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A transformação da medicina diagnóstica

A transformação da medicina diagnóstica

8 de julho de 2020
3 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 8 de julho de 2020

Texto de Sergio Tufik, Diretor Médico @ iDR

A crescente exigência por qualidade e rapidez no atendimento, bem como pressão sobre custos, vem forçando e estimulando os serviços de medicina diagnóstica a adaptarem e desenvolverem soluções criativas. Da mesma forma que o universo de análises clínicas sofreu significativa transformação nas últimas décadas, hoje é ao entorno dos exames de imagem que paira grande expectativa, principalmente na perspectiva de análise de imagens ser realizada por algoritmos de inteligência artificial.

Para efeito de comparação, a citometria de fluxo é o padrão para a realização de um hemograma. Neste método, um fluxo linear de células passa por um laser e a dispersão da luz pelas células possibilita a extração de informações rapidamente. Ou seja, hoje é impensável cogitar que um médico irá contar manualmente o número de células através de um microscópio. No entanto, por muito tempo esta foi a única maneira de realizar este e outros exames.

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Analogamente, é inevitável que no futuro, o diagnóstico por imagem seja realizado autonomamente por um algoritmo de inteligência artificial e eventuais casos extremos sejam reconhecidos para a avaliação de um médico especialista. Evidentemente, esta não será uma mudança que acontecerá do dia para a noite. Entretanto, aos poucos começam a surgir softwares que desempenham funções analíticas simples, os quais auxiliam o médico radiologista na interpretação dos exames, resultando em uma brutal eficiência no longo prazo.

Neste contexto, ganharão espaço modelos de negócio verticalizados, que visem entregar um atendimento ao indivíduo de forma completa, otimizando a maneira como os recursos são gastos e evitando realização de exames desnecessários ou redundantes. Cada vez mais, o sistema de saúde necessitará ser interligado e inteligente, permitindo ao cliente um acompanhamento contínuo da sua saúde.

Por fim, é inexorável que o futuro da medicina diagnóstica siga a tendência de ser preventivo e menos invasivo. Este movimento, que já é real, tende a se acentuar. A medida que aumenta o conhecimento sobre o nosso organismo e as patologias, torna-se mais fácil detectá-las precocemente. Além disso, com a melhora dos métodos diagnósticos não invasivos e com a minimização dos possíveis efeitos adversos, é esperado que para chegar a um diagnóstico preciso sejam realizados procedimentos menos invasivos. No campo da eficiência, para a iDr o futuro já é realidade: somos a única empresa no mundo a realizar exames de ressonância e tomografia a distância para equipamentos multimarca.