Como este valor será utilizado o valor captado? Qual o roadmap dos próximos meses?
Com a expansão e aumento da penetração do e-commerce no Brasil, que registrou no primeiro semestre de 2020 recorde de faturamento, R$ 38,8 bilhões, o Olist teve um ano com crescimento recorde. A maior parte dos recursos que recebemos será destinada ao crescimento do core business, principalmente em produto e tecnologia. Além disso, os recursos serão destinados a investir no ecossistema de soluções e intensificar os esforços em novos produtos que vão gerar mais visibilidade e oportunidade para os lojistas, marcas e grandes varejistas / marketplaces parceiros.
O Inside RetailTech surgiu para prover mais inteligência para tomada de decisão. Aqui você irá encontrar, mensalmente, análises sobre quantas rodadas de investimento aconteceram no setor, as principais movimentações e tendências na área de tecnologia voltadas para o Varejo e quais startups estão dominando este meio. Assim, você fica por dentro de tudo o que está acontecendo no mercado de RetailTech no Brasil.
Vivemos uma realidade em que algumas empresas estão mais preocupadas ...
Em 2021, o mercado brasileiro de novas tecnologias atingiu números re ...
Os softwares estão cada vez mais evoluídos, oferecendo funcionalidad ...
No Brasil, quatro bilhões de absorventes são jogados fora todo ano. Some isso a um cenário enorme de pobreza menstrual, no qual 4 milhõe ...
Faz dois anos que a pandemia da Covid-19 sacudiu para sempre o mundo. Com os negócios não foi diferente: testemunhamos as empresas dedican ...
Entender a geração que engloba seu público-alvo é tão importante quanto elaborar um bom produto, principalmente se ele for destinado à ...