Entenda tudo sobre a Nova Economia
Artigo atualizado em 1 de junho de 2021
O sucesso de empresas como Uber, Nubank e Airbnb representa muito bem as transformações causadas pela nova economia. Você sabe por quê? Além do avanço da tecnologia, outro fator em comum entre esses negócios disruptivos é o foco no consumidor e na experiência do cliente. Essa é uma das principais inovações trazidas pela nova economia.
Parte de toda essa transformação acontece graças à quarta revolução industrial, também conhecida como indústria 4.0, marcada por uma visão mais futurista da indústria, que inclui a descentralização do controle de processos e a hiperconexão entre dispositivos e pessoas.
Se você quer entender mais sobre o que é a nova economia, como ela funciona e quais são as suas principais características, continue lendo este artigo.
O que é nova economia?
O conceito de nova economia foi registrado pela primeira vez em 1983, na revista americana Time. Em seu artigo “The New Economy”, o jornalista Charles P. Alexander afirma que a nova economia é marcada por mudanças rápidas e contrastes acentuados. “Enquanto as indústrias tradicionais estão sofrendo com a concorrência estrangeira, as novas empresas de tecnologia irão liderar o mundo em inovação.”
A nova economia consiste na série de mudanças pela qual todo o mercado e as empresas estão passando atualmente. Ela impulsionou a transformação digital e transformou a relação comercial entre marcas e consumidores.
Com a convergência entre os meios online e offline, o público passa a ser mais conectado e exigente, por isso é colocado no centro das decisões das empresas. Em consequência disso, praticamente todos os segmentos perceberam a necessidade urgente de se reinventar.
As corporações buscam hoje transformar produtos em serviços, utilizar novas tecnologias e ganhar maior escalabilidade, assim como no caso das startups. Essas questões rondam as grandes empresas de forma cada vez mais constante, sobretudo em momentos de crise.
Dessa forma, na nova economia, é indispensável saber responder às seguintes perguntas:
- O que o público espera da minha marca?
- O que posso fazer para tornar essa experiência a melhor possível?
O perfil do consumidor na nova economia
Para se destacar na era digital, as empresas precisam se conectar com os seus clientes. O primeiro passo para isso é entender que o perfil do consumidor mudou.
Se antes da era digital o consumidor era passivo e muito influenciado pela propaganda e marketing das empresas, atualmente esse público transformou-se em um usuário ativo e com poder de decisão muito maior.
Como isso se reflete no mercado? Os modelos de negócio passam a adaptar seus produtos e serviços de acordo com as necessidades do usuário. O encantamento deve ser constante, pois com tantas opções disponíveis, as soluções antigas podem ser facilmente trocadas por novas que agreguem maior valor.
No infográfico abaixo, você confere uma explicação didática sobre as mudanças pelas quais o consumidor passou:
Quais os impactos da nova economia para as empresas?
A transformação digital traz uma série de necessidades e desafios para empresas e empreendedores. Quebra de paradigmas, integração de processos, adoção de tecnologias e alterações bruscas nas jornadas de consumo são apenas alguns dos muitos sintomas enfrentados pelas marcas em meio ao cenário moderno.
Dessa forma, isso significa que, para sobreviver, a indústria precisa se reinventar. Precisa, além de tudo, mudar suas estratégias para que levem o cliente para centro, sempre.
A empresa que não souber se adaptar à nova economia pode sofrer graves consequências. Prova disso são os diversos negócios que já foram reconhecidos como grandes corporações de sucesso, mas que não souberam lidar com a transformação digital e acabaram falindo, sendo vendidos ou perdendo mercado.
Um dos exemplos mais conhecidos é o da Blockbuster. Criada em 1985, a empresa americana foi líder no segmento de locação de DVDs e filmes com suas unidades físicas espalhadas ao redor do mundo. No início dos anos 2000, a Blockbuster era considerada uma das referências no setor de entretenimento.
Pulamos para 2021 e sabemos que a Blockbuster fechou as portas por não conseguir inovar. A empresa não foi capaz de prever ou adaptar seu modelo de negócio para as transformações da nova economia. Ela teve, inclusive, a chance de comprar a Netflix, quando esta era ainda uma serviço de entregas de DVDs pelo correio. O tempo passou e a Netflix só cresceu e se expandiu, enquanto a Blockbuster foi perdendo relevância enquanto.
A Blockbuster é só um dos casos mais conhecidos de como a falta de inovação pode representar o fim de uma empresa. Conheça outros 6 exemplos de empresas que não souberam inovar.
Os tipos de negócio da nova economia
A nova economia deu origem a novos perfis de negócios e empreendedores. Eles se diferenciam dos modelos tradicionais principalmente pelo seu propósito e estratégia de crescimento. Conheça quais são eles:
Criativos
São aqueles que trazem ideias disruptivas, quebram paradigmas e causam transformações vitais. Normalmente entregam bens intangíveis, como entretenimento, conhecimento ou até canais de relacionamento. Os empreendedores criativos levam seu estilo de vida para o negócio.
Sociais ou de impacto
São empreendimentos que têm como foco transformar a sociedade e não colocam o lucro como objetivo principal. Eles utilizam a estrutura de uma empresa para fazer o bem e deixam um legado. Podem atuar em diversos segmentos como: ambiental, educacional, saúde, moradia, entre outros.
Inovadores corporativos
Também chamados intraempreendedores, esses profissionais não precisam deixar de ser funcionários para criar iniciativas inovadoras. As empresas tradicionais se beneficiam muito desse perfil, pois a partir do intraempreendedorismo, muitas delas encontram novos caminhos de atuação, produtos e serviços que não estavam sendo mapeados. O Gmail e o botão de curtir do Facebook são exemplos de ideias criadas por inovadores corporativos.
Escaláveis
O intuito desses negócios é criar um negócio que possa ser escalável e replicável de maneira rápida e eficiente com a intenção de criar lucro e gerar crescimento exponencial. É o modelo seguido pela maioria das startups.
Aprenda como as grandes empresas estão inovando para se destacar na nova economia
Nos últimos meses, você deve ter acompanhado que grandes empresas estão buscando conexão com startups em sua estratégia. Um exemplo disso é a compra da RD Station pela TOTVS por R$ 1,8 bilhão e o anúncio de um fundo de até R$ 200 milhões para investimento em startups pela Via. Essas corporações usam a metodologia da inovação aberta em seu negócio, em que não dependem somente de recursos internos para seus projetos de transformação digital.
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