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O Corporate Venturing é uma das maneiras que as empresas encontram para criar novas iniciativas empreendedoras. Uma das mais comuns é o investimento em startups inovadoras, mas isso também pode ser feito internamente, por meio do intraempreendedorismo. Em mercados como os dos Estados Unidos e Europa, esse tipo de investimento já tem sido usado há […]
Artigo atualizado 22 de outubro de 2020
O Corporate Venturing é uma das maneiras que as empresas encontram para criar novas iniciativas empreendedoras. Uma das mais comuns é o investimento em startups inovadoras, mas isso também pode ser feito internamente, por meio do intraempreendedorismo.
Em mercados como os dos Estados Unidos e Europa, esse tipo de investimento já tem sido usado há alguns anos. E, agora, está ganhando destaque também entre as empresas brasileiras. Neste artigo, mostramos o panorama do Corporate Venture Capital no Brasil e no mundo.
No mercado norte-americano e europeu, o Corporate Venturing é uma das principais ferramentas usadas por empresas que desejam fazer inovação corporativa.
No Brasil, não é diferente. Por aqui, projetos de Corporate Venturing se multiplicam, embora ainda haja bastante espaço para crescer. Dentre as empresas que investem nessa estratégia, dois terços são multinacionais com sede no país, que veem nessa forma de investimento uma oportunidade para crescerem e expandirem para novos mercados.
Gigantes do setor financeiro, como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e XP também estão entre os negócios que mais apostam em Corporate Venturing, assim como grandes varejistas, como a Magazine Luiza. Não por coincidência, esses também são alguns dos setores mais maduros do ecossistema de inovação do país.
Analisando as estatísticas por trás deste setor, por meio do estudo e acompanhamento mensal realizado pelo Inside Venture Capital, duas informações chamam a nossa atenção:
Leia também: O futuro do mercado Venture Capital no Brasil
Nos últimos dois anos, novas aquisições e fusões de startups estão se tornando cada vez mais frequentes em território nacional.
Neste ano, especificamente, já alcançamos a simbólica marca de 102 fusões e aquisições de startups no Brasil – não necessariamente realizadas por grandes empresas. Com isso, 2020 já se consagra como o ano com mais operações deste tipo. Para efeito de comparação, em relação a 2019, este volume foi 62% inferior (63), enquanto 2018 registrou 74% a menos do que este ano, totalizando 27 transações.
Os setores mais visados para este tipo de movimentação são: FinTech e AdTech com 15, T.I. com 13 e RetailTech com 11.
Além disso, o número de M&As realizados neste trimestre foi o mais representativo em fusões e aquisições na história do mercado brasileiro. As 54 movimentações no mercado representam uma alta de 157% em relação ao último trimestre, quando houveram 21 fusões e aquisições.
Do lado dos adquirentes, três players se destacaram em número de aquisições de startups até então:
Este grande volume pode ser explicado por dois pontos principais.
Startups que não possuem caixa elevado, seja por terem se programado para fazerem fundraising neste segundo semestre ou por não terem conseguido concluir algum processo nos últimos meses, se tornam mais propensas a serem adquiridas. Tanto pelo empreendedor, que se vê sem saída no empreendimento, como para a empresa adquirente, que pode comprar uma companhia com um valor mais atrativo.
A disseminação do novo coronavírus impactou o modelo de negócios de empresas mais tradicionais e, sem saída, estas corporações tiveram que acelerar o processo de transformação digital. Entretanto, mudar o mindset de uma grande organização para se tornarmais inovadora, com processos mais ágeis e utilizando novas tecnologias não é algo trivial que surge do dia para a noite.
Sabendo disso, para ganhar mais agilidade nesse processo, as corporações têm recorrido aos processos de fusões e aquisições. Sejam elas motivadas para digitalizar a operação, ampliar o portfólio de serviços e produtos ou até mesmo para trazer o capital intelectual das pessoas (o acqui-hire), deixando o produto da companhia adquirida em segundo plano.
Para quem quer aproveitar esse movimento do Corporate Venturing, é interessante conhecer algumas características desse conjunto de práticas.
Diferentemente de outros tipos de investimento, no Corporate Venturing obter lucro não é o único objetivo. Há, também, propósitos estratégicos, como estar à frente no mercado e ser visto como uma empresa inovadora. É claro que, no fim das contas, isso deve se traduzir em aumento das vendas e dos lucros da empresa.
É importante, ao apostar nesse tipo de investimento, combinar objetivos estratégicos e financeiros. No primeiro, a empresa busca identificar sinergias entre si e uma startup inovadora, por exemplo.
Já no caso dos objetivos financeiros, a empresa procura obter o melhor retorno com as startups. A marca de um negócio consolidado, por exemplo, pode sinalizar para investidores em potencial que a startup em que ela investe é de qualidade.
Hoje, já existem investidores especializados em startups em diversos estágios, como Seed, IPO, fusões e aquisições.
Essa colaboração entre grandes negócios e startups inovadoras também pode se dar de diversas formas, por exemplo por meio de programas e eventos, incubação, aceleração, contratação de um produto ou serviço do empreendedor pela empresa, compartilhamento de espaço em hubs de inovação. É só escolher o mais adequado para a sua empresa, considerando as suas necessidades.
É importante também evitar os principais erros do Corporate Venturing, como não ter incentivo da diretoria, não ter objetivos bem definidos e alinhados à estratégia geral da empresa e não investir em boas práticas de governança corporativa ao se relacionar com as startups. A falta da apresentação de resultados é outro motivo pelo qual muitas iniciativas de Corporate Venturing acabam sendo abandonadas.
Para empresas que querem investir em Corporate Venturing, ter em mãos informações confiáveis sobre o mercado é essencial. Para isso, recomendamos a leitura da newsletter Inside Venture Capital Brasil do Distrito.
Mensal e gratuita, ela tem como objetivo oferecer mais inteligência para a tomada de decisão dos investidores, trazendo análises sobre as rodadas que ocorreram, as quantias movimentadas, as startups que receberam aportes e mais.
Além dela, temos uma newsletter no mesmo formato, mas voltada para o mercado de startups financeiras, a Inside Fintech Brasil.
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