Healthtechs unem saúde e tecnologia para melhorar a experiência do paciente
Artigo atualizado em 23 de junho de 2020
A população brasileira já chegou a 210 milhões de pessoas, e todas elas têm algo em comum: em algum momento de suas vidas, terão a necessidade de cuidados médicos, seja por meio do setor suplementar, seja por meio do setor público. Todavia, as disparidades nesses atendimentos são imensas, em decorrência das condições de vida e da renda, e as perspectivas de uma boa saúde generalizada permanecem distantes da realidade nacional.
Uma das maiores barreiras para a evolução do setor é a dificuldade de acesso a novas tecnologias. As soluções tendem a ter custos elevados e costumam demorar para ser absorvidas pelos agentes públicos. Entretanto, essas dificuldades não foram suficientes para inibir o surgimento de diversas soluções inovadoras que prometem melhorar a experiência do paciente e reduzir a complexidade do sistema.
Assim, a inovação e o uso de tecnologias tem propiciado ganhos de flexibilidade, agilidade e escalabilidade, permitindo maiores níveis de eficiência e gerando novos modelos de negócios capazes de reescrever a indústria por completo. O país já está dando seus primeiros passos nessa jornada de transformação.
As healthtechs unem saúde e tecnologia com foco em melhorar a experiência do paciente, além de tornar sua participação mais ativa e engajada. Com soluções variadas, elas melhoram o acesso à saúde, dão precisão a diagnósticos, aceleram processos burocráticos e têm potencial para revolucionar o frágil sistema atual.
Acompanhamento do setor
Na segunda versão do Distrito HealthTech Report você poderá entender com mais profundidade tudo aquilo exposto em nosso estudo anterior e descobrir quais fatores se alteraram após um ano.
Foi possível acompanhar o crescimento e mortalidade dos negócios, gerar novos indicadores e realizar uma análise específica dos processos e perfis envolvidos. Só para dar uma ideia, passamos de 288 para 386 startups mapeadas, e alcançamos uma assertividade bem maior sobre o ecossistema e seus players.
Critérios de seleção das startups healthtechs
As startups foram examinadas individualmente para verificar adequação ao tema do report e aos critérios de seleção estabelecidos. São eles:
• Ter a inovação no cerne do negócio, seja na base tecnológica, no modelo de negócios ou na proposta de valor.
• Estar em atividade no momento da realização do estudo, medida pelo status do site e atividade em redes sociais.
• Desempenhar atividade relacionada a pelo menos uma das categorias predefinidas.
• Ter nacionalidade brasileira.
O trabalho de definição das categorias foi baseado em análise da literatura relevante e das classificações utilizadas amplamente no mercado, no Brasil e no mundo. A definição da categoria a que pertence cada startup foi feita por nossa equipe, e, quando uma startup opera em mais de uma categoria, a situamos na que interpretamos como sua atividade principal ou de maior visibilidade.
Distrito InovaHC
O Distrito, em conjunto com o Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) – maior sistema acadêmico de saúde da América Latina – fundou o Distrito InovaHC, um hub de inovação com foco em startups da área de saúde, as healthtechs. O espaço será instalado dentro do Hospital das Clínicas, localizado em Cerqueira César, São Paulo.
O espaço conta com 900 metros quadrados, e tem capacidade para residir até 20 startups, totalizando 150 pessoas.