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Crowdfunding: entenda como startups levantam financiamento coletivo

Crowdfunding: entenda como startups levantam financiamento coletivo

7 de outubro de 2020
4 minutos de leitura
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Artigo atualizado em 7 de outubro de 2020

Levantar recursos para financiar projetos é sempre uma questão importante para as startups. O caminho tradicional é ir atrás de fundos de venture e tentar angariar grandes investidores. No entanto, é importante saber essa não é a única opção.

Uma outra alternativa é o crowdfunding, ou seja, um tipo de financiamento coletivo. Essa pode ser uma alternativa mais fácil do que convencer alguns poucos investidores a colocar uma grande soma de recursos na empresa. Momentos de crise econômica e de muitas incertezas tornam essa modalidade ainda mais atraente.

Neste artigo, vamos entender melhor como funciona o crowdfunding, qual o tipo mais adequado para as startups e como elas podem se beneficiar disso. Acompanhe!

Distrito for Startups

O que é crowdfunding?

O crowdfunding é uma espécie de financiamento coletivo, ou seja, uma “vaquinha online”. No início, era uma maneira de levantar recursos para questões mais sociais, como juntar dinheiro para quem precisava de um tratamento de saúde. Esse foi o primeiro tipo que surgiu, como uma forma de fazer doação.

Essa modalidade ainda existe, mas, com o tempo, o modelo começou a ser usado também para levantar recursos com investidores para financiar empresas. Nesse sentido, surgiram dois outros tipos de crowdfunding: 

  • debt crowdfunding, que funciona como um tipo de “empréstimo”, pois o valor da doação é devolvido depois de um tempo, com juros adicionado;
  • equity crowdfunding, no qual os contribuintes são, na verdade, investidores, que fazem um aporte na empresa — principalmente startups —com o objetivo de financiar seu crescimento.

Como funciona o equity crowdfunding?

O equity crowdfunding é uma modalidade que tem ganhado força no Brasil. Por ela, as empresas oferecem um percentual da sua sociedade em troca de investimentos.

O negócio é todo feito por meio de plataformas de crowdfunding. Para que a empresa arrecade fundos, ela abre o crowdfunding em uma plataforma eletrônica específica para isso, e os investidores interessados realizam os aportes. A plataforma, normalmente, cobra taxas para isso, uma vez que essa é uma das formas de remuneração pelos serviços delas.

O investimento mínimo varia caso a caso, mas algumas ofertas requerem apenas R$1 mil para poder começar a investir. Com isso, muitas conseguem atrair centenas de investidores, que passam a deter uma participação societária na empresa.

Como as startups podem se beneficiar do crowdfunding?

Atualmente, já são mais de 12 mil startups mapeadas no país, segundo o Distrito Dataminer. Para comparar, em 2015 esse número não chegava a 4.500. Isso quer dizer que a disputa pelo dinheiro do investidor ficou mais acirrada.

Somado a ao surgimento de diversas empresas de tecnologia por aqui, ainda percebemos uma alteração no ambiente macroeconômico brasileiro.

O fato taxa de juros estar na sua mínima histórica, fez com que investidores que desejassem ter maiores retornos, passassem a ter que explorar investimentos mais arriscados, sendo um deles, o investimento em startups.

Além disso, a perspectiva de crescimento econômico abriu os olhos de investidores estrangeiros, tanto em negócios mais tradicionais e listados na Bolsa de Valores, como também para negócios em fases iniciais de desenvolvimento.

Por isso, pode ser mais fácil convencer vários interessados a fazerem um aporte de valor menor do que conseguir que um ou alguns poucos investidores coloquem vários milhões em uma mesma empresa. Para quem faz a aplicação, também é uma maneira de diluir riscos, uma vez que é possível distribuir os recursos por várias empresas diferentes.

Essa é uma atividade totalmente legal. Em 2017, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) publicou a Instrução 588, que regulamenta o investimento em startups por meio de plataformas de equity crowdfunding. 

Estão autorizadas a fazer esse processo startups com faturamento anual de até R$ 10 milhões. A captação máxima é de R$ 5 milhões, e o mínimo investimento em uma rodada deve ser de 1% do valor do que foi captado.

A seleção das startups é sob a responsabilidade da plataforma de crowdfunding. É ela também que deve disponibilizar aos possíveis investidores as informações relacionadas às finanças, à equipe de sócios e ao modelo de negócios.

Agora você já sabe como funciona o crowdfunding para startups e pode decidir se esse é um caminho viável para o seu caso. Precisa de apoio para fazer sua startup crescer? Conheça o Distrito for Startups!