Como preparar o time para a Inovação Aberta
Artigo atualizado em 21 de outubro de 2020
A inovação aberta, ou open innovation, é uma forma das empresas se abrirem para parcerias com startups, universidades, consumidores e outros players, partindo do princípio de que inovar é mais fácil se feito de maneira colaborativa.
Com essa abordagem, a empresa tem acesso a uma série de benefícios, como lançar novos produtos e serviços mais rapidamente, expandir para novos mercados, reduzir custos e aumentar as chances de aprovação dos lançamentos perante o público.
Na prática, há diversas maneiras de implementar a inovação aberta. Fazer conexões com startups (seja adquirindo-as, investindo nelas ou contratando seus serviços), estar presente em hubs de inovação e participar de eventos da área de inovação são algumas delas.
Mas, qualquer que seja a estratégia escolhida, é importante preparar o time para a inovação aberta para colher bons resultados. Neste artigo, trazemos algumas dicas de como fazer isso, além de exemplos de empresas que são bem-sucedidas com o modelo. Confira!
O que fazer para preparar o time para a Inovação Aberta?
O primeiro passo para preparar o seu time para a inovação aberta é desenvolvendo entre os colaboradores uma cultura de inovação.
Ao fazer parcerias com startups, uma das maneiras mais comuns de fazer open innovation, a empresa estará em contato com empresas jovens, inovadoras e flexíveis. E poderá aproveitar melhor essa parceria se tiver um mindset inovador.
Para isso, algumas dicas são criar um ambiente aberto a novas ideias, além de capacitar os colaboradores. Além disso, mesmo que a empresa esteja investindo ou até mesmo tenha comprado a startup, é recomendado trabalhar de forma colaborativa e horizontal com ela.
Sem dúvida esses empreendedores têm muito a contribuir com ideias inovadoras de produtos, serviços e processos. E a recíproca também é verdadeira. É muito provável que você conheça como ninguém os desafios que sua empresa enfrenta. Por isso, mostre sua visão também.
Criar essa conexão permitirá que essa parceria seja mais proveitosa para todos os envolvidos, tanto empresa quanto startup (ou a outra parte da parceria que você fizer) sairão melhores.
Além dessas boas práticas, há também algumas dicas do que não fazer na inovação aberta. Uma delas diz respeito a evitar críticas e julgamentos de antemão. Para inovar, é preciso experimentar. Por isso, esteja aberto às possibilidades!
Transição de carreira para a área de inovação: como fazer?
Como as empresas estão investindo em inovação aberta na prática?
Como dissemos, empresas precisam passar por uma transformação na cultura para que tenham sucesso com a inovação aberta. A boa notícia é que já existem diversos casos de sucesso de open innovation no mercado para você se inspirar.
AstraZeneca
Um exemplo é o laboratório AstraZeneca. Presente em mais de 100 países, a empresa enfrentava um desafio específico no Brasil: entender a fundo a jornada do paciente, que são as etapas que uma pessoa percorre desde quando identifica um sintoma de um problema de saúde até o pós-tratamento.
Ao mesmo tempo, a empresa tinha outras questões, como falta de agilidade para dar conta de todos os lançamentos feitos no mercado.
A solução foi, então, desenvolver uma estratégia digital, embasada em dados. Na prática, começou com inserção de conceitos como design thinking, kanban e OKR na empresa. A empresa tomou cuidado para não apresentar os conceitos de maneira muito complicada aos colaboradores para que se mantivessem interessados. O foco, no início, não eram os resultados, mas a experimentação e o aprendizado.
Além disso, a AstraZeneca começou a desenhar o seu hub de inovação. Foi então que surgiu o InovaHC, criado em parceria com o Distrito e com outras empresas. A partir desse espaço, a empresa se inseriu no ecossistema de healthtechs que impulsionam a saúde no país.
Danone Nutricia
Outro caso de sucesso de inovação aberta é o da Danone Nutricia, uma das divisões da Danone, empresa francesa que atua há mais de 50 anos no Brasil.
Responsável por 220 produtos nutricionais, a Danone Nutricia surgiu em 2019 a partir da fusão de duas unidades de negócio. Por isso, havia o desafio de lidar com essas duas unidades distintas, que, por mais que tivesse sinergia, poderiam enfrentar conflitos de posicionamento e execução de processos.
Para lidar com a questão, a estratégia foi trabalhar a cultura interna, apostando no intraempreendedorismo para que todos os colaboradores se sentissem parte da mesma divisão. Além disso, internamente, a Danone Nutricia buscou tornar os times mais dinâmicos e ágeis.
Ao mesmo tempo, passou a olhar para fora, conectando-se com outros players. Para isso, criou um programa de aceleração para encontrar startups que pudessem agregar aos seus produtos e processos.
Relacionamento com universidades e presença no Distrito InovaHC completaram a estratégia da marca, que prevê o lançamento de produtos em parceria com startups em 2020.
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